Dança dos deuses: futebol, sociedade, cultura
Dividido em duas partes, uma histórica e outra analítica. Do ponto de vista histórico, o autor mostra como o futebol não pode ser dissociado da história geral das civilizações. Por exemplo a lógica da sua propagação e rejeição, a partir da Inglaterra, tendo sido bem aceito nos países que sofriam forte influência cultural inglesa, mas nunca devidamente incorporado em países que constituíram o império, como Austrália e Canadá. Na segunda parte, Franco Júnior procura investigar o esporte como metáfora sociológica, antropológica, religiosa, psicológica e linguística. Somos levados a pensar, por exemplo, sobre os diferentes usos políticos do futebol, seja por regimes autoritários ou democráticos, tanto uns quanto outros sempre abraçados ao nacionalismo. O autor nos convida a refletir sobre os sentidos ocultos em toda a ritualização do mundo esportivo, nos nomes dos times, nas cores das camisas, nos escudos, e ainda recorre a Freud para examinar a fascinação que o esporte exerce.
Sumário
Prefácio 11
Introdução 14
Parte 1 – Futebol, micro-história do mundo contemporâneo
1 - Síntese da Europa industrial e colonialista 25
1.1 - A pedagogia elitista inglesa (1848-75) 26
1.2 - As reivindicações populares (1876-1904) 34
1.3 - Exportações culturais e equilíbrios sociais (1905-37) 43
1.4 - Conflitos nacionais e esportivos (1938-53) 51
2 - Síntese do Brasil agrícola e mestiço 60
2.1 - Futebol e regime oligárquico (1895-1920) 61
2.2 - A crise do regime oligárquico e o fim do amadorismo (1920-33) 69
2.3 - Estado populista e futebol das massas (1934-45) 77
2.4 - Futebol e democracia populista (1946-54) 85
3 - Síntese da Europa dividida e integrada 94
3.1 - Os modelos correntes do capitalismo e do socialismo (1954-8) 95
3.2 - A terceira via dos prolongamentos fascistas (1959-74) 103
3.3 - O sucesso liberal (1974-95) 112
3.4 - A globalização econômica e esportiva (desde 1996) 120
4 - Síntese do Brasil desigual e combinado 129
4.1 - Ensaios de organização empresarial (1955-64) 130
4.2 - O futebol nos anos de chumbo (1964-74) 138
4.3 - Eficiência e democracia relativas (1974-86) 146
4.4 - A difícil adaptação ao modelo liberal (desde 1987) 155
Parte 2 – Futebol, metáfora do mundo contemporâneo
5 - Metáfora sociológica 167
5.1 - Autoritarismo, democracia, nacionalismo 168
5.2 - Mercantilização e globalização 179
5.3 - Violência social e violência futebolística 190
5.4 - Solidariedades e rivalidades 200
6 - Metáfora antropológica 212
6.1 - O espírito clânico 213
6.2 - A dança sagrada 224
6.3 - A guerra simbólica 235
6.4 - A festa 246
7 - Metáfora religiosa 258
7.1 - Ídolos individuais, divindade coletiva 259
7.2 - Rito, templo, símbolo 270
7.3 - Dogmas, oficiantes, laicos auxiliares, fiéis 281
7.4 - Crer, torcer, distorcer 292
8 - Metáfora psicológica 303
8.1 - Identidades individuais 304
8.2 - Identidades coletivas 315
8.3 - O “narcisismo das pequenas diferenças” 326
8.4 - Entre a eficiência e o aleatório 336
9 - Metáfora linguística 348
9.1 - Morfologia 349
9.2 - Semântica 360
9.3 - Sintaxe 371
9.4 - Retórica 382
Conclusão 393
Bibliografia 398