Futebol de Praia de Santos
O futebol de praia é uma prática habitual dos frequentadores de qualquer praia. Na orla santista, durante os finais de semana e até mesmo nos dias úteis, é praticamente impossível não ver um grupo jogando futebol pela areia. O esporte é majoritariamente praticado por homens de meia-idade, e está presente em praias como o Boqueirão, Embaré, Gonzaga e José Menino. Santos é uma das cidades litorâneas mais frequentadas da região metropolitana da Baixada Santista. O futebol de praia compõe a rotina das praias santistas, e é praticado por moradores e visitantes da cidade. Segundo Célio Nori, sociólogo e pesquisador do futebol de praia, em meados de 1902 já existiam registros do esporte em jornais. A prática abrange tanto a forma de “futebol oficial” (com regras de arbitragem, impedimento), como também a tradicional pelada e o gol caixote (leva esse nome porque os caixotes simulam traves). Entre as décadas de 1960 e 1970, surgem as primeiras agremiações esportivas do futebol de praia que se caracterizam pela formação de clubes, ligas e campeonatos. Essas agremiações se estabelecem pela faixa de areia em decorrência de um processo de migração dos clubes de várzea, caracterizada pela intensificação da urbanização das cidades e a investida da área da construção civil sobre os campos de várzea. Esse estilo, no entanto, é reconfigurado a partir de 1975, quando a liga se dissolve, devido principalmente as recorrentes brigas e confusões dentro dos campeonatos, que fazem a cidade começar a questionar se o espaço da praia é adequado para jogar futebol. No entanto, a prática ainda se mantém viva pela extensão da orla santista, mas com um caráter mais lúdico e menos competitivo. Nas palavras de Nori, o futebol de praia é uma expressão de cultura e cidadania.
