Imagem representativa do item

Falcão

  • O Rei de Roma
  • Paulo Roberto Falcão
Atuação
Meio Campo
Treinador(a)

Revelado pelo S.C. Internacional, foi o mais notável meio campo de sua geração, reunindo todas as qualidades exigidas pelo futebol total e solidário, da virada dos anos 1980: criatividade, dinâmica, conhecimento tático, poder ofensivo. Foi coroado “Rei de Roma” após ajudar a A.S. Roma a ganhar o Campeonato Italiano após 41 anos de jejum.

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1972-1980 Internacional Meio Campo
1972 Seleção Brasileira Olímpica 1972 Meio Campo
1980-1985 Roma Meio Campo
1982 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1982 Meio Campo
1985-1986 São Paulo Meio Campo
1986 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1986 Meio Campo
1993 Internacional Treinador(a)
2011 Internacional Treinador(a)
2012 Bahia Treinador(a)

Textos

Natural da cidade de Abelardo Luz, no estado de Santa Catarina, Brasil, Paulo Roberto Falcão nasceu em 16 de outubro de 1953. Filho de um caminhoneiro e de uma costureira, Falcão foi criado em Canoas, cidade do Rio Grande do Sul, Brasil, para onde sua família foi quando ele tinha dois anos de idade. Desde criança gostando de ganhar bolas de futebol como presente de Natal, Falcão iniciou-se no esporte jogando no Niterói de Canoas.

Aos 11 anos foi participar de uma peneira para selecionar jogadores que pudessem ser aproveitados no Internacional, comandada pelo treinador Jofre Funchal, considerado figura fundamental em sua carreira. Aprovado e levado por Jofre ao clube gaúcho, o catarinense começou a jogar na categoria infantil. Subindo aos poucos dentro das categorias de base do clube, Falcão, que era meia-esquerda, passou a jogar como volante na categoria infanto-juvenil, sob o comando do técnico Ernesto Guedes.

Em 1972, ainda no time de juniores do Internacional, Falcão foi convocado pelo técnico Antoninho (Antônio Ferreira) para a Seleção Brasileira de Novos, que disputaria o Torneio de Cannes, na França. O mesmo elenco disputou o torneio de futebol nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, na Alemanha. Só então Falcão se certificou de que poderia seguir a carreira de jogador de futebol. Em 1973, com a saída de Carbone do Internacional, o jogador foi promovido à equipe profissional.

O que fez entre 1973 e 1980 contribuiu para que Falcão fosse considerado por muitos o maior jogador da história do Inter: titular absoluto da equipe, ele foi o destaque na conquista de três Campeonatos Brasileiros (1975, 1976 e 1979), cinco Campeonatos Gaúchos (1973, 1974, 1975, 1976 e 1978), três Bolas de Prata da revista Placar (1975, 1978 e 1979) e duas Bolas de Ouro da mesma publicação (1978 e 1979). Além disso, a partir de 1976, Falcão começou a ser constantemente convocado para a Seleção Brasileira. Sua ausência entre os convocados para a Seleção Brasileira na Copa de 1978 causou muita celeuma no Brasil.

Em 1980, após o Inter tornar-se vice-campeão da Copa Libertadores da América, Falcão transferiu-se para a Roma, da Itália. Ele também passou a ser uma das grandes figuras da história da Roma, pelos títulos ganhos e pelo destaque dentro do time: conquistou duas Copas da Itália (1980/81 e 1983/84) e, principalmente, o Campeonato Italiano da temporada 1982/83, acabando com um jejum de 41 anos do time romano. De quebra, Falcão foi convocado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa de 1982, sendo um dos grandes destaques da equipe e ganhando a Bola de Prata da Fifa, como segundo melhor jogador do Mundial.

Após a final da Copa dos Campeões da Europa, na temporada 1983/84, na qual a Roma foi derrotada pelo Liverpool, da Inglaterra, Falcão começou a sofrer com lesões no joelho, que forçaram-no a passar por uma artroscopia, em dezembro de 1984. Em 1985, após discordâncias com o presidente da Roma, Dino Viola, o jogador deixou o time italiano e transferiu-se para o São Paulo, onde, apesar de ficar na reserva por algum tempo, conquistou o Campeonato Paulista de 1985, estando nas finais como titular. E ainda foi convocado para a Copa de 1986, atuando em duas partidas.

Depois do Mundial, apesar de ter chegado a negociar sua ida para o Napoli, da Itália, Falcão encerrou a carreira. Primeiramente, continuou comandando uma confecção de moda, que já tinha quando jogador, mas logo foi para a televisão: em 1990, pela TV Manchete, apresentou o programa Itália de Falcão e comentou a Copa do Mundo. Logo depois começou a carreira de treinador, na Seleção Brasileira, onde ficou pouco menos de um ano, até 1991. Então, passou pelo América, do México, pela seleção do Japão e pelo Internacional, até retornar à televisão, em 1995, fazendo comentários pela RBS (Rede Brasil Sul), retransmissora da TV Globo na região Sul do Brasil. Em 1996 Falcão foi contratado nacionalmente pela TV Globo, e lá ficou por 15 anos, comentando jogos de futebol.

Em 2011 retomou a carreira de treinador, passando pelo Internacional, novamente, e pelo Bahia, em 2012. No clube baiano, ganhou o Campeonato Baiano, mas foi demitido, ainda em 2012.

Bibliografia

- FALCÃO, Paulo Roberto. Histórias da bola. Porto Alegre, L&PM, 1996.

- Depoimento de Falcão ao Projeto Futebol, memória e patrimônio, mantido pelo Museu do Futebol em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

- CASTRO, Marcos de. MÁXIMO, João. Gigantes do futebol brasileiro. São Paulo, Civilização Brasileira, 2011.

- BRAGA, Kenny. Os dez mais do Internacional. Rio de Janeiro, Maquinária, 2011.

Skip to content
Governo do Estado de SP