Por uma pedagogia dos adversários internos e externos no futebol: experiências na Grêmio Antifascista e Tribuna 77
Artigo de autoria de Renato Levin-Borges, apresentado ao 3º Simpósio Internacional de Estudos sobre Futebol.
Sumário
Não tem.
Textos
O futebol como espaço de disputa ético-política passou a ser reconhecido como produtor de conhecimento legítimo pela academia há alguns anos, entretanto, nas arquibancadas ao redor do mundo o futebol como dispositivo de embate e resistência possui décadas de história. Torcidas organizadas em torno de bandeiras como o antifascismo, entretanto, surgem em meados dos 80 com especial destaque ao Sankt Pauli de Hamburgo, Alemanha. De lá para cá a relação de torcidas europeias posicionadas politicamente aumentou significativamente, tanto aquelas com orientação à esquerda quanto à direita. Se de um lado da margem política se constituíram fortemente as bancadas do Sankt Pauli (Alemanha), Livorno (Itália), Celtic (Escócia), Rayo Vallecano (Espanha), do outro lado não faltam torcidas engrossando as fileiras da direita e extrema-direita como é o caso dos ultras da Lazio (Itália), Hellas Verona (Itália), Zenit (Rússia), Chelsea (Inglaterra), Real Madrid (Espanha), dentre ouros.