Rivaldo
- Rivaldo Vítor Borba Ferreira
Clubes e Federações
Quando | Onde | Atuação |
---|---|---|
1988-1991 | Santa Cruz | Meio Campo |
1992-1993 | Mogi Mirim | Meio Campo |
1993-1994 | Corinthians | Meio Campo |
1994-1996 | Palmeiras | Meio Campo |
1996-1997 | Deportivo de La Coruña | Meio Campo |
1997-2002 | Barcelona | Atacante |
1998 | Seleção Brasileira Copa do Mundo 1998 | Meio Campo |
2000-2003 | Milan | Meio Campo |
2002 | Seleção Brasileira Copa do Mundo 2002 | Atacante |
2004 | Cruzeiro | Meio Campo |
2008-? | Mogi Mirim | Dirigente |
2011 | São Paulo | Meio Campo |
2013 | São Caetano | Meio Campo |
Textos
Rivaldo Vitor Borba Ferreira nasceu em Paulista, Pernambuco, Brasil, em 19 de abril de 1972, e teve em seu pai, Romildo Ferreira, a figura incentivadora para sua carreira no futebol – que foi seguida mesmo após a morte dele, vítima de um atropelamento, em 1989. Embora tendo pensado em deixar o futebol após a morte do pai, Rivaldo começou a jogar no Paulistano, de sua cidade, ainda em 1989.
Não demorou para impressionar os dirigentes do Santa Cruz, que o contrataram em 1991. No clube do Recife, Rivaldo entrou ainda no time de juniores, sendo elogiado pelas atuações na Copa São Paulo de Juniores daquele ano. Bastou isso para que o Mogi Mirim, da homônima cidade do estado de São Paulo, se interessasse pelo jovem atacante, que também atuava pelo meio-campo. E Rivaldo foi contratado, junto de Leto e Válber, companheiros no Santa Cruz.
No Mogi Mirim, Rivaldo despontou. Mesmo não sendo o destaque da boa campanha da equipe no Campeonato Paulista de 1992, teve boas atuações. Pelos desempenhos, o time tornou‑se conhecido, então, como o “Carrossel Caipira”, pela grande variação de posições entre os jogadores. Em 1993 Rivaldo seguiu tendo boas atuações – incluindo até um gol feito do meio‑campo, contra o Noroeste, pelo Campeonato Paulista, em vitória por 4 a 2.
Novamente, foi o suficiente para que os grandes destaques do Mogi Mirim conseguissem uma transferência. Entre eles estava Rivaldo, que se transferiu para o Corinthians, junto de Leto, Válber e Admílson. O jogador chegou ao novo clube no meio de 1993, a tempo de fazer parte da equipe vice-campeã do Torneio Rio-São Paulo.
O segundo semestre do ano traria êxitos para Rivaldo: ele conquistou a Bola de Prata da revista Placar, como um dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro daquele ano, além de ter seu primeiro jogo pela Seleção Brasileira – um amistoso contra o México, em 16 de dezembro, na cidade de Guadalajara, no México. O placar? 1 a 0, gol de... Rivaldo.
Entretanto, o jogador teve algumas discordâncias com o técnico Mário Sérgio, em razão da posição em que era escalado, somadas à dificuldade do Corinthians para comprar o passe de Rivaldo. O Palmeiras aproveitou e atravessou o negócio, levando o atleta, no início de 1994. Escalado como desejava, entre o ataque e o meio-campo, Rivaldo teve novos êxitos no ano: com o Palmeiras, conquistou os títulos paulista e brasileiro. E, como não bastasse, ainda ganhou novamente a Bola de Prata, como um dos melhores do Campeonato Brasileiro.
Em 1995 Rivaldo voltou a ser convocado para a Seleção Brasileira, além de continuar se destacando no Palmeiras. No ano seguinte conseguiu novamente um grande êxito, sendo um dos grandes personagens da conquista do título paulista, numa campanha em que o Palmeiras marcou 102 gols tendo apenas uma derrota em todo o torneio. De quebra, Rivaldo foi convocado para a Seleção Brasileira que disputou o torneio de futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Atlanta. Porém, uma falha contra a Nigéria, nas semifinais, fez com que o jogador fosse muito criticado após a derrota para a seleção africana.
