A nona edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA será realizada entre os dias 20 de julho e 20 de agosto na Austrália e Nova Zelândia, e acontece no auge da transformação da modalidade, que coleciona recordes de audiência e de investimento nos últimos anos. Além de movimentar o cenário esportivo em escala global, o evento também desperta a necessidade de discutir o presente e o futuro do futebol de mulheres – especialmente no caso de países como o Brasil, em que décadas de proibição legal da prática levaram a atraso no desenvolvimento da modalidade e a desigualdades que persistem até hoje. Para falar sobre o assunto, as Dibradoras realizam no Museu do Futebol o encontro “As Conquistas Delas: é ano de Copa, o que o futebol feminino reserva para o futuro?”, no dia 20 de junho, a partir das 19h.  

No palco, estarão reunidos nomes de diferentes gerações da Seleção Brasileira, que viveram momentos difíceis no passado e hoje fazem parte da mudança de patamar do futebol de mulheres no mundo:  

Rosana Augusto esteve na Copa do Mundo de 2007, em que o Brasil conquistou seu melhor resultado (o vice-campeonato) e foi um dos destaques dessa geração tão vitoriosa. Hoje é treinadora do Red Bull Bragantino, uma das raras mulheres ocupando esse posto. 

Tamires Dias disputou seu primeiro Mundial em 2015 e virou protagonista de uma das equipes mais vitoriosas da história do futebol feminino brasileiro, o Corinthians, além de ser uma das capitãs do Brasil neste ciclo de Copa do Mundo. 

Bia Zaneratto foi camisa 10 da seleção sub-17 com 13 anos, jogou no histórico e vencedor time do Santos, ao lado de Marta e Cristiane, e hoje é um dos grandes nomes do ataque do Palmeiras e da Seleção. 

O debate vai explorar os desafios enfrentados pelo futebol de mulheres até chegar a esse momento e sobre as expectativas para o Mundial que se aproxima. A mediação do bate-papo será feita pela jornalista Renata Mendonça, co-fundadora do Dibradoras e comentarista de futebol do Grupo Globo. 

“É uma honra para nós realizar a 3ª edição desse evento que já faz parte da nossa história e que o Museu do Futebol sempre acolheu. Dar voz às atletas é parte do nosso trabalho como veículo de comunicação, além de ser uma forma de valorizar as histórias das mulheres que por anos foram invisibilizadas”, declarou a jornalista Roberta Nina Cardoso, também co-fundadora do Dibradoras.

A participação é gratuita e não requer inscrição prévia. Basta chegar na hora marcada ao auditório do Museu do Futebol, localizado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Especialmente para o evento, a exposição Rainhas de Copas ficará aberta até as 19h – portanto, a dica é chegar um pouco mais cedo para curtir a mostra antes do debate.