Osmar Santos
- O Pai da Matéria
- Osmar Aparecido Santos
Locutor esportivo paulista, conhecido como "O Pai da Matéria", foi um dos mais populares narradores do rádio brasileiro, cujo bordão mais famoso era o "Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha". Afastado do rádio e da TV desde 1994, quando sofreu um grave acidente automobilístico, dedica-se à pintura. É um dos diretores da Equipe Osmar Santos, núcleo de esportes do sistema Globo-CBN de rádio.
Textos
Segundo de quatro irmãos (Odinei Edson e Oscar Ulisses, ambos locutores esportivos e Osório, bancário). Começou na Rádio Clube de Oswaldo Cruz (SP), depois mudou-se para Marília (SP), onde trabalhou nas Rádios Dirceu, Clube e Verinha.
Seu jeito despojado, alegre e informal o tornou um sucesso no rádio. Inovador e criativo, capaz de ditar moda dentro do futebol e nos meios de comunicação. Seus bordões capiram no cotidiano das pessoas: "Um pra lá, dois pra cá, é fogo no boné do guarda"; "Sai daí que o Jacaré te abraça, garotinho"; "No carocinho do abacate"; "vai garotinho porque o placar não é seu"; "ele estava curtindo amor em terra estranha"; “chirulirulá, chiruliruli”.
Todas aquelas expressões foram surgindo a partir de 1972 quando foi para a Rádio Jovem Pan. Em 1977 transferiu-se para a Rádio Globo, com repercussões equivalentes às transferências dos grandes craques do futebol. E não demorou para aparecer na TV Globo, primeiro narrando futebol, depois com apresentando o programas de variedades "Guerra dos Sexos". Passou ainda por TV Manchete, Rádio e TV Record, Rádio Gazeta, antes de voltar à Rádio Globo.
Além da popularidade como locutor esportivo, capaz de pronunciar mais de 100 palavras por minuto, ficou famoso também como o "Locutor das Diretas", em 1984, quando enagjou-se da campanha "Diretas Já", pelo retorno das eleições diretas para presidente do Brasil. Subiu no palanque como mestre de cerimônia ao lado de ícones da política nacional como Franco Montoro, Leonel Brizola e Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.
Osmar esteve em seis Copas do Mundo (1974-1994), três Jogos Olímpicos (1980-1988), além de narrar a Fórmula 1 e a Corrida Internacional de São Silvestre.
A brilhante carreira foi dramaticamente interrompida na noite de 22/12/1994, na estrada que liga Marília a Lins, no interior de São Paulo, o carro que dirigia foi atingido por um caminhão. Osmar foi atingido na lateral da cabeça, um ferimento profundo que ocasionou perda de sangue (3 litros) e massa encefálica (15cm). A área atingida era exatamente a parte do cérebro responsável pela fala. Ficou em coma por 15 dias e recebeu alta em 27/02/1995. Além de não conseguir falar, estava com a parte direita do corpo paralisada.
Mas estava vivo e pronto para iniciar as sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. Voltou a pronunciar algumas palavras, além de recuperar parte da coordenação motora, ao ponto de participar de eventos públicos e visitra amigos e colegas nas várias rádios e TVs de São Paulo, além de descobrir uma nova atividade, a pintura. Usando a mão esquerda, pinta quadros, que, inclusive, foram expostos em várias ocasiões.
Ele permanece como “patrono vitalício” da equipe de esportes das rádios Globo-CBN, chamada de Equipe Osmar Santos.