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Taffarel

  • Cláudio André Mergen Taffarel
Atuação
Goleiro(a)
Auxiliar Técnica(o)
Preparador(a) de Goleiros(as)

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1984-1990 Internacional Goleiro(a)
1988-1998 Seleção Brasileira Goleiro(a)
1990-1993 Parma Goleiro(a)
1990 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1990 Goleiro(a)
1993-1994 Reggiana Goleiro(a)
1994 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1994 Goleiro(a)
1995-1998 Atlético Mineiro Goleiro(a)
1998-2001 Galatasaray Goleiro(a)
1998 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1998 Goleiro(a)
2001-2003 Parma Goleiro(a)
2010 Seleção Brasileira Copa do Mundo 2010 Auxiliar Técnica(o)
2018 Seleção Brasileira Copa do Mundo 2018 Preparador(a) de Goleiros(as)

Textos

Cláudio André Mergen Taffarel nasceu em Santa Rosa, Rio Grande do Sul, Brasil, em 8 de maio de 1966. Praticante de vôlei e handebol na infância e na adolescência, também gostava de jogar futebol. Chegou a fazer testes no Grêmio, mas foi reprovado. Sorte do arquirrival: Taffarel tentou a sorte no Internacional em 1984 e foi aprovado. Começava ali a carreira de um dos mais tradicionais goleiros brasileiros de todos os tempos.

Carreira precoce: em 1985 Taffarel (então conhecido como Cláudio) já se tornou titular do time profissional do Internacional, substituindo Ademir Maria, e também teve sua primeira oportunidade nas categorias de base da Seleção Brasileira. Com sucesso: foi o goleiro titular do Brasil na conquista do título do Campeonato Mundial de Juniores daquele ano, disputado na União Soviética. Porém, no mesmo ano, também sofreu o primeiro baque de sua carreira, com uma falha num clássico contra o Grêmio: ao tentar repor a bola em jogo, mandou-a direto para as redes, cometendo gol contra. Desde então, preferiu ser chamado de Taffarel.

Mas o goleiro continuou sendo titular do Internacional e transformou-se no grande ídolo da torcida colorada naqueles tempos difíceis, com o Grêmio em meio a uma sequência de títulos estaduais, entre 1985 e 1990. Suas boas atuações culminaram com o fato de ser o grande destaque dos dois vice-campeonatos brasileiros em sequência para o Internacional, em 1987 e 1988. Nesses anos, também ganhou a Bola de Prata da revista Placar e, em 1988, levou a Bola de Ouro, como melhor jogador do Campeonato Brasileiro.

Com o sucesso, vieram as primeiras chances na Seleção Brasileira adulta. Em 1988, no Torneio do Bicentenário da Austrália, Taffarel atuou pela primeira vez na seleção profissional, em jogo contra a Austrália. No mesmo ano despontou definitivamente para o país, como titular no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Seul. Na semifinal contra a Alemanha Ocidental defendeu um pênalti no tempo normal, que terminou empatado em 1 a 1. E, na decisão por pênaltis, pegou mais uma cobrança e viu outra bater na trave, garantindo a passagem do time para a final, na qual, derrotado pela União Soviética, o Brasil ganhou a medalha de prata.

Taffarel tornou-se titular absoluto também na Seleção Brasileira. Nela, conquistou a Copa América de 1989 e foi o titular na Copa de 1990. Mesmo com a eliminação precoce do Brasil, o goleiro teve boas atuações no torneio, escapou das críticas e credenciou-se como o melhor do país naquela época. O Parma, da Itália contratou-o logo após a Copa, fazendo de Taffarel o primeiro goleiro brasileiro a atuar naquele país.

Todavia, o que poderia ser o início de sua melhor fase tornou-se um tempo de dificuldade. Apesar de começar como titular no Parma, Taffarel perdeu o lugar no time. Pelas regras do futebol italiano, que limitava o uso de estrangeiros a três atletas por time, saiu até do banco de reservas. Teve de se transferir para a Reggiana, onde também não jogou muitas partidas. Precisando manter a forma, Taffarel chegou a jogar até num time de padres.

Na Seleção Brasileira teve a posição ameaçada. Principalmente em 1993, quando falhou no primeiro gol da vitória da Bolívia por 2 a 0 nas eliminatórias para a Copa de 1994 – primeira derrota da Seleção em uma qualificação para um Mundial. De todo modo, Taffarel chegou à Copa como titular, e conseguiu mudar sua sorte, sofrendo poucos gols (apenas três). Na final contra a Itália, na decisão por pênaltis, defendeu a cobrança de Daniele Massaro, sendo fundamental na conquista do quarto título mundial da Seleção Brasileira.

No início de 1995 Taffarel voltou ao Brasil, para jogar no Atlético Mineiro, tornando-se titular da equipe. Contudo, viveu tempos difíceis novamente: suas atuações foram questionadas e, após críticas do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por suposta falha na final da Copa América daquele ano contra o Uruguai, o goleiro decidiu abandonar a Seleção Brasileira. Além disso, no dia 12 de outubro de 1995, brigou com torcedores do Atlético em um treino, agredindo um deles.

Em 1997 Taffarel chegou a ser afastado do Atlético Mineiro pelo técnico Emerson Leão, por deficiência técnica. Mas, no mesmo ano, havia decidido retornar à Seleção Brasileira. Esteve no time campeão da Copa América daquele ano e, mesmo contestado no Atlético Mineiro, chegou à sua terceira Copa do Mundo, em 1998, como titular. Novamente correspondeu: na semifinal contra a Holanda defendeu duas cobranças na disputa por pênaltis e foi o destaque na partida que levou o Brasil à final. A Seleção Brasileira perdeu para a França e Taffarel aposentou-se dela definitivamente, após 101 jogos oficiais.

Fora da Seleção, Taffarel também saiu do Atlético Mineiro, indo para o Galatasaray SK da Turquia ainda em 1998. No clube turco também virou ídolo. Ainda mais: em 2000 na final da Copa da Uefa da temporada 1999/2000 contra o Arsenal, da Inglaterra, em nova disputa de pênaltis após empate por 0 a 0 no tempo normal, Taffarel defendeu duas cobranças e o Galatasaray sagrou-se campeão do torneio continental. Além do título, a equipe conquistou mais dois Campeonatos Turcos (1998/99 e 1999/2000) e duas Copas da Turquia (1998/99 e 1999/2000).

Em 2001 Taffarel retornou ao Parma, onde ficou por mais dois anos, conquistando a Copa da Itália, na temporada 2001/02, até sua aposentadoria em 2003. Desde então, o goleiro chegou a trabalhar como empresário de atletas, mas logo voltou ao trabalho nos campos, a partir de 2004, como treinador de goleiros do Galatasaray.

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