Guarani
- Guarani Futebol Clube
Jogadores e dirigentes
Quando | Quem | Atuação |
---|---|---|
Carlos Tozzi | Dirigente | |
Tião Nego | Atacante | |
1930-1931 | Zuza | Atacante |
1941-1948 | Zuza | Atacante |
1950-1951 | Maurinho | Atacante |
1954-1957 | Dalmo | Lateral |
1954 | Moacyr Corrêa | Meio Campo |
1956 | João Lima | Treinador(a) |
1960 | Renganeschi | Treinador(a) |
1964-1966 | Dalmo | Lateral |
1964 | Renganeschi | Treinador(a) |
1967 | Dalmo | Lateral |
1967 | Eduardo José Farah | Dirigente |
1969-1978 | Amaral | Zagueiro(a) |
1969-1976 | João Marcos | Goleiro(a) |
1969-1971 | Renganeschi | Treinador(a) |
1969 | Rubens Minelli | Treinador(a) |
1974 | Vadão | Meio Campo |
1977-1982 | Careca | Atacante |
1977 | Paulo Emílio | Treinador(a) |
1978 | Paulo Amaral | Treinador(a) |
1979-1986 | Júlio César | Zagueiro(a) |
1980 | Castilho | Treinador(a) |
1980-1984 | Jorge Mendonça | Atacante |
1981-1982 | Jayme de Almeida | Zagueiro(a) |
1981 | José Teixeira | Treinador(a) |
1982-1986 | Wilson Gottardo | Zagueiro(a) |
1983 | Jayme de Almeida | Zagueiro(a) |
1985-1988 | Evair | Atacante |
1985-1988 | Ricardo Rocha | Zagueiro(a) |
1985-1986 | Waldir Perez | Goleiro(a) |
1986-1989 | Tite | Meio Campo |
1987-1988 | Mauro Silva | Meio Campo |
1987 | Sebastião Lazaroni | Treinador(a) |
1988 | Paulo Isidoro | Meio Campo |
1988-1989 | Vagner Mancini | Meio Campo |
1989 | Adil | Atacante |
1989 | Evaristo de Macedo | Treinador(a) |
1989-1991 | Fernando Pereira da Silva | Treinador(a) |
1989-1990 | Washington | Atacante |
1991 | Carlos | Goleiro(a) |
1991 | Édson | Zagueiro(a) |
1992-1995 | Amoroso | Atacante |
1992 | Edílson | Atacante |
1992-1993 | Luizão | Atacante |
1992 | Oscar | Treinador(a) |
1992 | Pepe | Treinador(a) |
1993-1994 | Djalminha | Meio Campo |
1993 | Marco Aurélio Cunha | Dirigente |
1993 | Raudinei | Atacante |
1994-1995 | Djalminha | Meio Campo |
1994 | Levir Culpi | Treinador(a) |
1994-1995 | Luizão | Atacante |
1995-2003 | Edu Dracena | Zagueiro(a) |
1995-2010 | Fernando Pereira da Silva | Treinador(a) |
1995 | Pepe | Treinador(a) |
1995 | Vadão | Treinador(a) |
1996 | Adil | Atacante |
1996 | Carlinhos | Treinador(a) |
1996 | Fernando Diniz | Meio Campo |
1996-2000 | Renato | Meio Campo |
1997 | Lica | Zagueiro(a) |
1997-1998 | Mineiro | Meio Campo |
1997-1998 | Vadão | Treinador(a) |
1998-2000 | Elano | Meio Campo |
2000 | Capitão | Meio Campo |
2000 | Darío Pereyra | Treinador(a) |
2000 | Ricardo Gomes | Treinador(a) |
2001 | Lica | Zagueiro(a) |
2003 | Pepe | Treinador(a) |
2004 | Joel Santana | Treinador(a) |
2004 | Viola | Atacante |
2006-2009 | Thiago Santi Maria | Preparador(a) Físico(a) |
2006 | Toninho Cerezo | Treinador(a) |
2006 | Zé Elias | Meio Campo |
2007-2008 | Roberval Davino | Treinador(a) |
2009-2010 | Amoroso | Atacante |
2009-2012 | Helio Zampier Neto | Zagueiro(a) |
2009-2010 | Vadão | Treinador(a) |
2010 | Vagner Mancini | Treinador(a) |
2012 | Danilo | Meio Campo |
2012 | Vadão | Treinador(a) |
2013 | Branco | Treinador(a) |
2015-2016 | Pintado | Auxiliar Técnica(o) |
2017-2018 | Fernando Diniz | Treinador(a) |
Textos
HISTÓRICO DOS TIMES
GUARANI FUTEBOL CLUBE
A Praça Carlos Gomes, situada no centro da cidade de Campinas (localizada a cerca de 100 quilômetros da cidade de São Paulo), servia ao que se esperava de uma praça em uma cidade brasileira como Campinas no início do século XX, à época com sua economia voltada basicamente à cafeicultura e uma população estimada em torno de 115.000 habitantes. Era na Praça Carlos Gomes que pessoas de diversas origens e ocupações no mundo se encontravam. E foi nesta praça que, em 1911, se encontraram alguns jovens de ascendência italiana, com idade entre 12 e 19 anos, dispostos a criar um time de futebol.
