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Juventude

  • Esporte Clube Juventude
Tipo
Clube de Futebol Profissional
Fundação
29/06/1913

Jogadores e dirigentes

Quando Quem Atuação
1964 Everaldo Lateral
1978 Ênio Andrade Treinador(a)
1978 Luizinho das Arábias Atacante
1980-1981 Luiz Felipe Scolari Zagueiro(a)
1982 Enéas Atacante
1985-1986 Cuca Atacante
1985-1986 Levir Culpi Zagueiro(a)
1992 Roberval Davino Treinador(a)
1995 Cafu Lateral
1995 Cuca Atacante
1995 Emerson Leão Treinador(a)
1995 Sorato Atacante
1996 Zé Carlos Lateral
1997-2000 Flávio Cunha Teixeira Murtosa Treinador(a)
1997-1998 Tite Treinador(a)
1999 Raudinei Atacante
2000 Roberval Davino Treinador(a)
2001-2004 Dante Zagueiro(a)
2001 Emerson Leão Treinador(a)
2001 Roberval Davino Treinador(a)
2002 Ricardo Gomes Treinador(a)
2002 Valdo Meio Campo
2003 Marinho Peres Treinador(a)
2004 Fernando Diniz Meio Campo
2004 Karina Balestra Atacante
2004 Thiago Silva Zagueiro(a)
2005 Doni Goleiro(a)
2005 Sebastião Lazaroni Treinador(a)
2007 Léo Silva Zagueiro(a)
2010 Fausto Atacante
2011-2012 William Lateral
2014 Geraldo Delamore Treinador(a)
2014 Roger Machado Treinador(a)
2021-2022 Eduardo Barros Auxiliar Técnica(o)

Textos

HISTÓRICO DOS TIMES

ESPORTE CLUBE JUVENTUDE

O Esporte Clube Juventude, fundado em 29 de junho de 1913, dia de São Pedro, foi o primeiro time de futebol da cidade de Caxias do Sul. A cidade tinha se emancipado há pouco de São Sebastião do Caí (1910) e experimentava momentos de progresso no comércio e na indústria; a linha de trem que ligava a cidade à capital, Porto Alegre, a iluminação pública elétrica e as linhas de telégrafo e de telefonia eram símbolos desse progresso. O surgimento de um clube de futebol, portanto, tem estreita relação com esse momento. A maioria dos 35 fundadores do Esporte Clube Juventude vinha do Recreio da Juventude, que por sua vez surgiu de uma dissidência do Clube Juvenil, que só permitia homens solteiros em seus quadros. A escolha do nome veio em razão dos fundadores serem todos jovens. E as cores verde e branca são alusões à esperança e à paz, respectivamente.

A primeira partida disputada pelo Esporte Clube Juventude foi contra o Serrano, uma vitória por 4 a 0. O primeiro gol do time foi marcado por John Tibbitz, inglês que também integrou o grupo de fundadores. Em 1920, o Esporte Clube Juventude sagrou-se campeão do primeiro Campeonato de Futebol de Caxias do Sul, em uma vitória contra o Clube Juvenil numa série “melhor de três”. Nesta época, era predominante a presença de italianos e descendentes nos quadros do time e do clube, mas não havia restrição à presença de pessoas de outras origens. Os resultados favoráveis fizeram com que a imprensa local passasse a chamá-lo de “Esteio da Serra”.

A mascote do time, um papagaio, surgiu na década de 1930, época em que a maior parte dos campeonatos de Caxias do Sul que o Esporte Clube Juventude disputou foram conquistados. Isso garantiu ao time a alcunha de “Papo” e aos jogadores de “papudos” – que, ambígua, referia-se tanto à alcunha recém-adquirida pelo time quanto a uma suposta presunção de seus jogadores, ante este domínio no futebol de Caxias do Sul. Foi nesta época que o médio Alfredo Jaconi, o Alfredinho (1930-1940), atuou pelo time. O hino do Esporte Clube Juventude, composto em 1939, tem letra de Ernani Falcão e música de Rodolfo Storchi.

Até os anos 1950, o campeonato da cidade de Caxias do Sul era o principal torneio disputado pelo clube. Foi então que em 1954 o Esporte Clube Juventude foi admitido no Campeonato Metropolitano e passou a medir forças com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e o Sport Club Internacional, que eram então considerados os principais clubes do Rio Grande do Sul.

Em 1965 o Esporte Clube Juventude chegou pela primeira vez à final do Campeonato Gaúcho, feito inédito para um time de fora da capital, o que o consolidou como a terceira força do estado.  Nos anos 1970, às voltas com as dificuldades em se estabelecer em um meio cada vez mais profissional, Esporte Clube Juventude e Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul se fundiram e em 1971 nasceu a Associação Caxias de Futebol. A fusão, no entanto, foi desfeita após três anos. A inauguração do Estádio Alfredo Jaconi, em 1975, foi o marco do retorno do Esporte Clube Juventude. Os títulos da Copa Governador (1975-1976) deram ao time o direito de disputar o Campeonato Brasileiro pela primeira vez.

Os anos 1990 são tidos pelos torcedores como os “anos dourados”. Em 1993 uma parceria com a empresa italiana fabricante de laticínios Parmalat contribuiu para que o time se reforçasse com jogadores, como os volantes Galeano (1993-1995) e Flávio (1995, 1996 e 1997-2002) e o lateral-direito Cafu (1995), que fora contratado para atuar na Sociedade Esportiva Palmeiras e chegou ao Esporte Clube Juventude possivelmente para evitar o pagamento de uma multa ao São Paulo Futebol Clube, o qual estabelecera em cláusula, ao vender o passe do jogador, que ele não poderia atuar por outro time de São Paulo. Cafu acabou jogando apenas duas partidas pelo time de Caxias do Sul.

A parceria, no entanto, rendeu frutos, e certamente foi decisiva para que a equipe chegasse à série A do Campeonato Brasileiro, em 1995. Em 1997 o Espore Clube Juventude alcançou o quinto lugar deste campeonato. Em 1998 conquistou invicto o Campeonato Gaúcho. E em 1999 veio a conquista do título considerado por muitos de seus torcedores como a maior glória do clube em todos os tempos: campeão da Copa do Brasil. Após vencer o primeiro jogo, em Caxias do Sul, contra o Botafogo de Futebol e Regatas por 2 a 1, o empate em 0 a 0 no Maracanã, no jogo de volta, garantiu o título aos gaúchos, o qual, por sua vez, o credenciou à participação na Taça Libertadores da América do ano seguinte.

Mário Martini (1932-1947) é o maior artilheiro da história do clube, com 217 gols. Já o derby que o Esporte Clube Juventude protagoniza é com a Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul, o “Ca-Ju”.

REFERÊNCIAS

KLEIN, Marco Aurélio; AUDINHO, Sergio Alfredo. O Almanaque do futebol brasileiro. São Paulo: Escala, 1996.

MINI-ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Areté, 2004.

POZENATO, José Clemente; VARELA, Fredy. Meu pequeno Juventudista. Caxias do Sul: Belas Letras, 2008.

SITE OFICIAL DO JUVENTUDE. < www.juventude.com.br>. Último acesso em 02/03/2013
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