Martha Rocha
- Maria Martha Hacker Rocha
Miss Brasil, escolhida em 1954, foi a primeira brasileira a participar do concurso de beleza Miss Universo, tendo ficado em segundo lugar. Faleceu aos 86 anos, por insuficiência respiratória seguida de infarto. Foi enterrada no Cemitério no Santíssimo Sacramento, no Rio de Janeiro.
Textos
Sétima filha de Hansa Hacker Rocha e do professor e engenheiro Álvaro Pereira Rocha, tinha 18 anos quando foi convencida por Guilherme Simões, sobrinho do fundador do jornal A Tarde, de Salvador (BA) a participar do concurso de Miss Bahia. Foi a vencedora e assim pôde participar do primeiro concurso oficial de Miss Brasil , no Hotel Quitandinha, em Petrópolis (RJ). O evento teve ampla cobertura da imprensa, por isso, quando Martha Rocha ganhou o concurso virou celebridade instantânea. Meses depois, ela foi para os Estados Unidos disputar o concurso Miss Universo. Terminou empatada com Miriam Stevenson, a representatnte local. O desempate foi decidio com base no desempenho com traje de banho, porque o patrocinador principal era a Catalina Swimwear, especializada nesse tipo de vestuário. E a estadunidense ficou com o título de Miss Universo. Isso serviu de inspiração para o jornalista João Martins, de O Cruzeiro, contar que a derrota foi por que Matha teria o quadril duas polegadas maior que a Stevenson. E a lenda se propagou, até que a própria Miss Brasil negar a história em depoimento à Isa Pessoa no livro "Martha Rocha: uma biografia" (Objetiva, 1993). De qualquer maneira, no ano seguinte, Pedro Caetano, Alcyr Pires Vermelho e Carlos Renato lançaram uma marchinha de Carnaval "Duas Polegadas", com o refrão “Por duas polegadas a mais, passaram a baiana pra trás / Por duas polegadas, e logo nos quadris / Tem dó, tem dó, seu juiz!”. Wilson Batista, Jorge de Castro e Américo Seixas, também compuseram uma marcha para a baiana compondo Miss Brasil, logo depois do resultado do Miss Universo.
Pelo estilo elegante acabou até inspirando o apelido de um bicampeão do mundo, o zagueiro Mauro, capitão da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1962, chamado de "Martha Rocha do Futebol".
Em 1995 perdeu suas economias com a quebra da Casa Piano, banco de investimentos gerido pelo ex-cunhado Jorge Piano. Por isso, a partir de 1996 passou a participar de vários eventos, especialmente concursos de beleza e a pintar quadros. Em 2015 passou a viver num lar para idosos, vindo a falecer aos 83 anos de insuficiência respiratória, seguida de parada cardíaca. Foi enterrada no Cemitério no Santíssimo Sacramento, em Niterói (RJ).