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Natural de Accra, capital de Gana, nascido em 7 de setembro de 1968, Marcel Desailly nasceu com o nome de Odenke Abbey, alterado quando sua mãe casou-se com o cônsul francês em Accra, que adotou todos os filhos do primeiro casamento. E Marcel começou a carreira com a motivação de um dos irmãos: também jogador de futebol, Seth Adonkor levou Desailly para o Nantes, clube francês onde jogava. 

E foi no Nantes que Desailly começou a carreira, em 1986. Lá ficou até 1992, quando foi comprado pelo Olympique de Marselha. E fez-se notar como um dos membros da equipe que sagrou-se campeã da Liga dos Campeões, na temporada 1992/93. Nem mesmo a punição que impediu o Olympique de disputar o Mundial Interclubes de 1993 segurou a ascensão de Desailly na carreira: ainda em 1993, ele foi comprado pelo Milan (justamente a equipe que herdou a vaga do clube francês no Mundial), e estreou na seleção francesa.

No Milan, Desailly destacou-se, ganhando mais uma vez a Liga dos Campeões, na temporada 1993/94, além de mais dois Campeonatos Italianos, uma Supercopa da Itália e uma Supercopa da Europa. Já na seleção da França, o zagueiro somente tornou-se titular em 1996, após a Eurocopa. E foi titular absoluto da equipe que conquistou a Copa do Mundo de 1998. Logo depois do Mundial, por sinal, Desailly foi para o Chelsea, onde também destacou-se, ganhando uma Supercopa da Europa (1998), uma Supercopa da Inglaterra (2000) e uma Copa da Inglaterra (1998/99).

Paralelamente, o zagueiro seguiu vivendo tempos de sucesso na seleção francesa. Em 2000, os "Bleus" ganharam a Eurocopa. Logo depois, com Didier Deschamps se retirando da equipe, Desailly assumiu o posto de capitão da seleção. Nela, ganhou a Copa das Confederações de 2001. Entretanto, a França sofreu uma grande decepção, com a eliminação na primeira fase da Copa do Mundo de 2002.

Desailly seguiu no Chelsea e na seleção francesa até 2004. Após a eliminação na Eurocopa deste ano, para a Grécia, nas quartas de final, o jogador decidiu parar de atuar pela equipe nacional. E também deixou o Chelsea, indo para o Al-Gharafa, do Catar. Lá ficou por um ano, indo depois para o Qatar SC, onde parou de jogar, em 2006.

Desde então, Desailly teve atuações como comentarista de televisão, em canais ingleses e franceses, além de fazer trabalhos beneficentes, como representante do Unicef em Gana e membro da fundação Laureus, que envolve esportistas em causas humanitárias.