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Julião

  • Júlio Carlos de Souza
Atuação
Dirigente

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
ARCO F.C. Dirigente

Textos

Júlio Carlos de Souza, ou Julião como é comumente conhecido, presidente em 2012 do time ARCO FC, nasceu na região do Vale do Paraíba e mudou-se com a família para o bairro do Jardim Consórcio aos quatro anos de idade. Ele só teve a oportunidade de atuar como profissional uma única vez, quando jogou pela Associação Portuguesa de Desportos. Entretanto, sua carreira foi interrompida por ter quebrado o braço ao jogar pelo Arco, fato que o levou a ser dispensado do clube: “eu nunca tinha feito essa referência. Eu podia ter sido profissional da Portuguesa e perdi a chance jogando contra uma Portuguesinha. Cheguei a jogar contra a Ferroviária, Paulista de Jundiaí, etc.”, ponderou o entrevistado. Quem o levou para a Portuguesa foi o então presidente do Brasil da Vila Constância que, por sua vez, era motorista de Osvaldo Teixeira Duarte, presidente da Lusa entre 1970-1980.

A partir dessa situação Júlio voltou a atuar de vez pelo Arco. Com isso, o quadro de jogadores que ele comandava tornou-se o time principal da agremiação, conquistando importantes títulos na década de 1970, como a “Copa Arizona”, o “Peladão de Futebol de Areia”[1], e o campeonato da Grande São Paulo (em 1978) contra o Vila Carioca, evento que contou com mil e duzentas equipes amadoras e com o patrocínio das cadernetas de poupança Delfin e do Diário Popular.

Na ocasião, o time do Vila Carioca reforçou seu elenco com três jogadores profissionais do América Futebol Clube de São José do Rio Preto. Júlio enfatizou que o adversário já contava com a vitória, mas o Arco resistiu e venceu a partida por 2 a 0 em pleno estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Ele também lembrou que essa partida foi uma preliminar do jogo entre São Paulo Futebol Clube e Marília Atlético Clube, time que também tinha o uniforme listrado azul e branco. Por causa disso, a torcida do São Paulo presente no estádio escolheu o Vila Carioca para torcer, já que o uniforme do Arco era parecido com o do Marília.

O Arco interrompeu as suas atividades quando Júlio se casou e na ocasião do nascimento de suas filhas (Jéssica, em 1993, e Mariana, em 1995). Com efeito, tais fatos não permitiram que o interlocutor conciliasse a convívio familiar com o futebol. O Arco também parou de atuar em 1996, permanecendo assim por seis anos. Nesse período, Júlio tornou-se sócio de um clube da Caixa Econômica, onde jogava bola e levava as filhas para brincar nas piscinas.

Por ter interrompido as atividades, o Arco perdeu a sede que tinha no bar do Pedro Azulão. Segundo Júlio, o dono do imóvel jogou fora todos os pertences do time. Em 2002, alguns jogadores de outras equipes da região do Jardim Consórcio começaram a falar que o Arco F. C. nunca mais voltaria. Júlio então desafiou: “era época de eleição. Eu falei ‘vou voltar com o Arco’. Semana que vem, 2 de novembro, dia de finados, eu vou ressuscitar o Arco, em 2 de novembro de 2002”, contou.

[1]  O Arco jogou o “Peladão de Futebol de Areia” com sete jogadores em campo. O time foi campeão sobre o Colégio Vilack.

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