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O Futebol nas Olimpíadas

Tipo
Exposição Temporária
Ano
2016
Edição
1
Local
São Paulo, São Paulo, Brasil
Fim
16/01/2017

Em 2009, a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede do maior evento esportivo do mundo, as Olimpíadas, foi recebida, em parte, como sinal de que o Brasil tornara-se, finalmente, grande. Em 2016, às vésperas da realização do torneio, o país questiona não apenas essa, mas outras escolhas feitas na última década. Os eventos esportivos tornaram-se motores de ambições políticas e comerciais. Mas, sabemos que, a despeito da economia que o move, o espetáculo do esporte ainda reserva um lado quase mágico, capaz de despertar emoções, afetos, solidariedade e beleza. O legado dos Jogos Olímpicos é baseado no protagonismo de feitos humanos nada comuns, por vezes eternizados com um recorde, uma nota, uma difícil vitória ou uma medalha inesperada. A exposição O Futebol nas Olimpíadas busca recuperar a narrativa dos torneios olímpicos de futebol, recheada de disputas que não são alheias à maneira pela qual esse esporte se posicionou como uma das modalidades esportivas mais populares do planeta. A Copa do Mundo organizada pela FIFA a partir de 1930 é uma decorrência direta dos Jogos Modernos idealizados pelo francês Pierre de Coubertin em 1896. Mas, por que o futebol brasileiro não se tornou um dos protagonistas desse megaevento? Ao contrário da Copa do Mundo, não costumamos lembrar as escalações do time brasileiro masculino das Olimpíadas. Tampouco lembramos de quantas medalhas tivemos em cada edição dos Jogos. Ou de quantos torneios participamos. No futebol, a entrada da seleção brasileira ocorre apenas em 1952, nas Olimpíadas de Helsinque, na Finlândia. Curiosamente, nossa principal lembrança é uma ausência: a do único título ainda não conquistado, o ouro olímpico. Já com o futebol feminino, isso se inverte. Embora a Copa do Mundo disputada entre as jogadoras tenha sido criada antes do torneio Olímpico, a visibilidade midiática das mulheres que jogam futebol ganhou maior cobertura a partir da primeira participação em uma Olimpíada, a de Atlanta, Estados Unidos, em 1996. O fato de a nossa seleção ter, por duas vezes, esbarrado na medalha de ouro e nunca ter vencido a competição olímpica faz com que sua participação seja aguardada com grande expectativa: será que no Rio de Janeiro vamos conquistar a primeira medalha de ouro? Em 2016, nosso futebol tem sede de ouro e o torneio olímpico, por vezes pouco valorizado entre os brasileiros, pode vir a reacender a emoção de torcer pelo “país do futebol”. Que nosso maior legado seja trazer de volta essa emoção, junto à merecida valorização dos 1.796 atletas brasileiros que figuraram ao longo da história dos Jogos Olímpicos.

Textos

Créditos dos acervos da exposição

Comitê Olímpico Internacional;

TV Globo;

Hemeroteca da Biblioteca Nacional;

Biblioteca do Congresso, Washington - Estados Unidos

Getty Iamges;

Arquivo do Estado de São Paulo;

Acervo audiovisual do projeto Futebol, Memória e Patrimônio (Museu do Futebol / CPDOC-FGV).

Anexos

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