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Castilho

  • Carlos José Castilho
  • O Dono da Leiteria
Atuação
Goleiro(a)
Treinador(a)
Nascimento
27/04/1927
Niterói, Rio de Janeiro, Brasil
Morte
02/02/1987
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Goleiro, bicampeão mundial com a Seleção Brasileira em 1958 e 1962, foi titular na Copa de 1954 e reserva na Copa de 1950. Considerado o melhor goleiro da história do Fluminense.

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1945 Olaria Goleiro(a)
1946-1965 Fluminense Goleiro(a)
1950 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1950 Goleiro(a)
1954 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1954 Goleiro(a)
1958 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1958 Goleiro(a)
1962 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1962 Goleiro(a)
1965 Paysandu Goleiro(a)
1966 Olaria Treinador(a)
1967-1969 Paysandu Treinador(a)
1970 Sport do Recife Treinador(a)
1973-1974 Vitória Treinador(a)
1974-1975 Operário de Campo Grande Treinador(a)
1974-1975 Tiradentes do Piauí Treinador(a)
1976 Operário de Campo Grande Treinador(a)
1977 Internacional Treinador(a)
1977-1981 Operário de Campo Grande Treinador(a)
1980 Guarani Treinador(a)
1984-1986 Santos Treinador(a)
1984 Operário de Campo Grande Treinador(a)
1986 Palmeiras Treinador(a)

Textos

Embora tenha passado pelo Olaria, as oportunidades foram tão escassas que nem é possível considerar como revelação do time da Rua Bariri. Por intermédio do velho Coronel Menezes, pai do grande Ademir Menezes e agente informal de jogadores, conseguiu ir para o Fluminense, onde foi submetido a três longos dias de testes pelo então técnico Gentil Cardoso. Aproveitou para mostrar sua agilidade, senso de posicionamento, reposição de bola e muitas outras características que impressionaram o treinador, que mandou preparar o primeiro contrato profissional do goleiro, que tinha apenas 18 anos. E ficou nas Laranjeiras por outros 18, nos quais jogou 699 vezes, o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Tricolor. Campeão carioca em 1951, 1959 e 1964, do Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960 e da Copa Rio em 1952.
Chegou rapidamente à Seleção Brasileira. Sua primeira convocação foi em 1949, mas acabou cortado e não participou do Sul-Americano. Mas no ano seguinte foi o goleiro reserva na Copa do Mundo. Seria chamado ainda para mais três Mundiais, titular em 1954, reserva, mas bicampeão, em 1958 e 1962. Pelo Brasil ganhou ainda o Campeonato Pan-Americano de 1952 e as Taças Bernardo O'Higgins (1955), Oswaldo Cruz (1950 e 1962) e Roca (1957).
Mesmo sendo vitorioso, profissional exemplar e treinar muito, inclusive fora dos horários estipulados pela comissão técnica, sua característica mais lembrada era a sorte. Aliás, sobre seu estranho apelido é necessário contextualizar: conta-se que no início da década e 1950, um leiteiro ganhou na loteria, no concurso do dia de São João. No final do ano, o mesmo apostador ganhou novamente, desta vez na loteria do Natal. E assim "leiteiro" virou gíria para sortudo. Castilho tinha tanta sorte, com dois, três, quatro chutes seguidos acertando as traves que os cronistas esportivos comentavam que Castilho não era um simples leiteiro. Ele era o dono da leiteria.
Antes de largar a vida de goleiro, foi campeão paraense pelo Paysandu em 1965 e dois anos depois voltou a Belém, desta vez como técnico do Papão, ganhando mais dois estaduais em 1967 e 1969. No Operário de Campo Grande, foi tricampeão mato-grossense em 1976/77/78 e ainda levou o alvinegro ao 3º lugar no Campeonato Brasileiro de 1978. Depois foi campeão paulista pelo Santos em 1984. Em seguida foi levado pelo milionário futebol árabe.
Em fevereiro de 1987, estava de férias no Rio de Janeiro e após visitar a ex-esposa Vilma e ligar para Evelyna, segunda esposa, simplesmente jogou-se do prédio. Os comentários eram que o ex-goleiro sofria de depressão, mas muitos amigos duvidam que o bicampeão do mundo pudesse suicidar. Ficam as dúvidas e a saudade.

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