Centro de Referência do Futebol Brasileiro

Ponta-esquerda revelado pelo C.A. Ypiranga, para onde foi levado pelo próprio pai, diretor do clube. Atuou pelos aspirantes do São Paulo F.C. entre 1946 e 1949, tendo sido campeão da categoria em 1946 e 1947. Mas voltou ao time ypiranguista onde foi profissionalizado em 1949. Em 1952 transferiu-se para o Nacional A.C., e dois anos depois foi campeão paulista da então 2ª Divisão pelo E.C. Taubaté. Encerrou a carreira aos 27 anos no E.C. São Bento, de Sorocaba, após quebrar a perna num mero amistoso com o União F.C., de Mogi das Cruzes.

Longe dos gramados pode dedicar-se aos estudos, formando-se em Ciências Contábeis pela Universidade de São paulo. Entretanto a experiência como atleta profissional não passou despercebida na USP e ele virou treinador do time da Faculdade de Ciências e da seleção da Federação Universitária Paulista de Esportes (FUPE).

Em 1959, um de seus jogadores do time universitário, Canhotinho, ex-jogador do S.E. Palmeiras e da Seleção Brasileira, tinha voltado ao mundo do futebol profissional como auxiliar do técnico Oswaldo Brandão na S.E. Palmeiras e convidou Minelli para acompanhá-lo como treinador das categorias de base.

A carreira como treinador de futebol profissional começou em 1963 no interior paulista, quando o América F.C., de de São José do Rio Preto veio buscá-lo. Sua estreia, dia 31/03/1963, foi com vitória por 1X0 sobre o E.C. XV de Jaú, no Estádio Mário Alves Mendonça. Pelo clube, conquistou a 2ª Divisão estadual de 1963 e sagrou-se campeão do interior em 1964.

Em 1966, foi contratado pelo Botafogo F.C., de Ribeirão Preto, onde ficou por apenas quatro meses, mas comandou o time numa excursão à América Central, na qual sofreu apenas uma derrota em 17 jogos. No final do mesmo ano, retornou a São José do Rio Preto para substituir o argentino Filpo Nuñez.

Em 1967 foi para o Sport Club do Recife, pelo qual foi campeão do Torneio Início e vice-campeão pernambucano. No ano seguinte comandou a A.A. Francana, que foi vice-campeã paulista da então 1ª Divisão (equivalente à atual Série A2) em 1968. No ano seguinte, após passar rapidamente pelo Guarani F.C., retornou ao Palmeiras, coincidentemente substituindo de novo Filpo Nuñez.

No alviverde, MInelli excursionou à Europa, onde conquistou o Troféu Ramón de Carranza, na Espanha, batendo Atlético e Real, os gigantes madrilenhos. Também conquistou o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, uma prévia do que seriam os anos 1970 na sua carreira.

Passou pela Portuguesa de Desportos (1971-1973) e Rio Preto E.C. (1973), até ser contratado pelo S.C. Internacional que construiu um time histórico com craques como Manga, Falcão, Figueroa, Carpegiani, Valdomiro, Batista, Dario, Marinho Perez, entre outros, que foi bicampeão brasileiro (1975-1976) e tricampeão gaúcho (1974, 1975 e 1976), fechando o octacampeonato estadual (1969-1976).

Em 1977 surprendeu a todos aceitando dirigir o São Paulo F.C., que não era considerado capaz de ganhar o Campeonato Brasileiro. Mesmo assim Minelli, conseguiu ser campeão, aliás tricampeão nacional consecutivo.

Em 1979 foi seduzido pelo petrodólares, assim como dezenas de treinadores brasileiros, e assinou com o Al Hilal da Arábia Saudita pelo qual foi campeão da Copa do Golfo (1980), voltando somente em 1982, e novamente ao Palmeiras.

Os anos 1980 e 1990 foram menos vitoriosos, conquistando mais um Campeonato Gaúcho (1985), e dois Paranaenses (1994 e 1997) pelo Paraná Clube. Mesmo assim comandou outros grandes tims como Atlético Mineiro (1984), S.C. Corinthians Paulista (1986), Santos F.C. (1992), Coritiba F.B.C. (1998), neste último, alías, encerrou a carreira de treinador.

Na sequência tornou-se dirigente, e foi superintendente de futebol do São Paulo F.C., Athletico Paranaense, Paraná Clube e Avaí F.C., onde encerrou essa fase profissional em 2003.

Ainda encontrou tempo para ser comentarista na Rádio Jovem Pan, entre 2008 e 2010.

Faleceu aos 94 anos, após permancer um mês internando tratando de uma infecção.