Imagem representativa do item

Rivellino

  • La Patada Atómica
  • O Reizinho do Parque
  • Roberto Rivellino
Atuação
Atacante
Meio Campo

Atacante tricampeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1970, foi 4º lugar na Copa do Mundo e de 1974 e terceiro em 1978. Conhecido pela técnica apurada - exemplificada no drible chamado de "elástico" - também tinha um chute muito forte, e um gênio explosivo. Foi ídolo do S.C. Corinthians Paulista e do Fluminense F.C.

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1965-1974 Corinthians Atacante
1970 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1970 Atacante
1972 Portuguesa Atacante
1974 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1974 Atacante
1975-1978 Fluminense Atacante
1978-1981 Al-Hilal Meio Campo
1978 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1978 Atacante
1979 ABC Atacante
1981 São Paulo Atacante
1984 Nacional de Manaus Atacante
1985 São José E.C. Atacante

Textos

Uma família de italianos vindos da cidade de Macchiagodena foi o núcleo onde Roberto Rivellino nasceu, em 1º de janeiro de 1946, em São Paulo, Brasil. Filho de Nicolino Rivellino, o “seu” Nicola, personagem fundamental em sua carreira (fazia o papel de empresário, ajudando-o nas negociações) e dona Olanda, Rivellino desenvolveu o gosto por futebol nas várias vezes em que jogava na rua, na região do Brooklin, em São Paulo, onde sempre viveu, além de assistir muito a jogos de várzea.

E foi na várzea que Rivellino começou a desenvolver seu talento, atuando pelo Clube Atlético Indiano, além de jogar futebol de salão pelo Esporte Clube Banespa. Não tardou e o jovem foi chamado para um teste, em 1958, no São Paulo. Foi reprovado e voltou à vida no Indiano e no Banespa até 1962, quando tentou a sorte no Palmeiras, então o clube de seu coração. Porém, no treino comandado por Mário Travaglini, o jogador mal foi experimentado. Insatisfeito, deixou o Palmeiras e continuou à espera de uma chance.

Ela surgiu no Corinthians, em 1963. Levado por José Castelli, o Rato, técnico das categorias inferiores do clube, Rivellino enfim foi aprovado. E provaria o seu talento pela primeira vez em 1964: com um time elogiado, o Corinthians sagrou-se campeão paulista de aspirantes, e Rivellino foi o grande destaque da equipe. Maloca (seu apelido na época) atraía os torcedores corintianos às partidas de aspirantes, só para vê-lo.

Não tardou e, em 1965, Rivellino foi promovido à equipe profissional do Corinthians. Rapidamente, começou a ser o principal jogador também nela, exibindo um repertório técnico, com destaque para os chutes fortes e para os dribles rápidos – principalmente o “elástico”, em que a perna esquerda passava rapidamente sobre a bola, antes de tocá-la para frente. Rivellino aprendeu o drible com Sérgio Echigo, seu companheiro nos aspirantes do Corinthians.

Em 1968 veio a primeira convocação oficial para a Seleção Brasileira, que Rivellino já defendera antes, em jogos não oficiais. Não tardaria para a titularidade também chegar com a camisa amarela, com a saída de João Saldanha e a chegada de Zagallo para o cargo de técnico. E a apoteose foi perfeita: a vitória na Copa de 1970, jogando em todas as partidas e fazendo gols importantes, como o primeiro da campanha, contra a Tchecoslováquia, e o que abriu a vitória contra o Peru, nas quartas de final.

Com o destaque pela Seleção, a cobrança pelo jejum do Corinthians sem títulos paulistas só fazia aumentar sobre Rivellino. Enfim, em 1974, ela explodiu. Após fazer uma boa participação na Copa do Mundo daquele ano pelo Brasil, o meio-campista foi o grande destaque no time que chegou à final do Campeonato Paulista. Mas, após a derrota para o Palmeiras, o jejum chegou a 20 anos sem conquistas estaduais. A imprensa pressionou-o. A torcida também. E Rivellino acabou deixando o Corinthians, após 10 anos, indo para o Fluminense.

No clube carioca os traumas acabaram. Rivellino tornou-se o grande protagonista da “Máquina Tricolor”, que conquistou dois títulos cariocas e chegou às semifinais do Campeonato Brasileiro em 1975 e 1976. Na Seleção Brasileira, Rivellino manteve seu destaque e chegou à Copa de 1978, mas uma lesão sofrida no primeiro jogo forçou-o a ficar de fora de boa parte da campanha, só voltando na decisão de 3º e 4º lugares, contra a Itália.

Logo depois do Mundial, Rivellino deixou o Fluminense, indo para o Al-Hilal, da Arábia Saudita. No clube saudita conquistou um Campeonato Árabe em 1979 e uma Copa do Príncipe em 1980. Ainda assim, em 1981, Rivellino retornou ao Brasil, à revelia dos dirigentes do Al-Hilal. Como retaliação, retiveram seu passe e proibiram sua contratação pelo São Paulo, onde o jogador vinha treinando. Assim, Riva encerrou a carreira.

Primeiramente, Rivellino montou uma escolinha de futebol, no bairro paulistano do Brooklin. Porém, em 1984, foi convidado pelo narrador Luciano do Valle para ser comentarista na TV Bandeirantes. Não só trabalhou na emissora por dez anos, mas também fez parte da Seleção Brasileira de Masters, iniciativa de Luciano, em 1987. Em 1994 Rivellino decidiu ir para o Japão, onde teve rápida passagem como treinador do Shimizu S-Pulse, antes de voltar ao Brasil – e à TV Bandeirantes, onde ficou até 2002. Nesse ano ainda comentou a Copa do Mundo pelo SporTV, antes de ter rápida passagem como diretor de futebol do Corinthians, em 2003.

Finalmente, em 2012, Rivellino voltou à televisão, como um dos debatedores do programa Cartão Verde, da TV Cultura, além de continuar comandando a escolinha de futebol que tem até hoje.

Bibliografia

CASTRO, Marcos de; MÁXIMO, João. Gigantes do futebol brasileiro. São Paulo: Civilização Brasileira, 2011.

UNZELTE, Celso. Os dez mais do Corinthians. Rio de Janeiro: Maquinária, 2008.

Pular para o conteúdo
Governo do Estado de SP