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Lima

  • Antônio Lima dos Santos
  • O Curinga
Atuação
Lateral
Meio Campo
Treinador(a)

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1959-1971 Santos Lateral
1959 Juventus da Mooca Lateral
1966 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1966 Meio Campo
1974 Fluminense Lateral
1975-1978 Portuguesa Santista Lateral
1978 Portuguesa Santista Treinador(a)
1984 Treze Treinador(a)

Textos

Antônio Lima dos Santos nasceu em São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, Brasil, em 18 de janeiro de 1942. Com apenas seis meses de idade foi trazido para São Paulo, após o pai falecer. Viveu sua infância no bairro do Belém, junto da mãe, que trabalhava como tecelã. Quando criança, além de estudar, Lima foi colocado pela mãe na Igreja São Paulo, também no bairro do Belém, aos 12 anos de idade – segundo ele, para que “não ficasse na rua o tempo todo”.

Na Igreja São Paulo, Lima tornou-se coroinha. Também foi ali que começou a jogar futebol com alguns colegas, num campo pertencente a uma indústria de tecidos, no próprio bairro do Belém. Durante a adolescência, começou a trabalhar como empregado de uma fabricante de artigos para laboratório, como pipetas e provetas.

Aos finais de semana, Lima continuava jogando no futebol de várzea, passando por vários times da região. Até que foi observado por Oswaldinho (Oswaldo Buzzoni), que atuava então pela Associação Portuguesa de Desportos, de São Paulo, Brasil. E o jogador quis levá-lo para um teste no Juventus AC, também de São Paulo. Aprovado, Lima começou a sua carreira profissional em 1958.

O jogador começou a atuar pelo clube num torneio triangular, para escapar do rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Paulista daquele ano. O Juventus conseguiu manter-se na primeira divisão, e Lima consolidou-se como titular da equipe. Não demorou muito, e já em 1960 ele disputou o Campeonato Brasileiro de Seleções pela equipe de São Paulo, sendo reserva de Zito (José Ely de Miranda).

E foi justamente o time de Zito, o Santos FC, que fez a proposta para a contratação do jogador, já no início de 1961. Lima soube do acerto entre as duas equipes durante um amistoso do Juventus contra a Associação Ferroviária de Esportes, disputado na cidade de Araraquara, São Paulo. O técnico juventino da época, José Carlos Bauer, confirmou a oferta a Lima, que aceitou ser envolvido no negócio.

Transferido para o Santos, Lima ganhou vários títulos na equipe da Vila Belmiro. Já em 1961, conquistou a Taça Brasil/Campeonato Brasileiro e o Campeonato Paulista com a equipe. Em 1962, além desses dois títulos, também levou a Copa Libertadores da América e o Mundial Interclubes. Por sua capacidade de atuar em várias posições, Lima foi um dos primeiros jogadores do futebol brasileiro a ser chamado de “coringa”, gíria do esporte que define um jogador polivalente. De quebra, ainda foi relacionado na lista de 40 jogadores pré-convocados para a Copa do Mundo de 1962.

Mesmo sem ser convocado em definitivo para o Mundial, Lima marcou seu nome na história do Santos em 1963. Foi titular na conquista da terceira Taça Brasil da história do clube, além do bicampeonato na Copa Libertadores da América e no Mundial Interclubes – neste, marcou um gol na segunda partida, vencida pelo Santos por 4 a 2, sobre o AC Milan, da Itália. Além do mais, Lima ganhou sua primeira chance na Seleção Brasileira, numa excursão à Europa – seu primeiro jogo foi em 26 de abril de 1963, num amistoso não oficial contra o Racing Club, de Paris, França.

Entre 1964 e 1966 Lima conquistou mais dois Campeonatos Paulistas (1964 e 1965), além de duas Taças Brasil (1964 e 1965). E, finalmente, foi convocado para a Copa de 1966, na qual teve participação importante: foi um dos únicos dois jogadores a estar nas três partidas que a Seleção Brasileira fez naquele Mundial, ao lado de Jairzinho (Jair Ventura Filho). Porém, não voltou a defender o Brasil após a Copa, depois de 20 partidas e seis gols marcados.

De volta ao Santos, Lima ainda conquistou o tricampeonato paulista (1967, 1968 e 1969), além do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Taça de Prata)/Campeonato Brasileiro, em 1968. Lima deixou o Santos em 1971, após 696 partidas, número que o fez o quarto atleta com mais atuações pela equipe. Sua nova equipe foi o Club Jalisco, de Guadalajara, México, onde ficou até 1974, quando voltou ao Brasil, indo para o Fluminense FC, do Rio de Janeiro.

Após a rápida passagem, transferiu-se para o Tampa Bay Rowdies, de Tampa, Flórida, Estados Unidos, em 1975, a convite do preparador físico Júlio Mazzei. Finalmente, depois de poucos meses, o jogador retornou ao Brasil, indo para a Associação Atlética Portuguesa, de Santos. Lá passou quatro anos, encerrando a carreira de jogador em 1979.

Lima continuou próximo do Santos, após tornar-se treinador em escolinhas de futebol para crianças, função que exerceu por alguns anos nas cidades de São Paulo e Santos. Em alguns anos, além de treinador, foi também comentarista em tevês. Na década de 1980 passou a trabalhar nas categorias de base do Santos, colaboração que exerce até hoje, como “olheiro”.

Bibliografia

ARANTES, Thiago. Os dez mais do Santos. Rio de Janeiro: Maquinária, 2012.

DUARTE, Marcelo; MENDES, Mário. Enciclopédia dos craques. São Paulo: Panda Books, 2010.

NAPOLEÃO, Antônio Carlos; ASSAF, Roberto. Seleção Brasileira, 1914-2006. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.

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