MOSTRA TEMPORÁRIA
Jaraguá Kunhangue Ouga’a – O jogo das mulheres do Jaraguá
A mostra celebra o futebol das mulheres Guaranis Mbyá da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, e apresenta a importância do jogo no contexto da resistência na manutenção do modo de vida indígena no meio urbano paulistano. Apresenta fotografias produzidas também pelas próprias jogadoras guaranis, vídeos e objetos que documentam o futebol e o cotidiano do grupo.
Data
De 31.05.2025 a 31.08.2025
Funcionamento
Terça a domingo
9h às 18h (entrada permitida até 17h)
Toda primeira terça do mês, até as 21h (entrada permitida até 20h)
Ingressos
R$ 24,00 Inteira
R$ 12,00 Meia
Grátis para crianças até 7 anos
Grátis para todos às terças-feiras
Retire diretamente na bilheteria ou pelo Sympla.
Veja outras gratuidades.
Como chegar
Clique aqui e acesse diferentes opções de transporte
Futebol, cultura e espiritualidade
Uma homenagem à luta, à alegria e à resistência das mulheres Guarani Mbyá: esse é o mote de Jaraguá Kunhague Ouga’a – O jogo das mulheres do Jaraguá,a mostra temporária que retrata aprática de futebol de mulheres na aldeia, localizada na região noroeste da cidade de São Paulo, entrelaçada a elementos sobre a espiritualidade e práticas culturais das guaranis, além de sua luta pela demarcação do território como terra indígena.
A curadoria é das jogadoras guaranis Lurdes Yva Potye Roseane Reté, com co-curadoria de Maíra Vaz Valente. Há também a participação da artista pataxóTamikuã Txihi, residente na terra indígena do Jaraguá, com uma tela comissionada pela exposição.
Jaraguá Kunhague Ouga’a – O jogo das mulheres do Jaraguáinaugura um novo formato de mostra temporária no Museu do Futebol, com duração mais curta, na Sala Osmar Santos. Toda a exposição é bilíngue, com textos, legendas em português e guarani, língua falada ativamente no território indígena do Jaraguá.

“PARA NÓS, É MUITO IMPORTANTE ESSE RECONHECIMENTO. OS HOMENS JÁ POSSUEM O ESPAÇO E O RECONHECIMENTO DELES NO FUTEBOL. A MULHER NÃO-INDÍGENA TINHA POUCO ESPAÇO E COMEÇOU A CRESCER AGORA. ENTÃO, IMAGINA COMO É PARA A MULHER INDÍGENA, QUE NÃO TEM ESPAÇO NENHUM? E AGORA AQUI VAMOS MOSTRAR NÃO SÓ O FUTEBOL, MAS TAMBÉM A CULTURA INDÍGENA, NOSSAS TRADIÇÕES E NOSSA VIDA DENTRO DA ALDEIA. AQUI O VISITANTE VAI VER NOSSA ARTE: O GRAFISMO, BATISMO, ARTESANATOS E SERÁ ÓTIMO USAR O FUTEBOL PARA MOSTRAR NOSSA CULTURA PARA TODOS”.
Roseane Reté, curadora da mostra
Rituais do cotidiano
Partindo da opy, a casa de reza, o visitante começa a exposição conhecendo o ka’a, ritual guarani da erva mate, que marca a passagem do inverno, o “tempo velho”, para o “tempo novo” Ara Pyau, da primavera e verão.
Além das fotografias, a mostra apresenta relatos das jogadoras em vídeo e objetos usados pelas mulheres Guarani Mbyá que permitem ao público mergulhar nas histórias das cinco equipes da Terra Indígena mostram que as futebolistas do Jaraguá como protagonistas de um vibrante presente. Entre os objetos em exposição, estão as camisas dos times, desenhadas pelas próprias jogadoras, a partir de elementos da arte guarani.
A maior parte do acervo em exibição é de autoria guarani, produzidos por fotógrafos e pelas próprias jogadoras, com contribuições de pessoas parceiras e aliadas. As fotografias foram feitas originalmente para uma exposição realizada no Centro Cultural Vergueiro, com apoio do PROAC.

Semelhanças e diferenças
Há semelhanças e diferenças na prática do futebol realizada pelas mulheres brasileiras não-indígenas: pelo direito de jogar, as guaranis também precisaram negociar o espaço do campinho com os homens da aldeia para garantir o que consideram uma das poucas formas de lazer que têm à disposição.
Algumas relatam como o futebol foi importante para construírem sua posição de liderança na comunidade. Por outro lado, sua relação com o jogo não está tão atrelada à ideia de competição: mesmo em torneios, a ideia do convívio e diversão em grupo é mais importante do que ganhar ou perder.
