Coritiba
- Coritiba Foot Ball Club
Jogadores e dirigentes
Quando | Quem | Atuação |
---|---|---|
Vilson Ribeiro de Andrade | Dirigente | |
Neymar da Silva Santos | ||
1917-1925 | Bonato | Zagueiro(a) |
1947 | Levi Mulford Chrestenzen | Atacante |
1968-1972 | Dirceu | Atacante |
1968-1973 | Roderley | Zagueiro(a) |
1970-1971 | Mauro | Treinador(a) |
1971-1972 | Levir Culpi | Zagueiro(a) |
1972 | Aymoré Moreyra | Treinador(a) |
1972-1976 | Jairo | Goleiro(a) |
1975 | Paulinho de Almeida | Treinador(a) |
1976 | Dino Sani | Treinador(a) |
1977-1980 | Carlinhos Neves | Preparador(a) Físico(a) |
1978 | Pedro Rocha | Meio Campo |
1979 | Ênio Andrade | Treinador(a) |
1980 | Manga | Goleiro(a) |
1981 | Carlinhos Neves | Preparador(a) Físico(a) |
1982 | Gil | Atacante |
1983 | Dadá Maravilha | Atacante |
1984 | Dudu | Treinador(a) |
1985 | Dino Sani | Treinador(a) |
1985 | Ênio Andrade | Treinador(a) |
1985-1988 | Rafael Cammarota | Goleiro(a) |
1987-1988 | Adílio | Meio Campo |
1988 | Emerson Leão | Treinador(a) |
1988-1989 | Serginho Prestes | Meio Campo |
1989 | Eduardo Antunes Coimbra | Treinador(a) |
1989 | Paulo César Carpegiani | Treinador(a) |
1991 | Levir Culpi | Treinador(a) |
1992 | Rafael Cammarota | Goleiro(a) |
1993 | José Teixeira | Treinador(a) |
1995-1997 | Alex | Meio Campo |
1996 | Adil | Atacante |
1996 | Cuca | Atacante |
1996 | Marco Aurélio Cunha | Dirigente |
1996 | Pepe | Treinador(a) |
1997-1998 | Carlinhos Neves | Preparador(a) Físico(a) |
1997-1998 | Rubens Minelli | Treinador(a) |
1997 | Vagner Mancini | Meio Campo |
1998 | Darío Pereyra | Treinador(a) |
1998 | Gelson Baresi | Zagueiro(a) |
1998-2007 | Henrique | Zagueiro(a) |
1999 | Abel | Treinador(a) |
2000 | Gelson Baresi | Zagueiro(a) |
2000-2004 | Testinha | Meio Campo |
2001 | Evair | Atacante |
2001 | Joel Santana | Treinador(a) |
2001 | Ricardo Gomes | Treinador(a) |
2002-2004 | Domingos Augusto Leite Moro | Dirigente |
2003-2004 | Gelson Baresi | Zagueiro(a) |
2004 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
2004-2005 | Miranda | Zagueiro(a) |
2005 | Cuca | Treinador(a) |
2007 | Felipe Anderson | Meio Campo |
2008-2012 | André Mazzuco | Dirigente |
2008 | Bernardi | Zagueiro(a) |
2010 | Dudu | Atacante |
2011-2013 | Augusto Moura de Oliveira | Dirigente |
2011-2012 | Éverton Ribeiro | Meio Campo |
2011-2012 | Juvenilson de Souza | Preparador(a) Físico(a) |
2012-2013 | André Mazzuco | Dirigente |
2013 | Alex | Meio Campo |
2013-2015 | André Mazzuco | Dirigente |
2014-2018 | Augusto Moura de Oliveira | Dirigente |
2014-2021 | Murilo Balbino Guimarães | Auxiliar Técnica(o) |
2016 | Eduardo Barros | Treinador(a) |
2016-2017 | Paulo César Carpegiani | Treinador(a) |
2017-? | Juvenilson de Souza | Preparador(a) Físico(a) |
2018 | Augusto Moura de Oliveira | Dirigente |
2021 | José Carlos Brunoro | Dirigente |
Textos
HISTÓRICO DOS TIMES
CORITIBA FOOT BALL CLUB
Frederico “Fritz” Essenfelder, dono de uma fábrica de pianos localizada em Curitiba, capital do estado do Paraná, fez uma viagem à cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 1909. Voltou à capital em junho daquele ano, fascinado com um objeto que comprara. Ele mostrou tal objeto aos amigos com quem se reunia no Clube Ginástico Teuto-Brasileiro: Rudolf Kastrup, Leopoldo Obladen, Walter Dietrich e os irmãos Waldemar, Alfredo e Arthur Hauer.
Todos eles, alemães ou descendentes de alemães, viram Frederico chegar, fazer algumas jogadas e lhes apresentar: “Isto é uma bola de futebol”. O grupo passou a organizar partidas do esporte no Quartel da Força Pública, já que os diretores do Teuto-Brasileiro não eram favoráveis ao futebol. Finalmente, em 12 de outubro de 1909, reuniram-se no Teatro Hauer e fundaram o Coritibano Foot Ball Club. Deixaram o Quartel da Força Pública e conseguiram autorização para realizar suas partidas no campo do Jockey Club Paranaense.
