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Marianita

  • Marianita da Silva Nascimento
Atuação
Meio Campo

Ativista do futebol de mulheres, atuou junto à Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, em 1981, pela regulamentação da modalidade. No ano seguinte tornou-se membro da comissão da Federação Gaúcha de Futebol responsável pelo anteprojeto enviado ao Conselho Nacional de Desportos solicitando a regulamentação do futebol feminino no Brasil, o que aconteceu em 11/04/1983. Ela montou e foi capitã do primeiro time de mulheres do Grêmio, em 1981. Era tão habilidosa que acabou contratada pelo E.C. Radar, para reforçar o time carioca na primeira viagem de um time de mulheres brasileiras à Europa.

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1981 Grêmio Meio Campo
1982 Radar Meio Campo
1983 Grêmio Meio Campo

Textos

Desde criança gostava de jogar bola com os irmãos, até por influência do Grêmio F.B.P.A., já que seu pai, Aimoré do Nascimento era conselheiro do clube.
Também treinava nas quadras do Parque da Marinha, atuando por diversos times de Porto Alegre.
Em 1980 atuava pelo time da SACC - Sociedade Amigos de Capão da Canoa, que venceu o II festival de Futebol Feminino - evento precursor das competições oficiais no Rio Grande do Sul. E o time acabou convidado para fazer um jogo durante as festividades da inauguração do Estádio Olímpico Monumental em junho de 1980.
Marianita foi o destaque e no final do ano o próprio presidente do Tricolor, Hélio Dourado a convidou não só a integrar, mas a montar o primeiro time de futebol feminino do Grêmio. No começo de 1981 o time disputou a Copa Ajax de Futebol de Salão e apenas um amistoso no campo, contra o time da UFRGS.
Infelizmente o time foi desfeito logo depois, principalmente pela falta de regulamentação do esporte. O futebol de mulheres tinha sido proibido em 1941 e apesar da revogação da exdrúxula lei em 1979, ainda permanecia a noção de que não sendo oficialmente permitido não deveria ser estimulado.
Já que o problema era a falta de regulamentação, Marianita, então com 20 anos, passou a lutar pela oficialização do futebol de mulheres. Procura o vereador Valdir Fraga com o intuito de apresentar um projeto na Câmara dos Vereadores de Porto Alegre para regulamentar o futebol de mulheres. Esse projeto cresceu e ganhou força, ao ponto de Marianita tornar-se integrante da comissão da Federação Gaúcha de Futebol responsável pelo anteprojeto (baseado no trabalho de Marianita) enviado ao Conselho Nacional de Desportos solicitando a regulamentação do futebol feminino no Brasil. Marianita atuou como uma "ponte" entre os dirigentes e as mais de 4.500 jovens e mulheres jogadoras de futebol do Rio Grande do Sul. E o futebol feminino foi regulamentado em 11/04/1983 através da Deliberação do CND nº 01/83, publicado no Diário Oficial da União.
Dentro de campo, depois da dissolução do time do Grêmio, Marianita fundou o Esporte F.C. para continuar jogando, e não apenas nos campos gaúchos. Em maio de 1982 o time participou do Trofèu Eurico Lyra de futebol de praia feminino, onde enfrentou o poderoso E.C. Radar, do qual Lyra era presidente. E mais uma vez ela foi destaque e acabou sendo convidada para se juntar ao time carioca na primeira excursão de uma equipe de futebol de mulheres brasileiras à Europa em junho de 1982. As brasileiras voltaram invictas.
De volta ao Rio Grande do Sul, Marianita foi eleita presidente da Liga de Futebol Feminino de Porto Alegre, que organizou o primeiro Campeonato Gaúcho, embora extra-oficial, da modalidade. E o Esporte F.C. levantou a taça.
O título rendeu o convite para as gaúchas voltarem às areias do Rio de Janeiro para a disputa do Primeiro Torneio Brasileiro de Futebol Feminino em abril de 1983. Elas terminam como vice-campeãs.
Um mês depois, o presidente Fábio Koff cria o Departamento de Futebol Feminino do Grêmio F.B.P.A., nascendo asism o primeiro time de futebol de mulheres, desta vez de maneira oficial. E que disputou o primeiro Campeonato Gaúcho da modalidade organizado pela FGF, terminando como vice-campeãs.
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