Centro de Referência do Futebol Brasileiro

O time advém de um dos maiores esportistas cearenses: Alcides de Castro Santos, que conheceu o futebol durante o período que estudou na Europa, e trouxe o hábito quando voltou. Em 1912 ele já fundou um clube, com o nome de Fortaleza, que logo encerrou suas atividades. Em 1915, com alguns amigos, ele fundou o Stella Foot-Ball Club, mesmo nome de uma escola de origem suíça, localizada em Fortaleza, onde a elite cearense estudava. O Stella encerrou as atividades no final dos anos 1920, não sendo ascendente direto do Fortaleza que surgiria depois. Depois do Stella, Alcides Santos participou da formação de vários clubes no Ceará, ao longo da década de 1910, como o Riachuelo, o Tabajara e o Maranguape. Finalmente. Em 1918, Alcides foi protagonista na fundação do Fortaleza Sporting Clube, junto de Humberto Ribeiro, João Gentil, Brum Menescal entre outros. Sendo eleito o primeiro presidente da história do clube, ele escolheu para o uniforme as cores branca, azul e vermelha, em homenagem à bandeira da França.
O Fortaleza disputou e ganhou o primeiro Campeonato Cearense de futebol da história do estado, em 1920, junto com o Ceará SC, o Guarany SC de Sobral, e o Bangu. E em 1923, houve a inauguração do seu primeiro estádio, o Campo do Alagadiço. Ao longo daquela década, o clube consolidou sua grande rivalidade com o Ceará: ambos venceram todas as edições do Campeonato Cearense até 1929.  Em 1946 o clube mudaria de nome: em razão de um decreto presidencial, o “Sporting” foi substituído por “Esporte”, ficando a agremiação conhecida como Fortaleza Esporte Clube. Naquela época, a equipe já jogava no Estádio Presidente Vargas, depois dessas mudanças, o Fortaleza conquistou mais um bicampeonato cearense (1946/1947). E novos estaduais viriam em 1949, 1953 e 1954. Mas uma das melhores fases da história do clube veio a partir de 1957. Neste ano, Carlos Rolim Filho comprou uma área de 30 mil metros quadrados, próxima ao Jockey Clube de Fortaleza, no bairro do Pici. Sendo inaugurado, ali, o estádio do Fortaleza, batizado de Alcides Santos.
Em 1959 o Fortaleza conquistou outro Campeonato Cearense. E tal título lhe deu a participação na Taça Brasil (Campeonato Brasileiro) do ano seguinte, quando alcançaria um dos seus grandes momentos: a classificação para a final da competição, sendo derrotado pela SE Palmeiras por 8 a 2. Naquela década, ainda, o jornalista e ex-dirigente do Fortaleza: Sílvio Carlos, criou o apelido “Leão”, em razão da dedicação dos atletas e dos primórdios do futebol cearense quando sua sede era próxima à conhecida Praça dos Leões. Houve ainda a definição do formato do escudo do clube e, em 1967, o jornalista Jackson de Carvalho compôs o hino do clube. Tantas mudanças alcançariam mais um ponto alto: em 1968 a equipe chegou novamente à final da Taça Brasil, na qual foi derrotado pelo Botafogo de Futebol e Regatas, do Rio de Janeiro.
A década de 1970 foi marcada por algumas participações no Campeonato Brasileiro. E em 1992 acontece um episódio pitoresco, onde tendo conquistado o terceiro turno do Campeonato Cearense, teria de disputar um quadrangular com o Tiradentes, o Ceará, e o Icasa. No entanto, o Icasa se negou a disputar o quadrangular julgando que, por ter a melhor campanha entre os quatro, teria direito ao título. Resolvendo o impasse, a Federação Cearense de Futebol declarou os quatro clubes campeões cearenses daquele ano.
Desde então, o clube passou por um jejum de títulos estaduais, além de cair para a Série B do Campeonato Brasileiro. A situação começou a se alterar em 1999/2000, quando a equipe emplacou o bicampeonato Cearense. A reação foi coroada em 2002, quando a equipe conquistou o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Todavia, o Fortaleza foi rebaixado à Série B já em 2004, retornando à divisão de elite em 2006. Após, ainda uma nova queda para a Série C em 2009. Já no Campeonato Cearense veio o tetracampeonato entre 2007 e 2010.
Após 8 temporadas na 3ª divisão nacional, o Fortaleza voltou à Série B em 2018, conquistando o título e voltando à Série A em 2019. Na sequência emendou o inédito pentacampeonato cearense (2019-2023), duas Copas do Nordeste (2019 e 2022) e a estreia em competições internacionais, Copa Sul-Americana (2020) e Copa Libertadores (2022).