Lançamento do livro "Yeso Amalfi: o futebolista brasileiro que conquistou o mundo"
O Museu do Futebol, com a Editora CLA, lançaram a autobiografia o jogador Yeso Amalfi, intitulado "Yeso Amalfi: o futebolista brasileiro que conquistou o mundo". Houve um bate-papo com o ex-jogador seguido de uma sessão de autógrafos.
Textos
LANÇADA AUTOBIOGRAFIA DE YESO AMALFI,
FUTEBOLISTA BRASILEIRO QUE CONQUISTOU O MUNDO NOS ANOS 40 E 50
Um dos primeiros jogadores brasileiros a brilhar no exterior, Yeso Amalfi teve uma trajetória incomum, passando por equipes de primeira linha da América do Sul e da Europa nas décadas de 40 e 50 do século XX. Mesmo assim, hoje é pouco conhecido no Brasil.
A história de sua vida, narrada por ele em Yeso Amalfi: o futebolista brasileiro que conquistou o mundo, vem preencher essa lacuna, resgatando do esquecimento um personagem que se destacou não só nos estádios, mas também no mundo da cultura, das artes e do jet set europeu.
Hoje octogenário, ele recorda episódios de sua carreira, que se iniciou no São Paulo Futebol Clube – única equipe brasileira em que atuou, entre 1943 e 1948 – e incluiu passagens por Boca Juniors, Peñarol, Torino, Mônaco, Racing Club de Paris, Red Star, Olympiques de Nice e de Marselha. Conta histórias como a da greve dos jogadores na Argentina em 1949 e a da sua participação na Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras. E comenta sobre o convívio com grandes estrelas do futebol mundial, como Raymond Kopa, Obdulio Varela, Sastre, Heleno de Freitas e Jair da Rosa Pinto. Em paralelo ao sucesso nos gramado, Yeso Amalfi relata sua convivência com o chamado grand monde, especialmente na França, onde ainda hoje é reconhecido como um astro de primeira grandeza. Dentro do universo de personalidades com quem conviveu, merece destaque especial a narração que faz do casamento do príncipe Rainier com a atriz Grace Kelly, para o qual foi convidado em função do prestígio adquirido no Principado como jogador do A.S. Mônaco.
O produtor Luiz Carlos Barreto, que acompanhou parte da carreira do jogador como correspondente da revista O Cruzeiro em Paris, destaca, no Prefácio ao livro, a beleza e o feitiço do futebol de Yeso, que o levaram a ser chamado, pelo poeta Jean Cocteau, de Le Dieu du State (o deus do estádio). E relembra sua postura elegante, em campo e fora dele, que encantava as plateias e o transformou numa celebridade na França. Da mesma forma, em artigo reproduzido no livro, o jornalista José Silveira afirma que “depois de Santos Dumont, Yeso Amalfi foi o brasileiro mais notável na França”. E o compara a Heleno de Freitas e Raí como três grandes jogadores cujos rostos de porcelana conquistaram as mulheres.