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Onde a ARENA vai mal, um time no nacional: a criação do Campeonato Brasileiro de futebol de 1971

Tipo
Livro
Produção
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
2015
Série e volume
Luminária Acadêmica
Páginas
216
ISBN/ISSN
9788584733205
Suporte
Papel
Dimensões
14 x 21cm

Hoje, consolidado como a principal competição do futebol nacional, o “Brasileirão” foi criado em 1971 em meio aos “Anos de Ouro” da Ditadura Civil-Militar (19641985) sob os auspícios do presidente Médici e do próprio esporte, consagrado não apenas pelo tricampeonato em 1970, mas pela qualidade apresentada por Pelé, Rivelino, Gérson, Jairzinho e Tostão nos gramados mexicanos. Oficialmente hoje, os torneios anteriores , como a Taça Brasil, o Roberto Gomes Pedroza e a Taça de Prata, são considerados “Brasileirões” por interesses políticos alheios às questões objetivas. Sem cair nesta armadilha, “onde a Arena vai mal, um time do Nacional – a criação do Campeonato Brasileiro de Futebol em 1971” apresenta não apenas um histórico das relações entre o mais popular esporte do país com o poder constituído, mas como essa foi vital para a materialização de um antigo desejo de jornalistas, dirigentes e torcedores: a criação de uma competição efetivamente nacional. Após a criação, vem a ampliação. Dos 20 clubes originais, o campeonato chega aos 94 participantes em 1979, em um processo de ampliação incrementado a partir da chegada do Almirante-dirigente Heleno Nunes ao comando da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) após a saída de João Havelange. Ex-dirigente do partido governista, a Arena, Nunes era acusado nas ruas de favorecer tal partido nas escolhas dos novos integrantes do certame, em tempos de necessidade de legitimação do governo nas urnas. Nas ruas o povo ironizava: “Onde a Arena vai mal, um time no Nacional”. É justamente esta relação próxima entre dirigentes e governantes e como o futebol é usado e usa a política até os dias de hoje que é o principal tema do livro de Daniel de Araujo dos Santos. Não é apenas futebol. Nem apenas política. Nas páginas desse livro, a correlação destes temas é o grande tema e as suas nuances são apresentadas como uma ferramenta para se entender não apenas o “velho esporte bretão”, mas o Brasil.

Sumário

Introdução 11

1 - Quando ainda não existia um nacional 16
1.1 - A consolidação do futebol no Brasil 16
1.2 - No tempos de Getúlio 29
1.3 - O Maracanã, a Copa de 1950 e os clubes 36
1.4 - Os anos JK e o desenvolvimento nacional (1956-1961) 45
1.5 - Da necessidade de um torneio nacional: a Taça Brasil (1959-1961) 45
1.6 - Instabilidade com a dupla Jan-jan (1961-1964) 51
1.7 - A consolidação da Taça Brasil (1961-1968) 59
1.8 - Os militares conquistam o poder (1964-1969) 67
1.9 - O embrião do nacional o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968-1970) 72

2 - A invenção do Campeonato nacional de Clubes 76
2.1 - Panorama político e econômico 76
2.2 - Construindo a propaganda ufanista 83
2.3 - Os usos e abusos da seleção pelo governo Médici 91
2.4 - Em 1970, a Placar e a Loteria Esportiva 103
2.5 - Em campanha pelo nacional 108
2.6 - O último Robertão 115
2.7 - Finalmente, um Campeonato Brasileiro de clubes 118
2.8 - Reações diferentes na imprensa 126
2.9 - Bye bye, Brasil 137

3 - A politização do Campeonato Nacional de futebol 142
3.1 - As origens do crescimento 142
3.2 - O projeto de abertura e as eleições de 1974, 146
3.3 - O futebol e as urnas 155
3.4 - Tempos de mudança na CBD 158
3.5 - O nacional com Heleno Nunes 164
3.6 - O crescimento do MDB como desafio em 1976, 168
3.7 - Intervenção direta em 1977, 172
3.8 - Reflexos no Nacional 176
3.9 - Os últimos meses da gestão Geisel 187
3.10 - Os desafios da CBD em 1978, 189

Conclusão 198
Bibliografia e fontes 203

Exemplares

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