A pressão popular fez com que Rivaldo ficasse por um ano sem ser convocado para a Seleção Brasileira. Logo após os Jogos Olímpicos de Atlanta, o jogador deixou o Palmeiras e foi contratado pelo Deportivo de La Coruña, Espanha, onde teve sucesso, e já em 1997, ao final da temporada do futebol espanhol, foi contratado pelo Barcelona.
As boas atuações levaram Rivaldo de volta à Seleção Brasileira, ainda em 1997. Finalmente, 1998 representou um novo ano de êxitos: pelo Barcelona, Rivaldo conquistou o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei. E foi um dos destaques da Seleção na Copa do Mundo, com gols decisivos, como os feitos contra a Dinamarca, nas quartas de final do Mundial. O ano de 1999 representaria o ápice: com o bicampeonato espanhol e a conquista da Copa América com a Seleção Brasileira, Rivaldo foi eleito pela FIFA o melhor jogador do mundo, e ganhou a Bola de Ouro, prêmio da revista France Football.
Rivaldo seguiu como destaque, tanto no Barcelona quanto na Seleção Brasileira. Apesar dos pesares, permaneceu como titular na equipe brasileira. Recuperou-se de uma lesão nos ligamentos do joelho direito, sofrida em abril de 2002, para tornar-se, novamente, um dos grandes destaques da Seleção na Copa do Mundo, marcando cinco gols e sendo protagonista na campanha que levou o Brasil ao quinto título mundial.
No entanto, o técnico holandês Louis van Gaal retornou ao Barcelona pouco antes da Copa de 2002. Já tendo brigado com Rivaldo em sua primeira passagem pelo clube espanhol, novamente seu pedido para que o jogador se esforçasse mais na marcação resultou em desentendimentos. O resultado: após a Copa, Rivaldo deixou o Barcelona, indo para o Milan da Itália no ano seguinte.
Em 2003 Rivaldo teve poucas oportunidades no Milan, ficando na reserva, mesmo com a conquista do título da Liga dos Campeões e da Copa da Itália, na temporada 2002/03. Atuou pela última vez com a camisa da Seleção Brasileira numa partida contra o Uruguai pelas eliminatórias da Copa de 2006. No ano seguinte, o jogador retornou ao Brasil, emprestado ao Cruzeiro, mas também atuou poucas vezes, deixando o clube logo após a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo.
Ainda em 2004 o jogador transferiu-se para o Olympiacos, da Grécia, ganhando três Campeonatos Gregos (2005, 2006 e 2007) e duas Copas da Grécia (2006 e 2007). Devido a problemas de pagamento de salários, foi para o AEK Atenas, ainda na Grécia, em 2007. Não ganhou nem um título nesse clube, indo já em 2008 para o Bunyodkor, do Uzbequistão. Lá, ganhou dois Campeonatos Uzbeques, em 2008 e 2009, e a Copa do Uzbequistão, em 2008.
Em 2011, enfim, Rivaldo voltou ao Brasil, para o Mogi Mirim, clube do qual também se tornou presidente. No entanto, antes de começar a atuar, o São Paulo ofereceu-lhe um contrato, e Rivaldo transferiu-se para o time da capital, acumulando a presidência do Mogi Mirim com as atuações pelo São Paulo. O jogador acabou indo para o banco de reservas após a chegada do técnico Emerson Leão, e ao final do ano seu contrato não foi renovado.
Então, após um período de inatividade, Rivaldo acertou sua ida para o Kabuscorp, de Angola, no início de 2012. O jogador ficou no clube angolano até 5 de novembro, quando anunciou a rescisão do contrato. Ficou por algum tempo sem clube, até acertar com a São Caetano, no início de 2013, para disputar o Campeonato Paulista.
Bibliografia
DUARTE, Marcelo; MENDES, Mário. Enciclopédia dos craques. São Paulo: Panda Books, 2010.