Paraná Clube
Clube de futebol profissional da cidade de Curitiba (PR), nascido da fusão entre E.C. Pinheiro e o Colorado E.C., dos quais herdou, respectivamente, as cores azul e vermelha, além da branca, comum aos dois. Manda seus jogos no Estádio Durival de Brito e Silva, a Vila Capanema. Seu uniforme mais tradicional é a camisa metade azul e vermelha, calção e meias branca. Seu mascote é a Gralha Azul, ave da fauna da Região Sul.
Jogadores e dirigentes
Quando | Quem | Atuação |
---|---|---|
1983-? | Simone | Lateral |
1990-1992 | Carlinhos Neves | Preparador(a) Físico(a) |
1990 | Rubens Minelli | Treinador(a) |
1990-1991 | Serginho Prestes | Meio Campo |
1993 | Levir Culpi | Treinador(a) |
1993 | Luizão | Atacante |
1994-1997 | Rubens Minelli | Treinador(a) |
1995-1996 | Carlinhos Neves | Preparador(a) Físico(a) |
1995-1997 | Ricardinho | Meio Campo |
1996 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
1996-1997 | Ernani Buchmann | Dirigente |
1997 | Sebastião Lazaroni | Treinador(a) |
1998-2000 | Fernando Diniz | Meio Campo |
1998 | Raudinei | Atacante |
1999-2000 | Abel | Treinador(a) |
2003 | Adílson Batista | Treinador(a) |
2003 | Cuca | Treinador(a) |
2004 | Gelson Baresi | Zagueiro(a) |
2007 | Pintado | Treinador(a) |
2009-2010 | Juvenilson de Souza | Preparador(a) Físico(a) |
2009 | Velloso | Treinador(a) |
2012 | Ricardinho | Treinador(a) |
2014 | Ricardo Drubscky | Treinador(a) |
2015 | Fernando Diniz | Treinador(a) |
2018-2019 | André Mazzuco | Dirigente |
Textos
A princípio, a história do Paraná Clube se inicia em 1989. Todavia, com tantas fusões que levaram à fundação definitiva do clube, a história começa muito antes, em 1914, quando o Leão Foot Ball Club e o Tigre Foot Ball Club se uniram para formar o Britânia Sport Club, após um amistoso entre as duas equipes, no dia 19 de novembro, no bairro de Guabirotuba, na cidade de Curitiba. O nome do clube homenageava a Inglaterra, por esta ser o país onde surgiu o futebol.
No mesmo ano, anteriormente, um grupo de esportistas baseado na rua Bento Viana, no bairro curitibano da Água Verde, comprou um terreno na Vila Guaíra, e lá começou a jogar futebol. Não demorou muito para que o grupo fundasse o Savóia Futebol Clube, no dia 14 de julho de 1914. No ano seguinte, em homenagem ao bairro de onde viera, a agremiação passou a chamar-se Savóia-Água Verde.
As duas equipes filiaram-se à Liga Sportiva Paranaense em 1915 e começaram a disputar regularmente o Campeonato Paranaense. Em 1916 o Savóia-Água Verde foi o vice‑campeão estadual. Posteriormente, o Britânia é que se destacou, conseguindo o hexacampeonato paranaense (1918/19/20/21/22/23).
Outro ramo da história se desenvolveu a partir de 7 de janeiro de 1921, com a fundação do Palestra Itália, em reunião feita entre os simpatizantes no Clube Dante Alighieri. No encontro, definiu-se que a bandeira do clube teria as cores da bandeira italiana, e que o uniforme do time seria azul, como o da seleção da Itália. Entretanto, após pouco tempo, o uniforme do Palestra Itália passou a ser verde e branco, o que fez com que o time fosse apelidado de “Periquito”. E foi justamente o Palestra Itália a quebrar a hegemonia do Britânia: após ser vice-campeão paranaense logo no ano de fundação, o clube conquistou o título paranaense de 1924. O Palestra ainda conquistou o título estadual em 1926 e 1932.
Em 1928, o Britânia conquistou seu último título paranaense; nessa época houve ainda a refundação do Savóia-Água Verde, como um clube amador. Em 1930, mais um clube envolvido na fundação do Paraná Clube apareceu: no dia 12 de janeiro, nove empregados da rede ferroviária de Curitiba fundaram o Clube Athletico Ferroviário, com o uniforme composto por calção branco e camisa também branca, com gola e punhos verdes. O clube conquistou seus primeiros títulos estaduais em 1937 e 1938.
