Torcida Jovem Camisa 12
A formação da torcida Camisa 12 surgiu em um contexto nebuloso que incluía torcedores pró e contra o candidato à oposição dentro do clube do Corinthians: Vicente Mateus. Após alguns desentendimentos que chegaram a ocasionar na suspensão do então jovem Vila Maria (Claudio Faria Romero), parte do grupo dissidente da Gaviões da Fiel propôs a criação da nova torcida. Segundo o entrevistado, quase metade dos torcedores organizados mudaram de torcida em 1971. O nome Jovem da Camisa 12 surgiu influenciado pela propaganda do banco Unibanco “vista a camisa 12 para torcer pelo Brasil”, e dessa forma recebeu a adaptação de “vista a camisa 12 para torcer pelo Corinthians”. A menção “jovem” vem de um modismo da época e muitas torcidas de diferentes clubes assumiram essa palavra. De qualquer forma, o significado de uma torcida representar um torcedor a mais emociona até hoje seu fundador. Com o estatuto formado, os torcedores da recém inaugurada torcida passaram a utilizar a mesma pequena sala dentro do clube do Corinthians inicialmente ocupada pelos Gaviões. A partir de 1972 iniciou-se uma verdadeira peregrinação de espaços que se tornaram sede até chegar ao terreno próximo à marginal que se mantém até os dias atuais. A Camisa 12 chegou a ultrapassar numericamente a quantidade de associados da Gaviões da Fiel em meados da década de 1970. Ao longo dos anos se comportou de maneira amistosa e por vezes conflituosa com a sua parceira de arquibancadas, relação que incluiu desde brigas às viagens organizadas nos mesmos ônibus. Foi responsável, junto com a Gaviões da Fiel, por entrar com as duas faixas da 'anistia' dentro das arquibancadas durante o período da ditadura militar no Brasil