Sissi
- Imperatriz
- Sisleide Do Amor Lima
Camisa 10 clássica, é considerada a melhor jogadora da primeira geração de boleiras pós-proibição. Fez parte da primeira Seleção Brasileira convocada pela CBF, em 1988. Foi artilheira da Copa do Mundo de 1999, com sete gols e bicampeã sul-americana (1995 e 1998). Foi para os Estados Unidos em 2001, onde pendurou as chuteiras em 2009, permanecendo como técnica das categorias de base. Desde 2019 está presente na Sala Anjos Barrocos no Museu do Futebol.
Clubes e Federações
Quando | Onde | Atuação |
---|---|---|
Flamengo de Feira Futebol Clube Feminino | ||
1990 | Associação Sabesp | Polivalente |
1984-1988 | Bahia | Meio Campo |
1988-1989 | Corinthians | Meio Campo |
1988-2000 | Seleção Brasileira | Atacante |
1995 | Seleção Brasileira Copa do Mundo 1995 | Atacante |
1996 | Saad | Atacante |
1996 | Seleção Brasileira Olímpica Feminina 1996 | Meio Campo |
1997-1998 | São Paulo | Atacante |
1999 | Palmeiras | Atacante |
1999 | Seleção Brasileira Copa do Mundo 1999 | Atacante |
2000 | Vasco da Gama | Atacante |
2000 | Seleção Brasileira Olímpica Feminina 2000 | Meio Campo |
2004-2008 | California Storm | Atacante |
2009-2010 | FC Gold Pride | Atacante |
Textos
Filha e irmã de jogadores de futebol, gostava de jogar desde os sete anos de idade, inclusive caso não tivesse bola, improvisava uma com a cabeça da própria boneca. Aos 11 anos mudou-se com a família para Campo Formoso (BA) e lá conheceu outras meninas que jogavam futebol e assim acabaram formando um time só de garotas. Dois anos depois, chamou a atenção do Grêmio F.C., da vizinha cidade de Senhor do Bonfim (BA), e aos 13 anos começou a disputar competições. No ano seguinte saiu da casa dos pais para jogar no Flamengo F.C. de Feira de Santana (BA), pelo qual estreou no Campeonato Baiano. Em 1984 mudou-se para Salvador, para defender o E.C. Bahia - onde também jogou futsal - e quatro anos depois foi convocada para fazer parte da primeira Seleção Brasileira oficial, que a CBF montou para disputar o Campeonato Experimental da FIFA, na China. Com Sisisi, o Brasil terminou em 3º lugar.
Após o Mundial foi contratada pelo S.C. Corinthians Paulista, mas para jogar futsal. Nesta modalidade atuou também pela S.E.R. Marvel, Sabesp de Santos (SP), Bordon e Euroexport. Só voltou ao futebol de campo em 1991 às vésperas da Copa do Mundo, mas acabou machuncando-se durante o período de treinamentos e foi cortada da seleção. Voltou ao futsal. Em fins de 1994 foi para a Itália, jogar no Hellas Verona F.C., onde permaneceu apenas um mês, porque foi convocada pela Seleção Brasileira para disputar o Campeonato Sul-Americano em janeiro de 1995, em Uberlândia (MG). Os dirigentes italianos deram o ultimato ou o Verona ou o Brasil. E lá foi Sissi para o Triângulo Mineiro, ser campeã sul-americana, invicta (cinco vitórias em cinco jogos) e ainda por cima terminou como artilheira da competição com 12 gols. Em 1995 disputou a Copa do Mundo, terminou em 9º lugar, mas o suficiente para garantir vaga nos Jogos Olimpico de Atlanta em 1996, na qual a Seleção Brasileira terminou em quarto lugar.
Sissi estava no Saad E.C. (MS), quando em 1997 a Federação Paulista de Futebol (FPF), depois de nove anos de paralisação, retomou seu campeonato feminino, chamado de Paulistana. O São Paulo F.C. fez um acordo com o Saad E.C. e contratou todo o time, Sissi, inclusive. Pelo tricolor ela foi campeã paulista (1997) e campeã brasileira (1997). Por essa época ela decidiu raspar a cabeça para prestar solidariedade a uma criança que estava com câncer. O gesto humanitário foi mal interpretado pela FPF e mídia e ela passou a ser pressionada a ter um "comportamento mais feminino". Depois de passar pela S.E. Palmeiras em 1999 ela foi para o C.R. Vasco da Gama em 2000, pelo qual foi campeã carioca.
Pela Seleção Brasileira foi bicampeã sul-americana (1998), 3º lugar na Copa do Mundo de 1999, mas terminou como artilheira (ao lado da chinesa Sun Wen) com sete gols e 4º lugar nos Jogos Olímpicos de Sydney.
Em 2001 Sissi foi para os Estados Unidos disputar a liga profissional, a WUSA (Women's United Soccer Association) pelo San Jose Cyber Rays, pelo qual foi campeã da primeira edição da competição. Se no Brasil era perseguida pelos cartolas por usar cabelo curto, nos Estados Unidos ela tornou-se ídolo e passou a ver meninas imitando seu corte de cabelo.
A WUSA encerrou as atividades depois de três temporadas. Então Sissi aceitou a proposta do California Storm, da liga semi-profissional, a WPSL (Women's Premier Soccer League) e da qual foi campeã em 2004. Em 2009, pendurou as chuteiras no Gold Pride FC, da WPS (Women's Professional Soccer).
Desde 2004 dedica-se à formação de jogadoras nas categorias de base, trabalhando como assitente ou técnica de equipes como Diablo Valley Soccer Club, Las Positas Juniors College e Solano College.
Além de integrar a Sala Anjos Barrocos do Museu do Futebol também está no Hall Internacional da Fama do Futebol, no Museu do Futebol de Pachuca, no México.