Jairo

  • Jairo do Nascimento
  • Pantera Negra
Atuação
Goleiro(a)
Nascimento
23/10/1946
Morte
06/02/2019

Goleiro, revelado pelo Caxias F.C., de Joinville (SC), tornou-se ídolo do Coritiba F.B.C., pelo qual foi pentacampeão paranaense (1972-1976) e campeão do Torneio do Povo (1973) e Brasileiro (1985). Jogou pelo Coxa-Branca 410 vezes, sendo o jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube. Faleceu aos 72 anos, vítima de câncer nos rins. Está enterrado no Cemitério vertical, de Curitiba (PR).

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1969-1971 Fluminense Goleiro(a)
1972-1976 Coritiba Goleiro(a)
1977-1980 Corinthians Goleiro(a)
1981-1982 Náutico Goleiro(a)
1982-1987 Náutico Goleiro(a)
1988 América Mineiro Goleiro(a)

Textos

Desde criança adorava jogar bola, mas era ruim na linha, então era sempre deixado de lado. Aos 10 anos ganhou uma bola numa rifa escolar, ecomo dono da bola é sempre o titular, entrou para o time da rua. Mas no gol. Adaptou-se tão bem que aos 14 anos ingressou no Caxias F.C., de sua cidade natal, Joinville (SC), estreando como profissional aos 18 anos.

Alto, tinha 1,94cm de altura, logo chamou a atenção do preparador físico Almir de Almeida, que o levou para o Fluminense F.C. em 1969, para ser o terceiro goleiro. Disciplinado e sempre disposto a aprender, caiu nas graças do titular Félix e em pouco tempo passou a ser o reserva imediato e fazendo parte do elenco campeão carioca (1969) e Brasileiro (Taça de Prata, 1970). Mas com a chegada do técnico Zagallo às Laranjeiras, em 1971, acabou perdendo espaço e voltou a ser a terceira opção para o gol. Insatisfeito pela forma como foi preterido, aceitou proposta do Coritiba F.B.C. (PR). Ironicamente, sua altura foi motivo de desconfiança, sendo chamado de "jogador de basquete" e teria problemas com as bolas rasteiras. De qualquer maneira, Jairo conseguiu se firmar no gol, foi campeão paranaense em 1972, e de quebra ainda marcou época jogando com a camisa número 46, não gostava de vestir a camisa 1. Já tinha ganho o estadual como reserva no ano anterior e alcançaria a marca de hexacampeão estadual com o Coxa-Branca em 1976. Além disso, em 1973, foi campeão do Torneio do Povo, superando Internacional, Corinthians, Flamengo, Atlético Mineiro e Bahia. As grandes atuações chamaram a atenção até de Pelé: "Prestem atenção naquele negrão que é goleiro do Coritiba. Ele é muito bom goleiro". E ágil. Tanto que acabou ganhando o apelido de Pantera Negra. E chegou a ser incluído na pré-lista de 40 jogadores da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1974, mas Zagallo, de novo, foi a pedra no caminho do goleiro O técnico preferiu levar Leão (S.E. Palmeiras), Renato (C.R. do Flamengo) e Wendell (Botafogo F.R.). Aliás, este último foi cortado por contusão e, curiosamente, o técnico tricampeão do mundo preferiu convocar Waldir Perez (São paulo F.C.), que sequer estava na pré-lista...

Mas o camisa 46 tinha chamado a atenção de outro técnico, Oswaldo Brandão, que assumiu a Seleção Brasileira em 1975 e a partir de 1976 passou a convocar o goleiro do Coritiba. Aliás, foi o segundo jogador na história do clube a ser chamado para vestir a camisa do Brasil, e o primeiro goleiro negro desde Manga em 1966. Sob o comando de Brandão foi apenas um jogo como titular, na vitória por 2X1 sobre o Uruguai, no Maracanã, pela Taça do Atlântico/Copa Rio Branco e ficou marcado pelo grande quebra-pau ao final do jogo. De qualquer maneira o resutado garantiu a posse da Copa Rio Branco. Como reserva na seleção o goleiro ainda comemorou, a conquista da Copa Roca (contra a Argentina) e a Taça Oswaldo Cruz (contra o Paraguai). Todos esse jogos também eram válidos pela Taça do Atlântico, que também fico com o Brasil. Outra conquista relevante foi a do Torneio do Bicentenário dos Estados Unidos, contra um combinado local, Inglaterra e Itália. No começo de 1977, Jairo foi reserva nos dois primeiros jogos (contra a Colômbia) pelas eliminatórias para a Copa do Mundo. Infelizmente, após a saída do técnico Brandão - substituído por Cláudio Coutinho - o goleiro nunca mais mais convocadao.

Mas não foi o fim da parceria com o técnico, já em que em janeiro daquele ano o catarinense foi contratado pelo S.C. Corinthians Paulista, de Brandão, pelo qual foi campeão paulista em 1977 (como reserva), quebrando o longo jejum de 22 anos sem títulos, e 1979 (titular). Em 1981 foi para o Náutico e em 1983 voltou ao Coritiba, onde foi campeão brasileiro em 1985. Encerrou a carreira em MInas Gerais, jogando por Amérca Mineiro (1987-1989), Atlético de Três Corações (1990), Villa Nova, de Nova Lima (1990) e Trespontano (1991).

Faleceu aos 72 anos, vítima de câncer nos rins. Foi enterrado no Cemitério Vertical, em Curitiba.

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