Democracia Corinthiana
O Coletivo Democracia Corinthiana, o CDC, é um coletivo de torcedores do Sport Club Corinthians Paulista que surgiu em 2015, com o objetivo de atuar politicamente a partir do futebol no fortalecimento das lutas por democracia, justiça, liberdade e contra o racismo, o machismo, a homofobia e o fascismo. Seu nome, em homenagem ao Movimento Democracia Corinthiana, se explica pelo papel libertário que o mesmo teve dentro do futebol brasileiro na década de 1980, buscando superar a dualidade conceitual e laboral que funda o papel do jogador como máquina física e o da comissão técnica como responsáveis intelectuais da gestão da equipe. Na apresentação que o grupo faz de si, o mito de fundação do Corinthians como clube forjado no seio do “povão” paulistano em 1910 é resgatado e projetado às reivindicações políticas desses torcedores. O símbolo do grupo é uma releitura do brasão corinthiano, com incorporações de símbolos de esquerda e referências do movimento liderado pelos jogadores Sócrates, Casagrande e Wladimir. Assim, há a referência ao ano de 1982, data amplamente considerada como o marco fundacional do movimento corinthiano e um punho fechado segurando a âncora presente no escudo do clube. Uma das atividades realizadas pelo coletivo em São Paulo foi o Cine-CDC, em que exibiram filmes cujas temáticas normalmente englobam o Corinthians ou lutas políticas levadas a cabo no Brasil, seguidos por discussões, contando, normalmente, com a participação de alguma personalidade ligada ao clube ou ao processo histórico veiculado nos filmes. Dentre seus integrantes está o jornalista Antônio Carlos Fon, mais conhecido como Fon, um dos idealizadores da faixa “Anistia Ampla Geral e Irrestrita”, utilizada pela torcida da Gaviões da Fiel em 1979.
