Copa Libertadores da América de 1989
Depois do regulamento confuso de 1988, a Conmebol acertou em cheio com uma nova fórmula de disputa, com três classificados por grupo que se juntaram ao campeão Peñarol, seguindo para o mata-mata até a final. Na 1ª fase nenhuma surpresa, exceto pela eliminação do Colo-Colo, que não sobreviveu ao grupo da morte com Cobreloa, Olímpia e Sol de América. Destaque para Bahia e Millonários, as melhores campanhas da fase de grupos. Nas oitavas, várias supresas. O então campeão Nacional do Uruguai foi eliminado pelo conterrâneo Danúbio. Racing e Boca Juniors foram eliminados por Nacional de Medellin e Olímpia, respectivamente, deixando a Argentina de fora prematuramente. E o Internacional, que terminou em terceiro no grupo, goleou o Peñarol (primeiro do grupo) por 6X2 em casa e ganhou ainda no mítico Centenário por 2X1. O regulamento determinava que as semifinais deveriam ter representantes de quatro países distintos. Por isso as quartas de final colocaram frente a frente os representantes de Paraguai, Brasil e Colômbia. Olímpia eliminou o Sol de América. O Internacional finalmente conseguiu dar o troco e eliminou o Bahia (para quem perdera o Campeonato Brasileiro e os dois jogos da 1ª fase da Libertadores), ganhando no Beira-Rio por 1X0 e segurando um dramático empate na Fonte Nova. Outro vice que se deu bem foi o Nacional de Medellín que eliminou o campeão colombiano, o Millonários (e que também terminara como líder do grupo). Na semifinal os colombianos encontraram os uruguaios do Danúbio. Conseguiram arrancar um empate por 0X0 em Montevidéu e ficaram com a vaga na final depois de golear por 6X2, com quatro gols de Usuriaga. Na outra semi, o Internacional conseguiu ganhar dentro do Defensores del Chaco. Mas na volta o Olímpia conseguiu ganhar por 3X2 no tempo normal e eliminar o time colorado por 5X3 nos pênaltis. A final colocou frente a frente o experiente Olímpia do veterano goleiro Ever Almeida contra o jovem time do Nacional de Medellín do irreverente Higuita. Os paraguaios eram o favoritos, ganharam o primeiro jogo em Assunção por 2X0. A volta seria em Bogotá, porque o Estádio Atanásio Girardot, em Medellín, foi vetado pela Conmebol por não ter a capacidade mínima (50 mil lugares). Mesmo assim a torcida dos Verdolagas invadiu a capital da Colômbia, e após um 1º tempo tenso, viu o time de Medellín devolver o placar de 2X0 e levar a decisão para os pênaltis. E logo de cara Higuita defendeu a cobrança de Ever Almeida. Mas Alexis Garcia perdeu o dele e a primeira série terminou empatado por 4X4. Na sequência Higuita defendeu três cobranças, infelizmente o Nacional também não marcou nehuma vez. Até que o colombiano Leonel Álvarez marcou o dele e o paraguaio Sanábria chutou para fora, deixando, pela primeira vez na história a Copa Libertadores na Colômbia.