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Portuguesa

  • Associação Portuguesa de Desportos
Tipo
Clube de Futebol Profissional
Fundação
14/08/1920

Jogadores e dirigentes

Quando Quem Atuação
Deva Meio Campo
Mário Américo Auxiliar Técnica(o)
Nenê Lateral
1965-1974 Basílio Meio Campo
1965 Tião Araújo Treinador(a)
1970-1976 Wilsinho Atacante
1973-1978 Badeco
1982 Wilsinho Atacante
1984-1985 Mirandinha Atacante
1990 Emerson Leão Treinador(a)
1992 Emerson Leão Treinador(a)
1999-? Didi Goleiro(a)
2010-2012 Weverton Goleiro(a)
2013-2014 Andréia Goleiro(a)
?-2009 Eduardo de Campos Rosmaninho Dirigente
Elane Zagueiro(a)
Roseane Zagueiro(a)
Valéria Pretinha Lateral
1962 Tio Daniel Atacante
1922-1924 Filó Atacante
1933-1934 Batatais Goleiro(a)
1938 Amilcar Treinador(a)
1944-1952 Pinga Atacante
1948-1958 Djalma Santos Lateral
1949-1955 Brandãozinho Meio Campo
1951-1955 Julinho Atacante
1953 Aymoré Moreyra Treinador(a)
1953 Renganeschi Treinador(a)
1955 Bauer Meio Campo
1955-1957 Cabeção Goleiro(a)
1955-1958 Tio Daniel Atacante
1957-1969 Félix Goleiro(a)
1957-1960 Ledesma Atacante
1959 Aymoré Moreyra Treinador(a)
1959-1962 Jair da Costa Atacante
1961 Mário Travaglini Zagueiro(a)
1962-1968 Ivair Atacante
1963-1965 Aymoré Moreyra Treinador(a)
1963 Gino Orlando Atacante
1964-1966 Jair Marinho Zagueiro(a)
1964 Moacyr Corrêa Auxiliar Técnica(o)
1966-1970 Leivinha Atacante
1967 Brandãozinho Treinador(a)
1967-1969 Zé Maria Lateral
1968-1972 Marinho Peres Zagueiro(a)
1969 Aymoré Moreyra Treinador(a)
1969 Coutinho Atacante
1971-1979 Enéas Atacante
1971-1973 Rubens Minelli Treinador(a)
1972 César Maluco Atacante
1972-1976 Dicá Meio Campo
1972 Djalma Santos Lateral
1972 Rivellino Atacante
1976 Ado Goleiro(a)
1978-1980 Ademir Chiarotti Meio Campo
1980 Douglas Atacante
1980 Luciano Veloso Atacante
1980-1981 Mário Travaglini Treinador(a)
1983-1984 Vadão Preparador(a) Físico(a)
1984 Dudu Treinador(a)
1985 Luís Pereira Zagueiro(a)
1985-1986 Tite Meio Campo
1988-1993 Capitão Meio Campo
1988 Waldir Perez Goleiro(a)
1989-1990 Antônio Lopes Treinador(a)
1989 Roberto Dinamite Atacante
1990 Adil Atacante
1990 Adilson Heleno Meio Campo
1990-1994 Marisa Zagueiro(a)
1990-1991 Vagner Mancini Meio Campo
1991-1992 Adil Atacante
1991-1993 Dener Meio Campo
1991-1996 Zé Maria Lateral
1993 Antônio Lopes Treinador(a)
1993 Carlos Goleiro(a)
1993 Dener Meio Campo
1993 Pepe Treinador(a)
1994 Cuca Atacante
1994 Zé Carlos Lateral
1994-1997 Zé Roberto Lateral
1995-1997 Capitão Meio Campo
1995 Levir Culpi Treinador(a)
1996 Ayupe Lateral
1996-1999 Geromel Zagueiro(a)
1997 Edinho Treinador(a)
1998 Eduardo Treinador(a)
1998 Evair Atacante
1998 Formiga Meio Campo
1999 Maravilha Goleiro(a)
1999 Pintado Meio Campo
2000 Magrão Goleiro(a)
2000-2001 Ronaldo Goleiro(a)
2001 Carlinhos Neves Preparador(a) Físico(a)
2003-2004 Capitão Meio Campo
2003 Danilo Meio Campo
2003 Müller Atacante
2003-2006 Paulinho Meio Campo
2004 Darío Pereyra Treinador(a)
2006 Edinho Treinador(a)
2006 Léo Silva Zagueiro(a)
2008 Zé Maria Lateral
2010 Vadão Treinador(a)
2012 Dida Goleiro(a)
2012-2013 Grazi Atacante
2014-? Grazi Atacante
2014 Silas Treinador(a)
2017 Bruna de Almeida Goleiro(a)
2018-2019 Monique Somose Goleiro(a)
29/12/1998-04/10/1999 Zagallo Treinador(a)

Textos

HISTÓRICO DOS TIMES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS

Fruto da fusão de cinco times (Portugal Marinhense, Associação 5 de Outubro, Lusíadas Futebol Club, Associação Atlética Marquês de Pombal e Sport Club Lusitano), a Associação Portuguesa de Esportes foi fundada em 14 de agosto de 1920. Como fica evidente pelo seu nome, tratou-se de time criado para representar a colônia de imigrantes portugueses na cidade de São Paulo. Sua data de fundação coincide com a data da vitória na Batalha de Aljubarrota em 1385 (que afirmou o Reino de Portugal como independente ao de Leão e Castela) e as cores escolhidas como símbolo da nova Associação foram as mesmas da bandeira de Portugal, assim como o brasão.

O que aparece de singular em sua trajetória é que, enquanto outras colônias fragmentaram-se por diversos times (caso da colônia italiana, representada pelo Ruggerone Futebol Clube, pelo Palestra Italia e pelo Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube, hoje Clube Atlético Juventus), a Associação Portuguesa de Esportes consolidou-se em caminho oposto, ao agregar em seu próprio eixo diversos times da colônia portuguesa para formar um só. Outra diferença em relação aos times de outras colônias foi que, enquanto o Palestra Italia foi convidado logo de imediato para fazer parte da Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA), a Portuguesa, por alegada limitação de times participantes, teve que se unir à Associação Athletica Mackenzie College para disputar o Campeonato Paulista. O combinado recebeu a denominação de Portuguesa-Mackenzie.

Com o desaparecimento da Associação Athletica Mackenzie College em 1923, a Associação Portuguesa de Esportes passa a disputar o campeonato por si só, sem parcerias. Foi também em 1923 em que seu conselho deliberou mudanças sobre o uniforme e o escudo: a Cruz de Avis deveria aparecer no escudo, e a camisa, até então toda vermelha, passaria a ser listrada em verde e vermelho.

Os debates em torno da pertinência ou não do profissionalismo no futebol se acaloraram e ganharam rumos decisivos na década de 1930. Indício deste processo foi que, entre 1935 e 1936, duas ligas – uma partidária do profissionalismo e outra do amadorismo – organizaram campeonatos paulistas simultaneamente. No primeiro ano em que estes campeonatos coexistiram, veio o primeiro título do Campeonato Paulista da história da Lusa, que se transformou em bicampeonato no ano seguinte. Em 1940 alterou-se definitivamente o nome do clube para Associação Portuguesa de Desportos, assim como também foi instituído o Leão como mascote do time.

Há quem divida a história da Associação Portuguesa de Desportos em três fases, a partir de suas sedes ao longo da história. Nessa lógica, a primeira fase iniciou-se em 1922 com a aquisição da Praça de Esportes União Artística Recreativa Cambuci. A segunda, em 1929, inicia‑se com a aquisição de um terreno na Avenida Tereza Cristina no bairro do Ipiranga (cuja construção não se concretizou), e culmina com o estabelecimento no Largo São Bento. A terceira fase inicia-se em 1956 com o presidente Luiz Portes Monteiro, em cuja gestão foi adquirido o Estádio do Canindé junto ao São Paulo Futebol Clube. Os lagos presentes no entorno do estádio e as águas do Rio Tietê em dias de fortes chuvas deixavam o local alagado. Como suas arquibancadas eram de madeira, veio o apelido ao estádio de Ilha da Madeira. O estádio passou por uma reforma em 1972 que deu o formato que lhe é característico até hoje.

A década de 1950 é considerada por boa parte dos torcedores como a mais profícua do time em relação aos resultados. Foi nesse período em que vieram os títulos do Torneio Rio-São Paulo, em 1952 e 1955. Foi também quando atuou pela Lusa o lateral direito Djalma Santos (1948-1959), campeão com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1958 e jogador que mais atuou com a camisa do time. Já o ponta-esquerda Pinga (1944-1953) é o maior artilheiro da história, com 284 gols.

Ainda no tocante aos títulos, o último, do Campeonato Paulista de 1973, foi conquistado de modo inusitado. A final foi disputada entre os campeões do primeiro e do segundo turno, respectivamente Santos Futebol Clube e Associação Portuguesa de Desportos. Após empate sem gols no tempo regulamentar e na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. Com o placar favorável ao alvinegro em 2 a 0, o árbitro Armando Marques deu a série por encerrada, quando de fato a Lusa ainda tinha direito a mais duas cobranças, o que poderia ao menos empatar o placar. O jogo foi encerrado, o árbitro fez seu mea-culpa, e a Federação Paulista de Futebol decidiu declarar ambos os times como campeões daquela edição.

Outros jogadores que se destacaram em sua passagem pela Lusa foram o volante Brandãozinho (1949-1956), o ponta-direita Julinho Botelho (1951-1955), o goleiro Félix (1956‑1968) o meia-direita Leivinha (1966-1970), o zagueiro Luís Pereira (1985), o volante Capitão (1988-1997 e 2003-2004), o meia-esquerda Zé Roberto (1994-1997) e os atacantes Leandro Amaral (1994-1995, 1997-2000 e 2004-2006) e Ricardo Oliveira (2000-2002).

Em 1991, após um jejum de títulos, veio o da Copa São Paulo de Futebol Júnior, edição que revelou o atacante Denner (1989-1993). Da história mais recente do clube, os resultados mais expressivos foram o segundo lugar no Campeonato Brasileiro de 1995 e o título da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de 2011.

REFERÊNCIAS:

FARAH NETO, José Jorge; KUSSAREV JR, Rodolfo. Almanaque do Futebol Paulista 2000. São Paulo: Panini, 2000.

MAZZONI, T. História do futebol no Brasil. São Paulo: [s.n.], 2007.

MINI-ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Areté, 2004.

RIBEIRO, Rubens. Caminho da bola: 100 anos de história da FPF: I volume 1902-1952. São Paulo: CNB, 2000.

SITE OFICIAL DA PORTUGUESA. . Último acesso em 14/03/2013.

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