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Bebeto

  • José Roberto Gama de Oliveira
Atuação
Atacante
Treinador(a)

Atacante revelado pelo E.C. Vitória, faz parte de uma vitoriosa geração de jogadores da Seleção Brasileira, que ganharam o Campeonato Mundial sub-20 (1983), Copa América (1989), Copa do Mundo (1994) e Copa das Confederações (1997), além de medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul (1988) e medalha de bronze Jogos Olímpicos de Atlanta (1996).

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1983-1984 Vitória Atacante
1984-1989 Flamengo Atacante
1988 Seleção Brasileira Olímpica 1988 Atacante
1989-1992 Vasco da Gama Atacante
1990 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1990 Atacante
1992-1996 Deportivo de La Coruña Atacante
1994 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1994 Atacante
1996 Flamengo Atacante
1996 Sevilla Atacante
1996 Seleção Brasileira Olímpica Masculina 1996 Atacante
1997 Cruzeiro Atacante
1997 Vitória Atacante
1998-1999 Botafogo Atacante
1998 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1998 Atacante
1999-2000 Neza Atacante
2000 Vitória Atacante
2000 Kashima Antlers Atacante
2001 Vasco da Gama Atacante
2002 Al-Ittihad Atacante
2003 Flamengo de Guarulhos Atacante
2009-2010 America Treinador(a)

Textos

José Roberto Gama de Oliveira nasceu em Salvador, Bahia, Brasil, no dia 16 de fevereiro de 1964. Dos seus dez irmãos, dois, Wilson e “China”, também seguiram carreira como jogadores. Ainda criança, José Roberto foi apelidado de Bebeto. Aos 11 anos começou a jogar no Tiradentes Futebol Clube, uma equipe de bairro, logo mudando-se para o Vasquinho, também um time de bairro em Salvador.

Motivado pelo irmão “China”, logo Bebeto fez um teste no Bahia, onde começou a jogar futebol de campo. No entanto, aos 15 anos, foi aprovado no Vitória, para onde se transferiu – deixando então o Iate Clube, onde atuava também, jogando futebol de salão. E foi no Vitória que Bebeto começou sua carreira profissional, em 1982.

Já no ano seguinte, conseguiu sua primeira chance na Seleção Brasileira de Juniores, sendo convocado para o Campeonato Sul-Americano da categoria. Bebeto também esteve no Campeonato Mundial de Juniores, em 1983, consagrando-se campeão mundial com a equipe brasileira. Ao retornar do torneio, o jogador teve a notícia: fora vendido ao Flamengo, no Rio de Janeiro.

No Flamengo, Bebeto passou por um período de adaptação pelo fato de viver sozinho, distante da família. A morte do irmão mais velho, Nilton, no final de 1984, quase fez com que ele decidisse abandonar a carreira. Mas o jogador seguiu, após um período de descanso em Salvador. E começou a despontar: já em 1985 recebeu a primeira chance pela Seleção Brasileira. Em 1986, foi o principal destaque na conquista do Campeonato Carioca, pelo Flamengo.

O ano definitivo da explosão de Bebeto foi 1987: ele foi personagem fundamental na conquista da Copa União/Campeonato Brasileiro, pelo Flamengo, fazendo o gol do título na partida de volta da decisão contra o Internacional. E continuou sendo titular absoluto no time, embora não fosse convocado para a Seleção Brasileira desde 1985. Pelo menos, não na adulta, mas pela seleção olímpica Bebeto ganhou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.

Tudo isso mudou em 1989: após uma proposta de renovação de contrato negada pelo presidente do Flamengo, Gilberto Cardoso Filho, Bebeto e seu empresário, José Moraes, acertaram sua transferência para o Vasco da Gama. Ainda naquele ano, Bebeto voltou a ser convocado frequentemente para a Seleção Brasileira, sendo titular na conquista da Copa América – campanha que incluiu um belo gol marcado por ele, contra a Argentina, um dos seis que marcou na competição, sagrando-se o principal goleador dela (posto que também alcançou no Campeonato Carioca). Para completar, Bebeto conquistou também o Campeonato Brasileiro, com o Vasco.