Eventos
Ficha técnica
Curadoria
Lurdes Yva Poty
Roseane Rete
Cocuradoria
Maíra Vaz Valente
Produção Executiva
Arte In Vitro Filmes
Lusco Fusco Filmes
Produção
Cristiane Almeida
Luara Oliveira
Maíra Vaz Valente
Roney Freitas
Fotógrafos Convidados
Richard Werá Mirim, Taiuany Fernandes, Luara Oliveira, Luísa Nico, Thiago Carvalho
Artistas Convidados
Ciara Martins, Geni Vidal, Mônica Ara Macena, Natalício Karaí de Souza, Rafael Tukumbo, Soliane Kerexu, Tamikuã Txihi
Design – ID Visual
Bruna Keese
Julia Tranchesi
Lilla Lescher
Tratamento de Arquivos
Bruno Makia
Consultoria e Responsabilidade Técnica
Salinas e Freitas Arquitetos Associados
Montagem
Ck Black Art Handler, Pablo Paniagua, Paula Toledo, Raphael Rodrigues
Cenotécnica e Pintura
Tiago Calazans
Cenotécnica – Pintura em Stencil
Bruno Oliveira, Ageu Pereira Santos, Gabs, Jadiel Pereira Santos, Lucas Santana Souza (Ocuca)
Supervisão de Textos
Nadja Marin
Tradução
Ivandro Werá Tupã, Lucas Kuaray Martins, Lurdes Yva Poty, Mônica Ara Macena
Equipes de Futebol dos Torneios Retratados
Guardiãs, Itakupe, Itaxĩ Mirim, Krukutu, Pindo Mirim, Real Tenondé, Tape Mirim, Xondarias
TIMES DE FUTEBOL DAS MULHERES DA TI JARAGUÁ
Guardiãs
Adila Yva, Clarice Yva, Débora Suyane, Francileide Takua, Geyse Kerexu, Graciele Para, Josiane Para Mirim, Lurdes Yva Poty, Marisa Jaxuka, Monique Ara Poty, Patrícia Jaxuka, Patrícia Kerexu, Roseane Rete, Rhakany Aruani, Sandra Yva, Shirley Araju, Taila Tákua, Taila Takua, Taiuany Rete Fernandes Martim, Tamires Kerexu, Suzana Fagundes, Vanderleia Waryju, Viviane Rete
Xondarias
Ana Clara, Araju Poty, Ciara Martins, Fabiana, Jaci Martins, Jandira Para Mirim, Jenifer Cibele, Jucélia Para Mirim, Jurema Benites, Maria Nice, Samara, Sandra Pikachu, Tayná Fernandes, Vanessa Fernandes, Yasmin
Pindo Mirim
Andressa Para Mirim, Cristina Kerexu, Eli Mimbi, Juci Kerexu, Luana, Marisa Ywa Rete, Maysa Yva, Silmara Yva Takua
Itakupe
Ariela Xapy, Diana, Emilly Ywa Rete, Fabiana Ywa, Priscila Ara, Rhilda Ara, Manuela, Samara, Soliane Kerexu, Tami Jerá
Família Jaraguá / Pyau
Bianca de Castro, Cleonice Jaxuka, Cristiane da Silva, Daiana Martins, Elaine Yva Gabriel, Elizeia de Quadro, Graziela Fagundes, Grazy Borges, Janete Jaxuka Poty dos Santos, Jera Rodrigues, Jucelia Para Mirim Benites, Julica Vidal, Marilda Yva, Marciela Rodrigues, Mara Silva, Marines de Castro, Para Daniela, Para Jessica Soares, Romilda, Sabrina Gabriel, Sara da Silva, Tatiana da Silva, Yasmin Fernandes
Articulação Local
Ana Flávia Carvalho
Organização Torneio Guardiãs Guarani
Daniela Ara Mirim e Ana Flávia Carvalho
Organização Torneio Xondarias Guarani
Jandira Para Mirim e Ana Flávia Carvalho
Organização Torneio Jaraguá (Sol Nascente)
Mateus Werá Vidal
Impressão e Montagem Fotográfica
Renato Gaiofato
Espaço Ophicina
Impressão Banners
Grupo Aragon
Adesivagem Vitrine
UMA Gráfica
Adesivagem Textos
Family Sign
Criart Comunicação
Acessibilidade
Casa do Braille
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
“Kunhangue Arandua – Sabedoria das Mulheres”
Direção: Ciara Martins (coletivo Arandu Mirim)| Depoimentos: Jandira Maiara Pará Mirim, Jaxuka Leonice, Ara Jera Cristina Rose, Xari’i Virgínia | Imagens: Ciara Ara Poty, Jera Alini, Taiuany Rete Fernandes Martim, Samara Para’i | Tradução: Anthony Karaí Poty | Edição: Ciara Ara Poty, Fernanda Sindlinger
“Guardiãs”
Direção: Ulisses Sulivan | Produção: Roseane Rete Mirim | Produção executiva: Giovana Possignolo | Tradução: Lurdes Ywa Poty | Responsável artística: Leonice Jaxuca Rete | Trilha sonora: Fernando da Silva, Taiuany Rete Fernandes Martim, João Victor(Prod. Nine) | Estúdio: Phone Raps | Captação de áudio
João Victor (Prod. Nine) | Op. de Camera: Thiago Silva, Winnie Dominique, Ulisses Sulivan | Edição: Ulisses Sulivan | Depoimentos: Josiane para mirim, Débora Jaxuka, Hortêncio Tataendy, Eunice, Leonice Jaxuka Rete , Lurdes Ywa Poty, Fernando Wera Dju, Roseane Rete Mirim, Gera Giselda
“Nhandereko”
Compilação: Lusco Fusco Filmes.
Agradecimentos
Alexandre Taira, Ana Marinho, Cristina Ara Rose, Daniela Ara, Fernanda Sindlinger, Geni Vidal, Giovana de Souza Possignolo, Jefersom Xondaro, Karen Doho, Mateus Wera Vidal, Renata Salinas, Robertto Freitas, Nelson Vera Xua, Sérgio Karai, Ulisses Sulivan dos Santos Oliveira, Valdir Wera, Vinicius Toro e à toda equipe do Museu das Culturas Indígenas, em especial à Sônia Ara Mirim, Rhakany Aruani Alves Jacintho, Yanka Godinho, Edney dos Santos Nascimento, Kawakani Mehinako e Katia Lazarini, pelos saberes compartilhados.