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Pelé

  • Atleta do Século
  • Edison Arantes do Nascimento
  • O Rei do Futebol
Atuação
Atacante
Nascimento
21/10/1940
Três Corações, Minas Gerais, Brasil
Morte
29/12/2022
São Paulo, São Paulo, Brasil

Consagrado como Rei do Futebol, sua carreira profissional teve início aos 15 anos, quando foi levado por Waldemar de Brito ao Santos F.C., time pelo qual foi pentacampeão brasileiro (1961-1965), bicampeão das Copas Libertadores e Intercontinental (1962-1963), um total de 45 títulos, entre competições oficiais e amistosas. Pela Seleção Brasileira estreou aos 16 anos, foi tricampeão mundial (1958, 1962 e 1970), tendo disputado quatro vezes a Copa do Mundo (também esteve em 1966). Foi eleito Atleta do Século pelo jornal francês L'Équipe (1981) e pelo Comitê Olímpico internacional (1999). Em toda sua carreira disputou 1.375 jogos e marcou 1.282 gols. Faleceu aos 82 anos, e continua sendo o brasileiro mais conhecido em todo mundo.

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1956-1974 Santos Atacante
1958 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1958 Atacante
1962 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1962 Atacante
1966 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1966 Atacante
1970 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1970 Atacante
1975-1977 New York Cosmos Atacante
1978 Fluminense Atacante
1979 Flamengo Atacante

Textos

Considerado pela torcida, atletas e jornalistas de todo o mundo como o maior jogador de futebol da história, Pelé é mundialmente conhecido como Rei do Futebol.

Seu pai era João Ramos do Nascimento, o Dondinho, famoso jogador no sul de Minas Gerais que foi contratado pelo Bauru Atlético Clube (BAC) em 1946. Em pouco tempo Pelé foi chamado para jogar pelo time de base do BAC, apelidado de Baquinho. Ele tinha 13 anos, mas a média dos colegas era de 17. Aos 15 anos foi levado pelo ex-jogador Waldemar de Brito - técnico do Baquinho e jogador do Brasil na Copa do Mundo de 1938 - para o Santos F.C., então campeão paulista de 1955, onde deu entrada no dia 08/08/1956.

No dia 07/09/1956 estreou no time principal, na vitória por 7X1 sobre o Corinthians F.C., de Santo André (SP). Pelé marcou o sexto gol do time santista.

No ano seguinte destacou-se no Torneio Rio-São Paulo e na Taça Morumbi (torneio amistoso) e acabou chegando à Seleção Brasileira, convocado pelo técnico Sylvio Pirillo para a disputa da Copa Roca, contra a Argentina. No primeiro jogo, no Estádio do Maracanã (07/07/1957), começou no banco, entrou no 2º tempo e marcou o único gol brasileiro (derrota por 2X1). Mas no segundo jogo, no Estádio do Pacaembu (10/07/1957), já era titular e marcou o primeiro gol da vitória por 2X0. E conquistou seu primeiro título pela seleção. Encerrou o ano como artilheiro do Campeonato Paulista com 17 gols.

Em 1958 chamou a atenção de Nelson Rodrigues, que escreveu: “O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: a de se sentir rei, da cabeça aos pés.” (Manchete Esportiva, 08/03/1958).

Com apenas 17 anos foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 1958. Mesmo machucado foi levado para a Suécia. Estreou apenas na terceira rodada, contra a União Soviética (vitória por 2X0) e brilhou nas quartas de final marcando o gol da classificação sobre o País de Gales. Foram mais três gols na semifinal (5X2 contra a França) e mais dois na final contra a Suécia (5X2). O mais jovem campeão do mundo no futebol.

Ao retornar ao Santos F.C. ganhou seu primeiro Campeonato Paulista (conquistaria 10 no total: 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973) e ainda por cima terminou como artilheiro com 58 gols, recorde ainda de pé. Aliás foi o maior goleador de São Paulo por 11 vezes, sendo nove vezes consecutivamente (de 1957 a 1965, e ainda em 1969 e 1973).

Aliás, pelo alvinegro praiano foi campeão brasileiro seis vezes (Taça Brasil de 1961 a 1965 e Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1968), venceu três vezes o Torneio Rio-São Paulo (1959, 1963 e 1964), foi bicampeão da Copa Libertadores e Copa Intercontinental (ambos em 1962-1963). Além de dezenas de torneios amistosos.

Em 1962 foi bicampeão do mundo com a Seleção Brasileira, embora tenha se contundido no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia, e ficado de fora do resto da Copa. Quatro anos não conseguiu ajudar o Brasil a se classificar, mas manteve o tabu de nunca ter perdido um jogo pela Seleção Brasileira ao lado de Garrincha.

Em 1970 disputou todos os seis jogos na Copa do México, e sagrou-se tricampeão do mundo, e trazendo em definitivo a Taça Jules Rimet para o Brasil.

Sete meses antes, no dia 19/11/1969 atingiu a marca de 1.000 gols marcados. O feito rivalizou com a chegada do homem à Lua, nas páginas dos jornais do mundo naquele dia.

Despediu-se da Seleção Brasileira em 1971 e do Santos em 1974. Mas por causa de problemas financeiros e pressão da ditadura militar, aceitou voltar ao futebol profissional para assinar um contrato milionário com o New York Cosmos, dos Estados Unidos. Foram três temporadas na North American Soccer League (NASL), o título de campeão da temporada de 1977 e uma revolução no marketing esportivo dos Estados Unidos.

Depois de pendurar as chuteiras, definitivamente, em 01/10/1977 num amistoso entre Santos e Cosmos, Pelé tornou-se garoto propaganda de diversas marcas multinacionais. E recebeu diversas homenagens, tais como Cidadão do Mundo (ONU, 1977), Embaixador da Boa Vontade (UNESCO, 1993), Futebolista do Século (France Football, 1999), Jogador Sul-Americano do Século XX (IFFHS, 1999), Prêmio Laureus do Esporte Mundial (2000), Jogador do Século (FIFA, 2000), Ordem Olímpica (COI, 2016). Em 2012 foi inaugrada a Casa Pelé, em Três Corações (MG) e em 2014 o Museu Pelé em Santos. Ele foi ainda o primeiro Ministro do Esporte (1995-2001) da história do Brasil.

A partir de 2012 passou a sofrer com problemas de saúde, começando com uma cirurgia no quadril que deixou sequelas e restringiu a mobilidade. Apesar de uma nova cirurgia em 2015, não voltou a andar sem ajuda de cadeira de rodas ou andador. Em 2021 foi diagnisticado um câncer de cólon. Em novembro de 2022, foi internado no Hospital Albert Einstein para exames de rotina, que concluíram que a quimioterapia não estava mais surtindo efeito. Pouca mais de um mês depois, em 29 de dezembro, faleceu pela falência múltipla de órgãos provocada pela progressão do câncer.

Inúmeras personalidades, dentro e fora do esporte, chefes de Estado e de governo, lamentaram Sua morte. O governo brasileiro decretou luto oficial de sete dias, o que foi seguido pelos estados e municípios. Seu velório foi realizado nos dias 2 e 3 de janeiro de 2023, no gramado do Estádio da Vila Belmiro, pelo qual passaram 250 mil pessoas. Outras 250 mil, estiveram nas ruas de Santos (SP) acompanhando o traslado do corpo até o Memorial Necrópole Ecumênica, onde foi enterrado.

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