Bernardo Gonzales
Homem trans, professor e jogador de futebol amador. Formado em Ciências pela Universidade de São Paulo, atua em projetos de Educação Social com crianças e adolescentes. É colunista dos sites Ludopédio e Midia Ninja. Em 23 de junho de 2020, cedeu depoimento ao projeto do Museu do Futebol "Diversidade em Campo: Futebol LGBT+". Para conhecer mais, clique em "Referências".
Clubes e Federações
Quando | Onde | Atuação |
---|---|---|
T Mosqueteiros | Goleiro(a) | |
2016-2018 | Meninos Bons de Bola | Polivalente |
2019-? | Madalenas | Polivalente |
Textos
Bernardo Gonzales é um homem trans que atua como professor de ciências em um projeto de educação social, jogador de futebol amador e ativista pelos direitos das pessoas trans. Escreve sobre suas experiências como atleta e ativista nos sites Ludopédio e Midia Ninja. Atuou no Meninos Bons de Bola, primeiro time de futebol de homens trans do Brasil. Joga no S.C. T Mosqueteiros, time LGBTQIAP+ de São Paulo.
Nascido na periferia de São Paulo em 23 de março de 1989, passou por muitas dificuldades na infância. Na infância, tomou gosto por esportes e aprendeu a jogar futebol pelos ensinamentos de seu professor de educação física aliado à sua vontade.
Bernardo conta que foi com a Copa de 1994 que descobriu que queria o futebol para a sua vida, o campeonato o fez sentir muita emoção. Ele relembra de toda a magia que envolvia o torcedor e as seleções, na época em que as ruas e os muros eram pintados e bandeiras expostas, causando uma comoção geral.
Aos 15 anos sofreu um atropelamento e quebrou o seu joelho, afastando-se do futebol. Durante a faculdade, tentou voltar a praticar o esporte, mas as questões de classe e raça o incomodavam, fazendo com que novamente se afastasse. Voltou a jogar bola somente no Meninos Bons de Bola, em 2016.
Ele ressalta a importância do futebol como espaço político, sobretudo por ser um esporte desenhado por homens brancos, cis gênero e de classe média. O esporte deve se configurar a fim de incluir a comunidade LGBTQIAP+.
Toda a vivencia e os estudos levaram o menino que torcia para o Corinthians na infância a torcer para times inclusivos.
Cedeu entrevista, em 12 de julho de 2022, ao projeto do Museu do Futebol "Diversidade em Campo: Futebol LGBTQIAP+".