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Barbosa

  • Homem de Borracha
  • Moacyr Barbosa
Atuação
Goleiro(a)
Nascimento
27/03/1921
Campinas, São Paulo, Brasil
Morte
07/04/2000
Santos, São Paulo, Brasil

Maior goleiro da história do C.R. Vasco da Gama, pelo qual conquistou 15 títulos oficias: Torneio dos Campeões Sul-Americano: (1948); Campeonato Carioca (1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958); Torneio Rio-São Paulo (1958); Torneio Relâmpago (1946); Torneio Municipal (1945, 1946 e 1947); Torneio Início: 1945, 1948 e 1958. Vice-campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1950, foi campeão Sul-Americano em 1949, além de ganhar a Copa Roca (1945) e a Copa Rio Branco (1950). Faleceu aos 79 anos e foi enterrado no Cemitério Morada da Grande Planície, em Praia Grande (SP).

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1939-1940 Comercial da Capital Goleiro(a)
1941-1944 Ypiranga Goleiro(a)
1945-1954 Vasco da Gama Goleiro(a)
1950 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1950 Goleiro(a)
1955-1956 Santa Cruz Goleiro(a)
1957 Bonsucesso Goleiro(a)
1958-1961 Vasco da Gama Goleiro(a)
1962 Campo Grande Goleiro(a)

Textos

Moacyr Barbosa nasceu em 27 de março de 1921 na cidade de Campinas/SP. Era o quinto filho de uma família de 11 irmãos.

Com a morte precoce do pai, em 1935, foi morar com a irmã mais velha no bairro da Liberdade em São Paulo/SP.

Trabalhou no Laboratório Paulista de Biologia (LPB) e pelo time da empresa disputou torneios amadores da Associação Comercial de Esportes Atléticos (ACEA).

Nos campos de várzea da Baixada do Glicério, jogou também pelo Almirante Tamandaré, no qual trocou a ponta-direita pelo gol.

Em 1942, foi contratado pelo Clube Atlético Ypiranga e estreou contra o Palestra Itália no estadual.

Casou-se com Clotilde Melonio no ano de 1943 a contragosto de seu pai. Viveram juntos por toda a vida.

Por indicação de Domingos da Guia, foi contratado pelo Clube de Regatas Vasco da Gama no fim de 1944.

Com o Vasco, foi campeão carioca em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, marcando época no time chamado de “Expresso da Vitória” (1944-1953).

Em 1945, foi convocado pela primeira vez pela seleção brasileira e sagrou-se campeão da Copa Roca.

Também conquistou a Copa Rio Branco em 1947 e 1950, quando ganhou do mesmo modo a Taça Oswaldo Cruz.

Em 1948, o grande título pelo Vasco: Campeonato Sul-Americano de Campeões, no Chile, desbancando entre outros o argentino River Plate. Foi a primeira conquista brasileira de um título internacional fora do país.

Já pela seleção, a maior conquista deu-se um ano depois no Campeonato Sul-Americano de Futebol.

Em 1950, tornou-se o primeiro goleiro a vestir a camisa 1 do Brasil, tendo sido vice-campeão na Copa do Mundo disputada no país. Tinha, aliás, orgulho do segundo lugar, algo não valorizado no Brasil, e lamentava ser apontado como um dos culpados, juntamente com Bigode e Juvenal, os três jogadores negros da defesa da seleção, pela derrota frente ao Uruguai.

No ano seguinte, o Vasco, base da seleção brasileira, venceu o Peñarol, base da seleção uruguaia, em dois amistosos, algo apontado como "revanche" pelo Maracanazo.

Em 1953, Barbosa fraturou a perna em choque com o atacante Zezinho, do Botafogo (RJ), e perdeu a chance de disputar a Copa do Mundo de 1954, na Suíça. A contusão, ao menos, serviu para mostrar-lhe como era querido por colegas e torcedores.

Foi por meio de doações de aficionados, inclusive, que teve a contratação bancada pelo Santa Cruz Futebol Clube em 1955. Pelo tricolor pernambucano, foi vice-campeão pernambucano no ano seguinte, além de conquistar o Torneio Início e o Torneio Pernambuco-Bahia.

Em 1957, retornou ao Rio de Janeiro e aceitou o convite para ser técnico no Olaria Atlético Clube. Pouco depois, assumiu a meta do Bonsucesso Futebol Clube.

No ano seguinte, as boas atuações o levaram de volta ao Vasco, onde foi campeão estadual e do Torneio Rio-São Paulo, no Estádio do Pacaembu.

Em 1959, foi finalista novamente deste último sorteio. A despeito de sua grande atuação, o Vasco perdeu para o Santos, no Pacaembu, porém acabou sendo eleito o melhor goleiro da competição.

Dois anos depois, ainda pelo Vasco, seu último título: Torneio de Aspirantes.

Já em 1962, atuou por sua última agremiação: Campo Grande Atlético Clube. Despediu-se do futebol contra o Madureira, saindo lesionado e sob aplausos do público. No mesmo ano, passou a trabalhar na Adeg (Administração dos Estádios do Estado da Guanabara), que geria o Estádio do Maracanã. Trabalhava nas piscinas, dando aulas para crianças e, posteriormente, suas mães. Aposentou-se na década de 1980.

Ao deixar a posição de goleiro, também investiu na carreira de treinador, estando à frente do Walmap (RJ) em 1968, do Tiradentes (RJ) em 1975 e do Auto Esporte (PB) em 1978.

Na década de 1990, cansado de ser cobrado pela derrota em 1950, e devido à doença de sua esposa, mudou-se para a cidade de Praia Grande/SP, perto dos familiares dela. Lá conheceu Tereza Borba, que tinha um quiosque na praia, frequentado pelo ex-goleiro. O marido dela, Mauro, o reconheceu e, a partir de então, tornaram-se grandes amigos ao fim de sua vida.

Faleceu em Praia Grande em 7 de abril de 2000, aos 79 anos.

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