Leônidas
- Leônidas da Silva
- O Diamante Negro
- O Homem de Borracha
Contemporâneo de Domingos da Guia, mas a sua popularidade foi além. Artilheiro da Copa de 1938, era malicioso, ágil, elástico (Homem de Borracha, segundo a imprensa francesa), ótimo driblador e finalizador. Consagrou a “bicicleta”, sua marca registrada. Campeão por todos os clubes que defendeu, no Rio e em São Paulo, de 1934 a 1949. Nenhum outro teve prestígio igual em seu tempo, quando ganhou outro epíteto: Diamante Negro.
Clubes e Federações
Quando | Onde | Atuação |
---|---|---|
1934-1936 | Botafogo | Atacante |
1936-1941 | Flamengo | Atacante |
1946-1951 | São Paulo | Atacante |
1950 | São Paulo | Treinador(a) |
1951 | São Paulo | Treinador(a) |
1954-1955 | São Paulo | Treinador(a) |
04/06/1938-19/06/1938 | Seleção Brasileira | Atacante |
1934 | Vasco da Gama | Atacante |
1934 | Seleção Brasileira Copa do Mundo 1934 | Atacante |
1938 | Seleção Brasileira Copa do Mundo 1938 | Atacante |
Textos
Maior jogador brasileiro e um dos principais do mundo nas décadas de 1930 e 1940, foi artilheiro da Copa do Mundo de 1938, na França, com 8 gols.
Filho de um marinheiro português e de uma cozinheira, ficou órfão de pai aos 9 anos e acabou sendo adotado pelos patrões de sua mãe. Apesar de ser excelente aluno, vivia fugindo da escola para jogar bola e acabou indo parar no infantil do São Cristóvão F.C. Mas foi no Syrio e Libanez A.C. que estreou no Campeonato Carioca em 1930. No ano seguinte foi para o Bonsucesso F.C., e foi convocado pela Seleção Carioca. Em 1932, fez parte da histórica "Seleção Suburbana" - Seleção Brasileira formada basicamente por jogadores dos times suburbanos do Rio de Janeiro -, que conquistou a Copa Rio Branco ao derrotar a Seleção Uruguaia, então campeã mundial, dentro do Estádio Centenário. Leônidas marcou os dois gols da vitória e tornou-se ídolo.
Temperamental, teve problemas de relacionamento com vários técnicos e dirigentes. Mas era genial, por isso esteve em duas Copas do Mundo, chegando ao 3º lugar em 1938. Foi campeão carioca em 1935 (BotafogoF.C.) e em 1939 (C.R. do Flamengo, paulista em 1943, 1945, 1946, 1948 e 1949 (todos pelo São Paulo F.C.) e brasileiro em 1931, 1932, 1940 (pela Seleção Carioca) e 1942 (Seleção Paulista).
Um exemplo de sua técnica era o "gol de bicicleta", jogada que ele não inventou, mas foi quem melhor executou, sem dúvida. Por essa técnica apurada recebeu o apelido de "Diamante Negro", que hoje é marca de chocolate fabricada pela Lacta.
Pendurou as chuteiras em 1950, tentou ser técnico, mas não deu certo. Amigo do empresário Paulo Machado de Carvalho, aceitou o convite para ser comentarista em 1953 atuando com sucesso nas rádios Record e Panamericana até a Copa da Alemanha Ocidental em 1974, quando surgiram os primeiros sinais do mal de Alzheimer. Faleceu aos 90 anos e está enterrado no Cemitério da Paz, em São Paulo.