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Roberto Dinamite

  • Carlos Roberto de Oliveira
Atuação
Atacante
Treinador(a)
Dirigente
Nascimento
13/04/1954
Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil
Morte
08/01/2022
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Maior ídolo da história do C.R. Vasco da Gama, clube que defendeu por 21 anos como atleta profissional, além de ser o recordista em número de partidas, 1.110, e gols, 702. Pelo time da Cruz de Malta foi campeão brasileiro (1974) e cinco vezes carioca (1977, 1982, 1987, 1988 e 1992). Além disso é o maior artilheiro dos campeonatos nacionais (190 gols) e cariocas (279) e do Estádio de São Januário (184). Esteve nas Copas do Mundo de 1978 e 1982. Faleceu aos 68 anos em decorrência de um câncer no intestino. Seu velório foi realizado no gramado do Estádio de São Januário, que recebeu mais de 50 mil pessoas. Foi sepultado no Cemitério Nossa Senhora de Belém (Cemitério do Corte Oito), em Duque de Caxias (RJ).

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1971-1979 Vasco da Gama Atacante
1978 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1978 Atacante
1980-1988 Vasco da Gama Atacante
1980 Barcelona Atacante
1982 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1982 Atacante
1986 Rio Branco do Espírito Santo Atacante
1989 Portuguesa Atacante
1990 Rio Negro Atacante
1990-1992 Vasco da Gama Atacante
1991 Campo Grande Atacante
1991 Vasco da Gama Treinador(a)
2008-2011 Vasco da Gama Dirigente

Textos

Começou na base vascaína com 14 anos, ainda com o apelido de Calu. Atacante impiedoso, foi campeão e artilheiro carioca juvenil em 1970 e aos 16 anos foi inscrito no Campeonato Brasileiro a pedido do então técnico Mário Travaglini. Estreou em 14/11/1971, derrota por 1X0 para o E.C. Bahia. No segundo jogo, contra o Atlético Mineiro, o Jornal dos Sports, em matéria de Eliomário Valente e Aparício Pires, destacava “Vasco escala garoto-dinamite“. E, finalmente, no terceiro jogo, em 25/11, saiu o primeiro gol como profissional, o segundo na vitória por 2X0 sobre o S.C. Internacional. No dia seguinte o Jornal dos Sports divulgou para o mundo o apelido do novo ídolo do vasco da Gama, com a manchete: "Garoto-Dinamite explodiu".

Em 1974, Roberto Dinamite entrou definitivamente para o panteão dos heróis vascaínos ao liderar o time na conquista do primeiro Campeonato Brasileiro. Ele foi ainda o artilheiro com 16 gols. Tinha apenas 20 anos de idade, o mais jovem artilheiro do certame nacional em todos os tempos. Voltaria a ser o goleador máximo da competição dez anos depois, curiosamente com os mesmos 16 gols. Ao todo foram 190 gols, ninguém marcou mais do que ele no Brasileirão.

O título nacional abriu as portas da Seleção Brasileira, sendo convocado pela primeira vez para a Copa América de 1975. Foram 47 jogos e 25 gols entre 1975 e 1984, presença em duas Copas do Mundo (1978 e 1982) e conquista das Copas do Atlântico, Roca, Rio Branco, Oswaldo Cruz e Torneio do Bicentenário dos Estados Unidos.

Pelo Vasco, o primeiro título carioca veio só em 1977 (repetiria o feito em 1982, 1987, 1988 e 1992). Foi artilheiro da competição em 1978 (19 gols), 1981 (31 gols) e 1985 (12 gols), e no total foram 279 gols, o que o torna maior goleador em todos os tempos do torneio.

Em 1980, acompanhando o início do êxodo dos craques brasileiros rumo à Europa, foi para o F.C. Barcelona, mas a aventura não deu certo e depois de quatro meses voltou ao Vasco. E no segundo jogo mostrou como se sentia muito bem coma camisa cruz-maltina: marcou cinco gols na goleada de 5X2 sobre o S.C. Corinthians Paulista, pela então Taça de Ouro.

No final da carreira ainda jogou o Campeonato Brasileiro de 1989 pela Portuguesa de Desportos e o Campeonato Carioca de 1991 pelo Campo Grande A.C. Pendurou as chuteiras em 1993, já engrenando a carreira política: foi eleito vereador no Rio de Janeiro em 1992, deputador estadual em 1994, reelegendo-se em 1998, 2002, 2006 e 2010. Também foi presidente do Vasco da Gama por dois mandatos, entre 2008 e 2014, período no qual foi campeão brasileiro da Série B (2008) e da Copa do Brasil (2011).

No início de 2022 anunciou que estava com câncer no intestino, vindo a falecer um ano depois, aos 68 anos. Seu velório foi realizado no Estádio de São Januário, onde oito meses antes sua estátua tinha sido inaugurada. 50 mil pessoas foram ao campo se despedir do camisa 10 vascaíno. Foi enterrado Cemitério Nossa Senhora de Belém (Cemitério do Corte Oito), em Duque de Caxias (RJ).

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