Centro de Referência do Futebol Brasileiro

Autor do gol do bicampeonato mundial do Uruguai em 1950. Desde jovem se interessou por esportes, primeiramente pelo basquete. Jogava bem, tanto que foi convidado a jogar pelo Nacional de Montevidéu. Mas foi impedido pela família, fieis carboneros. Voltou a atenção para o futebol, e contrariando a expectativa do pai que o queria na Universidade Técnica do Uruguai, assinou o primeiro contrato com o Sudamérica. Finalmente em 1948 fez as pazes com a família e foi defender o Peñarol. Estreou em 1949 e ajudou a conquistar o Campeonato Uruguaio daquele ano. Seu desempenho abriu-lhe as portas da Celeste Olímpica pela qual jogou 12 vezes e marcou apenas 4 gols. Todos na Copa do Mundo de 1950. O mais importante na final. Aos 34 minutos do segundo tempo ele invadiu a área do Brasil, mas no lugar de cruzar, como tinha feito no primeiro gol, chutou direto, surpreendeu o goleiro, virou o jogo para 2X1 e calou o Maracanã. 

Voltou a ganhar o Campeonato Uruguaio em 1951. Em 1952 envolveu-se numa briga generalizada no clássico contra o Nacional e tomou 15 meses de suspensão. Isso facilitou sua ida para a Itália, onde tornou-se ídolo do Roma, pelo qual foi campeão da Copa da UEFA em 1961. Jogou pela Seleção Italiana, mas não conseguiu classificá-la para a Copa do Mundo de 1958. Disputou ainda quatro jogos pelo Milan, o suficiente para ganhar Campeonato Italiano de 1963. Retornou ao Uruguai e defendeu o Danúbio até os 40 anos. Ao pendurar as chuteiras tentou ser técnico por alguns meses, mas optou por aceitar um emprego público no Cassino Montevidéu, oferecido a todos os campeões de 1950. Sua frase mais conhecida “Apenas três pessoas calaram o Maracanã: Frank Sinatra, o Papa João Paulo II e eu”, resumiu perfeitamente o tamanho do feito de 1950. Faleceu, coincidentemenete, no mesmo dia da final da Copa de 1950, 65 anos depois, vítima de um ataque cardíaco, enquanto acompanhava pela TV a semifinal da Taça Libertadores entre Internacional 2X1 Tigres, do México.