Marcelo Cunha
- Marcelo Antônio de Araújo Cunha
Goleiro revelado pelo Yuracan F.C., de Itajubá-MG, atuou pelo C.R. Vasco da Gama na década de 1960. Após aposentar-se dos campos, formou-se em Engenharia. Na cerimônia de formatura teve como padrinho o goleiro Barbosa, vice-campeão do mundo em 1950.
Clubes e Federações
| Quando | Onde | Atuação |
|---|---|---|
| 1958-1960 | Yuracan | Goleiro(a) |
| 1960-1961 | São Paulo | Goleiro(a) |
| 1963-1964 | Vasco da Gama | Goleiro(a) |
Textos
Começou a carreira no Yuracan de Itajubá-MG em 1958. Dois anos depois foi contratado pelo São Paulo F.C. pelo qual foi campeão paulista de aspirantes. Passou ainda por S.E. Palmeiras, Ferroviário de Botucatu, Bonsucesso F.C., e destacou-se mesmo pelo C.R. Vasco da Gama, onde jogou junto com Brito, Fontana, Écio, Lorico, Alcir Portela, Maranhão, Sabará, Célio, entre outros. Encerrou a carreira em 1964, mas de maneira inusitada.
Em um clássico contra o C.R. do Flamengo, no Estádio do Maracanã, realizado no dia 27/08/1964, Marcelo sofreu um gol, e no vestiário desentendeu-se com o técnico Eli do Amparo, que o havia acusado de falhar no gol, possibilitando o empate rubro-negro. Ambos precisaram ser contidos pelos companheiros para não brigar. Logo no começo do 2º tempo acabou sofrendo o gol da virada, marcado pelo meia Nelsinho. Marcelo não teve dúvidas e pediu para ser substituído. Alegou descontrole emocional. A partida ficou paralisada por mais de 15 minutos, com atletas dos dois times pedindo para que reconsiderasse a decisão. No entanto, de nada valeram os apelos. O goleiro deixou o gramado aplaudido de pé por mais de 90 mil pessoas. O fato gerou inúmeras crônicas, uma delas "Uma Rosa do Povo?", o autor, Dom Marcos Barbosa, fez uma comparação entre Marcelo e o senador americano Bob Kennedy, bastante aplaudido em um encontro nos EUA durante a campanha presidencial. Marcelo emoldurou a crônica e a expôs na sala.
Após abandonar o campo, o vascaíno foi recepcionado no vestiário pelo ex-goleiro Barbosa, vice-campeão mundial em 1950, que o consolou e incentivou a tomar a melhor decisão. Seis anos depois, Marcelo Cunha formou-se em Engenharia, e fez questão de convidar Barbosa para prestigiar a entrega do diploma. Ele trabalhou durante 25 anos na IBM Brasil antes de aposentar-se.