Dentro do contexto da Segunda Guerra Mundial, vários clubes tiveram de mudar seus nomes para que eles não tivessem relação com os países do Eixo, inimigos do Brasil no conflito: o Savóia passou a chamar-se Esporte Clube Brasil, e o Palestra Itália tornou-se o Paranaense, para depois virar Comercial e, enfim, Palmeiras. Na fase final da Guerra, em 1944, o Conselho Nacional do Desporto proibiu que o Esporte Clube Brasil seguisse com esse nome. Então, ele tornou-se somente Esporte Clube Água Verde, ao passo que o Palmeiras voltou a chamar-se Palestra Itália. Já o Ferroviário continuou existindo, ganhando mais seis Campeonatos Paranaenses (1944, 1948, 1950, 1953, 1960 e 1966).
Em 1971 os clubes Britânia, Palestra Itália e Ferroviário se uniram, formando o Colorado Esporte Clube. Com uniforme tendo camisa vermelha e calção e meias brancos, o novo clube ganhou como mascote um garoto negro, apelidado “Boca Negra”, e jogaria no estádio Durival de Britto e Silva, na Vila Capanema, em Curitiba, de propriedade do Ferroviário. Por sua vez, também em 1971, no dia 1º de julho, o Água Verde novamente foi rebatizado, como Esporte Clube Pinheiros, tendo como uniforme camisa azul e calção e meias brancos. O Pinheiros ganhou dois Campeonatos Paranaenses, em 1984 e 1987, enquanto o Colorado nunca conquistou nenhuma taça.
A partir de julho de 1989 dirigentes dos dois clubes passaram a cogitar a fusão. Até que, finalmente, em 19 de dezembro de 1989, Colorado e Pinheiros realizaram votações em seus Conselhos Deliberativos, que aprovaram a fusão entre as agremiações. Estava fundado o Paraná Clube. Os dois clubes decidiram que a camisa seria dividida nas cores azul, do Pinheiros, e vermelha, do Colorado, tendo calções e meias brancos. Acertou-se que a mascote seria a Gralha Azul, um dos símbolos do estado do Paraná. Outro símbolo paranaense, a araucária, foi incluído no escudo do Paraná Clube. E os jogos em que o time fosse mandante seriam realizados no Durival de Britto e Silva, onde estava o Colorado. O hino para o novo clube foi composto por João Arnaldo e Sebastião Lima.
Não demorou muito para que o Paraná tivesse êxito em campo: em 1991, a equipe conquistou o primeiro Campeonato Paranaense de sua história. E, em 1992, ganhou o Campeonato Brasileiro da Série B, vencendo o Esporte Clube Vitória, da Bahia. Desde então, o Paraná teve a melhor fase de sua história: entre 1993 e 1997, conquistou o pentacampeonato paranaense. E os ídolos surgiram: o goleiro Régis (1993-1997 e 1999), os meio-campistas João Antônio (1991-1995) e Ricardinho (1995-1997) e os atacantes Saulo (1991-1993, 1994-1996) e Maurílio (1990-1992, 1995 e 2001-2002).
Em 2000, o Paraná conquistou o Módulo Amarelo do Campeonato Brasileiro, equivalente à 2ª Divisão, vencendo a AD São Caetano na final e participando das fases finais do Módulo Verde (1ª Divisão). Em 2007 o clube participou pela primeira vez da Copa Libertadores da América. No entanto, o clube caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2009, e para a Série Prata (2ª Divisão) paranaense em 2011. Em 2012 ganhou a divisão de acesso e retornou à 1ª Divisão paranaense. Em 2017 termienou o Brasileiro da Série B em 4º lugar retornando assim ao Brasileirão em 2018.
REFERÊNCIAS
BLOG HISTÓRIA DO PARANÁ CLUBE. Acessado em 05/03/2013.
KLEIN, Marco Aurélio. AUDININO, Sergio Alfredo. O almanaque do futebol brasileiro 96/97. São Paulo: Editora Escala, 1996.
MINI-ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Areté, 2004.
SITE DO PARANÁ CLUBE. Acessado em 05/032013.