Centro de Referência do Futebol Brasileiro

Um dos principais jornalistas esportivos do Brasil, chegou a jogar futebol, foi zagueiro do Paysandu (PA), mas seu maior orgulho foi ter jogado no time infanto-juvenil do Quintino Bocaiúva FC, de Belém (PA) ao lado do atacante Vevé, que depois se tornaria ídolo do Flamengo. Pendurou as chuteiras e musou-se para o Rio de Janeiro em 1948, estreando no jornalismo no semanário Mundo Esportivo, a convite de Geraldo Bretas. Mudou-se para São Paulo em 1954 e foi contratado por A Gazeta Esportiva, pela qual cobriu oito Copas do Mundo, sete Copas América, além de inúmeras excursões de São Paulo, Palmeiras, Santos, Corinthians e, principalmente, Seleção Brasileira. Aliás, tinha dados de todos os jogos que acompanhou, e com frequência era consultado por colegas e jogadores para tirar dúvidas relacionadas não só sobre estatísticas, mas como sobre história e atualidades do futebol brasileiro e internacional. Escreveu para vários jornais e revistas estrangeiras, tais como El Gráfico (Argentina), Miroir du Football e Mondial (França), Sportske Novosti (Iugoslávia), Stadion (Checolsováquia), El Espectador (Colômbia) e o Boletim da FIFA. Em 1982 publicou "As Copas que ninguém viu: histórias e bastidores"  (Editora Catavento) e foi o jornalista oficial da CBF durante a Copa da Espanha. Faleceu pouco mais de 40 dias depois do retorno da delegação brasileira, aos 64 anos, vítima de câncer no estômago. Foi sepultado no Mausoléu dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, do Cemitério São Paulo, na capital paulista. Através do Decreto nº 18.373 de 09/11/1982 seu nome foi dado à uma rua no bairro Maranhão, região do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo.