Portuguesa
- Associação Portuguesa de Desportos
Jogadores e dirigentes
Quando | Quem | Atuação |
---|---|---|
Deva | Meio Campo | |
Mário Américo | Auxiliar Técnica(o) | |
Nenê | Lateral | |
1965-1974 | Basílio | Meio Campo |
1965 | Tião Araújo | Treinador(a) |
1970-1976 | Wilsinho | Atacante |
1973-1978 | Badeco | |
1982 | Wilsinho | Atacante |
1984-1985 | Mirandinha | Atacante |
1990 | Emerson Leão | Treinador(a) |
1992 | Emerson Leão | Treinador(a) |
1999-? | Didi | Goleiro(a) |
2010-2012 | Weverton | Goleiro(a) |
2013-2014 | Andréia Suntaque | Goleiro(a) |
?-2009 | Eduardo de Campos Rosmaninho | Dirigente |
Elane | Zagueiro(a) | |
Roseane | Zagueiro(a) | |
Valéria Pretinha | Lateral | |
1962 | Tio Daniel | Atacante |
1922-1924 | Filó | Atacante |
1933-1934 | Batatais | Goleiro(a) |
1938 | Amilcar | Treinador(a) |
1944-1952 | Pinga | Atacante |
1948-1958 | Djalma Santos | Lateral |
1949-1955 | Brandãozinho | Meio Campo |
1951-1955 | Julinho | Atacante |
1953 | Aymoré Moreyra | Treinador(a) |
1953 | Renganeschi | Treinador(a) |
1955 | Bauer | Meio Campo |
1955-1957 | Cabeção | Goleiro(a) |
1955-1958 | Tio Daniel | Atacante |
1957-1969 | Félix | Goleiro(a) |
1957-1960 | Ledesma | Atacante |
1959 | Aymoré Moreyra | Treinador(a) |
1959-1962 | Jair da Costa | Atacante |
1961 | Mário Travaglini | Zagueiro(a) |
1962-1968 | Ivair | Atacante |
1963-1965 | Aymoré Moreyra | Treinador(a) |
1963 | Gino Orlando | Atacante |
1964-1966 | Jair Marinho | Zagueiro(a) |
1964 | Moacyr Corrêa | Auxiliar Técnica(o) |
1966-1970 | Leivinha | Atacante |
1967 | Brandãozinho | Treinador(a) |
1967-1969 | Zé Maria | Lateral |
1968-1972 | Marinho Peres | Zagueiro(a) |
1969 | Aymoré Moreyra | Treinador(a) |
1969 | Coutinho | Atacante |
1971-1979 | Enéas | Atacante |
1971-1973 | Rubens Minelli | Treinador(a) |
1972 | César Maluco | Atacante |
1972-1976 | Dicá | Meio Campo |
1972 | Djalma Santos | Lateral |
1972 | Rivellino | Atacante |
1976 | Ado | Goleiro(a) |
1978-1980 | Ademir Chiarotti | Meio Campo |
1980 | Douglas | Atacante |
1980 | Luciano Veloso | Atacante |
1980-1981 | Mário Travaglini | Treinador(a) |
1983-1984 | Vadão | Preparador(a) Físico(a) |
1984 | Dudu | Treinador(a) |
1985 | Luís Pereira | Zagueiro(a) |
1985-1986 | Tite | Meio Campo |
1988-1993 | Capitão | Meio Campo |
1988 | Waldir Perez | Goleiro(a) |
1989-1990 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
1989 | Roberto Dinamite | Atacante |
1990 | Adil | Atacante |
1990 | Adilson Heleno | Meio Campo |
1990-1994 | Marisa | Zagueiro(a) |
1990-1991 | Vagner Mancini | Meio Campo |
1991-1992 | Adil | Atacante |
1991-1993 | Dener | Meio Campo |
1991-1996 | Zé Maria | Lateral |
1993 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
1993 | Carlos | Goleiro(a) |
1993 | Dener | Meio Campo |
1993 | Pepe | Treinador(a) |
1994 | Cuca | Atacante |
1994 | Zé Carlos | Lateral |
1994-1997 | Zé Roberto | Lateral |
1995-1997 | Capitão | Meio Campo |
1995 | Levir Culpi | Treinador(a) |
1996 | Ayupe | Lateral |
1996-1999 | Geromel | Zagueiro(a) |
1997 | Edinho | Treinador(a) |
1998 | Eduardo | Treinador(a) |
1998 | Evair | Atacante |
1998 | Formiga | Meio Campo |
1999 | Maravilha | Goleiro(a) |
1999 | Pintado | Meio Campo |
2000 | Magrão | Goleiro(a) |
2000-2001 | Ronaldo | Goleiro(a) |
2001 | Carlinhos Neves | Preparador(a) Físico(a) |
2003-2004 | Capitão | Meio Campo |
2003 | Danilo | Meio Campo |
2003 | Müller | Atacante |
2003-2006 | Paulinho | Meio Campo |
2004 | Darío Pereyra | Treinador(a) |
2006 | Edinho | Treinador(a) |
2006 | Léo Silva | Zagueiro(a) |
2008 | Zé Maria | Lateral |
2010 | Vadão | Treinador(a) |
2012 | Dida | Goleiro(a) |
2012-2013 | Grazi | Atacante |
2014-? | Grazi | Atacante |
2014 | Silas | Treinador(a) |
2017 | Bruna de Almeida | Goleiro(a) |
2018-2019 | Monique Somose | Goleiro(a) |
29/12/1998-04/10/1999 | Zagallo | Treinador(a) |
Textos
HISTÓRICO DOS TIMES
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS
Fruto da fusão de cinco times (Portugal Marinhense, Associação 5 de Outubro, Lusíadas Futebol Club, Associação Atlética Marquês de Pombal e Sport Club Lusitano), a Associação Portuguesa de Esportes foi fundada em 14 de agosto de 1920. Como fica evidente pelo seu nome, tratou-se de time criado para representar a colônia de imigrantes portugueses na cidade de São Paulo. Sua data de fundação coincide com a data da vitória na Batalha de Aljubarrota em 1385 (que afirmou o Reino de Portugal como independente ao de Leão e Castela) e as cores escolhidas como símbolo da nova Associação foram as mesmas da bandeira de Portugal, assim como o brasão.
O que aparece de singular em sua trajetória é que, enquanto outras colônias fragmentaram-se por diversos times (caso da colônia italiana, representada pelo Ruggerone Futebol Clube, pelo Palestra Italia e pelo Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube, hoje Clube Atlético Juventus), a Associação Portuguesa de Esportes consolidou-se em caminho oposto, ao agregar em seu próprio eixo diversos times da colônia portuguesa para formar um só. Outra diferença em relação aos times de outras colônias foi que, enquanto o Palestra Italia foi convidado logo de imediato para fazer parte da Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA), a Portuguesa, por alegada limitação de times participantes, teve que se unir à Associação Athletica Mackenzie College para disputar o Campeonato Paulista. O combinado recebeu a denominação de Portuguesa-Mackenzie.
Com o desaparecimento da Associação Athletica Mackenzie College em 1923, a Associação Portuguesa de Esportes passa a disputar o campeonato por si só, sem parcerias. Foi também em 1923 em que seu conselho deliberou mudanças sobre o uniforme e o escudo: a Cruz de Avis deveria aparecer no escudo, e a camisa, até então toda vermelha, passaria a ser listrada em verde e vermelho.
Os debates em torno da pertinência ou não do profissionalismo no futebol se acaloraram e ganharam rumos decisivos na década de 1930. Indício deste processo foi que, entre 1935 e 1936, duas ligas – uma partidária do profissionalismo e outra do amadorismo – organizaram campeonatos paulistas simultaneamente. No primeiro ano em que estes campeonatos coexistiram, veio o primeiro título do Campeonato Paulista da história da Lusa, que se transformou em bicampeonato no ano seguinte. Em 1940 alterou-se definitivamente o nome do clube para Associação Portuguesa de Desportos, assim como também foi instituído o Leão como mascote do time.
Há quem divida a história da Associação Portuguesa de Desportos em três fases, a partir de suas sedes ao longo da história. Nessa lógica, a primeira fase iniciou-se em 1922 com a aquisição da Praça de Esportes União Artística Recreativa Cambuci. A segunda, em 1929, inicia‑se com a aquisição de um terreno na Avenida Tereza Cristina no bairro do Ipiranga (cuja construção não se concretizou), e culmina com o estabelecimento no Largo São Bento. A terceira fase inicia-se em 1956 com o presidente Luiz Portes Monteiro, em cuja gestão foi adquirido o Estádio do Canindé junto ao São Paulo Futebol Clube. Os lagos presentes no entorno do estádio e as águas do Rio Tietê em dias de fortes chuvas deixavam o local alagado. Como suas arquibancadas eram de madeira, veio o apelido ao estádio de Ilha da Madeira. O estádio passou por uma reforma em 1972 que deu o formato que lhe é característico até hoje.
A década de 1950 é considerada por boa parte dos torcedores como a mais profícua do time em relação aos resultados. Foi nesse período em que vieram os títulos do Torneio Rio-São Paulo, em 1952 e 1955. Foi também quando atuou pela Lusa o lateral direito Djalma Santos (1948-1959), campeão com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1958 e jogador que mais atuou com a camisa do time. Já o ponta-esquerda Pinga (1944-1953) é o maior artilheiro da história, com 284 gols.
Ainda no tocante aos títulos, o último, do Campeonato Paulista de 1973, foi conquistado de modo inusitado. A final foi disputada entre os campeões do primeiro e do segundo turno, respectivamente Santos Futebol Clube e Associação Portuguesa de Desportos. Após empate sem gols no tempo regulamentar e na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. Com o placar favorável ao alvinegro em 2 a 0, o árbitro Armando Marques deu a série por encerrada, quando de fato a Lusa ainda tinha direito a mais duas cobranças, o que poderia ao menos empatar o placar. O jogo foi encerrado, o árbitro fez seu mea-culpa, e a Federação Paulista de Futebol decidiu declarar ambos os times como campeões daquela edição.
Outros jogadores que se destacaram em sua passagem pela Lusa foram o volante Brandãozinho (1949-1956), o ponta-direita Julinho Botelho (1951-1955), o goleiro Félix (1956‑1968) o meia-direita Leivinha (1966-1970), o zagueiro Luís Pereira (1985), o volante Capitão (1988-1997 e 2003-2004), o meia-esquerda Zé Roberto (1994-1997) e os atacantes Leandro Amaral (1994-1995, 1997-2000 e 2004-2006) e Ricardo Oliveira (2000-2002).
Em 1991, após um jejum de títulos, veio o da Copa São Paulo de Futebol Júnior, edição que revelou o atacante Denner (1989-1993). Da história mais recente do clube, os resultados mais expressivos foram o segundo lugar no Campeonato Brasileiro de 1995 e o título da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de 2011.
REFERÊNCIAS:
FARAH NETO, José Jorge; KUSSAREV JR, Rodolfo. Almanaque do Futebol Paulista 2000. São Paulo: Panini, 2000.
MAZZONI, T. História do futebol no Brasil. São Paulo: [s.n.], 2007.
MINI-ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Areté, 2004.
RIBEIRO, Rubens. Caminho da bola: 100 anos de história da FPF: I volume 1902-1952. São Paulo: CNB, 2000.
SITE OFICIAL DA PORTUGUESA. . Último acesso em 14/03/2013.