Em 1990, o jogador foi convocado para a disputa da Copa do Mundo, porém, prejudicado por lesões, só disputou a partida contra a Costa Rica. Com a saída de Sebastião Lazaroni e a chegada de Paulo Roberto Falcão para treinar a Seleção, Bebeto continuou sendo convocado. Foi chamado para a Copa América de 1991, mas ao saber que ficaria na reserva, pediu dispensa da equipe. Em clubes, tudo ia bem: pelo Vasco, Bebeto foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1992 e ainda conquistou a Bola de Prata, pela revista Placar.

As boas atuações renderam a Bebeto uma transferência para o Deportivo, de La Coruña, Espanha. Já na primeira temporada atuando naquele país, sucesso: o atleta foi o grande goleador do Campeonato Espanhol, marcando 29 gols. Pelo Brasil, o jogador voltou a ter uma sequência contínua na Seleção Brasileira, sendo um dos destaques nas eliminatórias para a Copa de 1994.

No Mundial, Bebeto marcou duplamente. Tanto pelos gols importantes (como o da vitória por 1 a 0 contra os Estados Unidos, nas oitavas de final), quanto pela comemoração de seu gol contra a Holanda, nas quartas de final: celebrando o nascimento de seu filho, Mattheus, o jogador simulou embalar um bebê, junto de Romário e Mazinho. E Bebeto pôde comemorar o quarto título mundial da Seleção Brasileira.

O ano de 1995 lhe trouxe mais títulos pelo Deportivo: a Copa do Rei e a Supercopa da Espanha. No ano seguinte, pouco depois de conquistar a medalha de bronze com a Seleção Brasileira no torneio olímpico de futebol, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, Bebeto deixou o clube espanhol, com a marca de maior goleador de sua história (86 gols em 131 jogos), para retornar ao Flamengo. Entretanto, após disputar poucas partidas pelo Campeonato Brasileiro, o jogador voltou à Espanha, para jogar no Sevilla, ainda durante 1996.

Em 1997 Bebeto retornou ao Brasil – e a outro clube pelo qual já passara, o Vitória. No primeiro semestre, o Vitória conquistou o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste, tendo Bebeto como destaque. Ele ainda jogou o Campeonato Brasileiro daquele ano pela equipe, mas decidiu-se pelo retorno ao futebol carioca, no Botafogo, em 1998 – não sem antes atuar pelo Cruzeiro numa única partida, a decisão do Mundial Interclubes, contra o Borussia Dortmund, da Alemanha, em novembro de 1997.

Segundo o atleta, a mudança para o Rio de Janeiro foi feita para que houvesse uma chance maior de convocação para a Copa de 1998. No início do ano, o jogador conquistou o Torneio Rio-São Paulo. A convocação para a Copa veio, e Bebeto participou de seu terceiro Mundial, tornando-se titular devido ao corte de Romário, atuando em todas as partidas. Foram as últimas pela Seleção Brasileira, completando as estatísticas de 75 jogos e 39 gols marcados.

No início de 1999, Bebeto deixou o Botafogo, indo atuar pelo Toros Neza, do México. Após entrar em conflito com a diretoria do clube, que pagou seu salário, mas não o dos colegas de time, o jogador transferiu-se para o Kashima Antlers, do Japão, em 2000. No mesmo ano, houve uma rápida volta ao Vitória. E, em 2001, Bebeto retornou a mais um clube que já conhecia: o Vasco. Novamente a passagem foi curta, e o jogador transferiu-se para o Al Ittihad, de Jeddah, na Arábia Saudita, já em 2002. Após o final do contrato, optou por encerrar a carreira.

Depois disso, Bebeto manteve o Instituto Bola pra Frente, organização não governamental, em parceria com Jorginho. No final de 2009, foi contratado para treinar o América, do Rio de Janeiro, sendo demitido em maio de 2010, logo após a Taça Guanabara. No mesmo ano, elegeu-se deputado estadual pelo Rio de Janeiro, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Em 2012, Bebeto foi escolhido para ser representante do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014. Depois, ainda tornou-se o coordenador das categorias de base da Confederação Brasileira de Futebol, mas logo abandonou esse cargo.

Bibliografia

- OLIVEIRA, José Roberto Gama de (Bebeto). Você também pode ser feliz. São Paulo, Landscape, 2004.

- DUARTE, Marcelo. MENDES, Mário. Enciclopédia dos craques. São Paulo, Panda Books, 2010.

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