Afonsinho
- Afonso Celso Garcia Reis
Clubes e Federações
Textos
Afonsinho foi revelado pelo XV de Jaú em 1962 onde jogava como meia-amador. Em 1965, foi transferido para o Botafogo, clube pelo qual foi campeão várias vezes, chegando inclusive a ser o capitão da equipe campeã da Taça Brasil, em 1968. Em julho de 1970, em razão de divergências com a diretoria do Botafogo, foi emprestado ao Olaria, na época comandado pelo técnico Jair da Rosa Pinto. No mesmo ano, voltou para o Botafogo. Nesse retorno, ficou oito meses "encostado" no Botafogo, com o contrato suspenso. A diretoria alvinegra decidira impedi-lo de treinar enquanto não retirasse a barba e os cabelos compridos que passara a usar depois de voltar do empréstimo ao Olaria. Afonsinho resolveu, então, deixar o clube e pediu a liberação de seu "passe", mas os cartolas do Botafogo negaram, e o jogador recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
"Por trás de tudo isso", conta o ex-jogador, "havia a tentativa de se impor uma medida de força também no esporte. A partir daí, juntamente com o meu pai, um ex-ferroviário que se formara em Direito, partimos para garantir o meu direito de trabalhar. Posteriormente, com a ajuda de outro advogado, Rui Piva, e o Rafael de Almeida Magalhães, conseguimos o passe livre no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, mas só depois de muita luta".
A estratégia dos advogados do jogador foi simplesmente "utilizar um princípio de direito comum na Justiça Desportiva", relembra o advogado Rui Carvalho Piva, patrono de Afonsinho.[4]
Afonsinho tornou-se o primeiro atleta do Brasil a ganhar o direito ao passe livre na justiça, em março de 1971. Esse direito só seria instituído exatamente 27 anos depois, pela Lei n° 9615, de março de 1998