Na mesma data, o clube fundado recebeu convite de uma equipe de futebol de Ponta Grossa, outra cidade paranaense, para um amistoso. Tal jogo foi disputado em 23 de outubro de 1909, em Ponta Grossa, e o time local venceu por 1 a 0. Em 6 de janeiro de 1910, as duas equipes disputaram mais um amistoso, com empate em 1 a 1 como resultado final. Em 30 de janeiro de 1910 uma assembleia definiu a primeira diretoria do clube. Os escolhidos foram João Viana Seiler como presidente; Arthur Hauer, vice-presidente; José Júlio Franco, primeiro‑secretário; Leopoldo Obladen, segundo-secretário; Walter Dietrich, primeiro-tesoureiro; e Alvim Hauer como segundo-tesoureiro.
Na mesma assembleia, além de manter considerado o dia 12 de outubro de 1909 como a data de fundação, foi escolhido o nome definitivo do clube. Na época, a capital do Paraná aceitava duas grafias para seu nome, Curityba e Coritiba. Escolhendo a segunda delas, o grupo decidiu rebatizar o clube como Coritiba Foot Ball Club – grafia que permaneceu mesmo após o nome da cidade ter sido definido como Curitiba. Em 21 de abril de 1910 o Coritiba organizou o seu primeiro estatuto, pelo qual foi definido o primeiro uniforme da equipe, formado por camisa verde e branca, de flanela, e calção branco, além dos acessórios: meias compridas e cinto verde. Em 1912, mais uma medida importante: o clube passou a aceitar atletas negros e mulatos.
O primeiro escudo do clube, usado nos primeiros anos, foi trocado para outro, de formato circular, com 12 marcas brancas dentro dele. De acordo com o estatuto do Coritiba, as cores verde e branca referem-se à bandeira do estado do Paraná, e as marcas brancas lembram os meridianos, que cortam o globo terrestre evocado pelo círculo.
Em 1915 o Coritiba participou do primeiro Campeonato Paranaense, organizado pela LSP (Liga Sportiva Paranaense). No entanto, o ano seguinte testemunhou uma cisão, quando alguns clubes fundaram a APSA (Associação Paranaense de Sports Athléticos). A APSA, então, organizou o seu próprio campeonato estadual, em 1916, no qual o Coritiba conquistou o primeiro título de sua história. O destaque da conquista foi José Bermudes, o “Maxambomba” (1915-1917, 1921), primeiro ídolo da história do Coritiba. No mesmo ano, a equipe deixou o campo do Jockey Club Paranaense e se transferiu para o Parque da Graciosa, onde manteve seus jogos.
Porém, o Coritiba somente voltou a ganhar o Campeonato Paranaense em 1927 – mesmo ano de seu primeiro hino oficial, composto por Bento Mossorunga e Barros Cassal. Na década de 1930, além de fortalecer-se, ganhando quatro Campeonatos Paranaenses (1931, 1933, 1935 e 1937), o clube também inaugurou seu estádio, batizado de Belfort Duarte (depois rebatizado de Antônio do Couto Pereira, em homenagem a um ex-presidente do clube), em 1932.
Em 1941, em meio à Segunda Guerra Mundial e à oposição ainda velada aos alemães, veio o apelido pelo qual o time ficou conhecido: no dia 19 de outubro, num jogo contra o Atlético Paranaense, principal rival da história do clube, um torcedor adversário ofendeu o zagueiro Hans Egon Breyer: “Alemão... quinta-coluna... coxa-branca”. Desde então os torcedores do Coritiba são chamados de “coxas-brancas” e o apelido do clube é “Coxa”. Outro importante símbolo do clube foi oficializado em 1957: o mascote, intitulado “Vovô Coxa”, homenageando o fotógrafo alemão Max Kopf, torcedor fanático do Coritiba, morto em 1956.
Nas décadas seguintes, o clube conquistou vários títulos, destacando-se o hexacampeonato paranaense (1971/72/73/74/75/76), o Torneio do Povo (1973) e, principalmente, o Campeonato Brasileiro de 1985, primeira conquista do torneio por uma equipe paranaense. E, desde Aroldo Fedato (1943-1958), o clube teve vários ídolos nessas conquistas: os goleiros Jairo (1972-1976 e 1983-1987) e Rafael (1985-1988, 1992), os meio‑campistas Dirceu Krüger (1966-1975), Aladim (1973-1977, 1979-1980, 1983-1984) e Alex (1995-1997, desde 2012) e o atacante Lela (1985-1988). Entre as conquistas, o clube já ganhou 36 títulos estaduais, além de dois Campeonatos Brasileiros da Série B (2007 e 2010).
Na década de 1970, Sebastião Lima e Vinícius Coelho compuseram um novo hino oficial, que se tornou mais popular entre a torcida, até outro hino oficial ser ratificado, em 1999, tendo Homero Réboli e Cláudio Ribeiro como autores. Antes disso, no final da década de 1980 e início da posterior, a canção “Coritiba (Eterno Campeão)”, de Francis Night, ganhou muita repercussão entre os fãs, tornando-se uma espécie de “hino não oficial” do clube.
REFERÊNCIAS
DUARTE, Orlando. Pioneiros – Deus criou a bola, e o homem descobriu o que fazer com ela. São Paulo: Abook Editora, 2011.
KRAUSS, Paulo; FEDATO, Aroldo. Fedato, o “estampilla rubia”. Curitiba: Travessa dos Editores, 2005.
MACHADO, Heriberto Ivan; CHRESTENZEN, Levi Mulford. Futebol Paraná História. Curitiba: [s.n., s.d.].
SITE OFICIAL DO CORITIBA. <www.coritiba.com.br>. Último acesso em 27/02/2013.