Um destes jovens, José Trani, sugeriu que o nome do time fizesse alusão ao compositor a quem a praça homenageava. Assim, a ópera Guarani, baseada no romance homônimo de José de Alencar, foi lembrada para servir de nome ao novo time que ali se criava. As cores verde e branco foram sugeridas por Romeo de Vito, em alusão à grama e à luz do dia. Esse encontro realizou-se em 1º de abril, dia que na época já estava instituído como o Dia da Mentira. Com isso, registrou-se como data de fundação do time o dia 2 de abril de 1911. O primeiro jogo realizado foi contra o Sport Club XV de Novembro, de Campinas mesmo: derrota por 3 a 0.
Em 1923, o Guarani Futebol Clube inaugurou o “Pastinho”, primeiro estádio próprio de um time de futebol do interior do estado de São Paulo. Para a disputa da partida de inauguração foi convidado o Club Athlético Paulistano; a vitória foi dos anfitriões, por 1 a 0, gol de Zequinha. Em 1926, veio o convite da Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) para participar do Campeonato Paulista por ela organizado. Por ser contrário à profissionalização do futebol, o Guarani Futebol Clube volta a disputar campeonatos amadores de Campinas e do interior. O retorno à divisão principal do Campeonato Paulista ocorreu em 1950, após a conquista do título da segunda divisão no ano anterior.
Uma arrecadação de fundos feita junto aos torcedores do time garantiu a construção de um novo estádio, projetado pelos arquitetos Ícaro de Castro Melo e Osvaldo Correia Gonçalves e inaugurado em 31 de maio de 1953. Uma foto da maquete foi apresentada na redação do jornal Correio Popular, inclusive ao jornalista João Caetano Moreira Filho, que, ao ver a imagem da maquete, a teria associado a um brinco. Pelo fato de Campinas ser conhecida como “Princesa d’Oeste”, Moreira Filho deu o seguinte título à manchete da reportagem que tratava da inauguração do estádio: Brinco de ouro para a Princesa. A reportagem popularizou a construção do novo estádio, e quando chegou o momento de batizá-lo, o nome Brinco de Ouro da Princesa, instituído extraoficialmente, tornou-se oficial. Na partida de inauguração, uma vitória sobre outro alviverde, a Sociedade Esportiva Palmeiras, por 3 a 1. Ao longo das décadas de 1950 e 1960 o Guarani Futebol Clube viu crescer sua popularidade, o que lhe deu base para a projeção nacional que adquiriria nos anos 1970.
Foi nessa época que o presidente Leonel Martins de Oliveira solicitou junto ao departamento social do Guarani Futebol Clube a composição de um hino oficial. Através de Antônio Carlos Milanês, a demanda chegou a Oswaldo Guilherme, jornalista e compositor campineiro, que acabou por compor Os Bugrinos, hino oficial que foi apresentado à torcida pela primeira vez no dia 8 de agosto de 1976, antes de uma partida contra a Sociedade Esportiva Palmeiras, válida pelo Campeonato Paulista daquele ano, cujo resultado final foi um empate em 2 a 2.
Em 1978, veio aquele que talvez seja o título mais expressivo de sua história: o Guarani Futebol Clube conquistou o Campeonato Brasileiro, com o meia-esquerda Zenon (1976-1980) e o atacante Careca (1978-1982) como destaques. A vitória sobre o Palmeiras no primeiro jogo foi por 1 a 0, gol de pênalti marcado por Zenon, em jogo realizado no Morumbi, com público de quase cem mil torcedores (99.829) e que teve Arnaldo César Coelho como árbitro. A final que sacramentou a conquista do campeonato foi também por 1 a 0, com gol de Careca, no Brinco de Ouro.
Além do Campeonato Brasileiro de 1978 (o primeiro conquistado por um time do interior), também compõem a galeria do Bugre os títulos do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão – Taça de Prata (1981), do módulo amarelo do Campeonato Brasileiro (1987), três títulos do Torneio Início do Campeonato Paulista (1953, 1954 e 1956) e doze títulos do Campeonato da Cidade de Campinas (1916, 1919, 1920, 1938, 1939, 1941, 1942, 1944, 1945, 1946, 1953 e 1957).
Em relação aos jogadores que se destacaram em suas passagens pelo Bugre estão, além dos já citados Careca e Zenon, o ponta-direita Maurinho (1951-1952), o volante Flamarion (1968-1977), o meia-esquerda Washington (1972-1974), o zagueiro Amaral (1974-1978), o meia-esquerda Neto (1983-1986, 1988 e 1995), o centroavante Evair (1985-1988), o zagueiro Ricardo Rocha (1985-1988), o meia Djalminha (1993-1995) o atacante Amoroso (1992-1994 e 1995) e o centroavante Luizão (1990-1993).
O principal rival do Guarani Futebol Clube é a Associação Atlética Ponte Preta. Na história do derby campineiro, o Bugre possui vantagem de 65 vitórias, contra 58 vitórias do rival, 61 empates e um resultado desconhecido.
REFERÊNCIAS:
FARAH NETO, José Jorge; KUSSAREV JR, Rodolfo. Almanaque do Futebol Paulista 2000. São Paulo: Panini, 2000.
MAZZONI T. História do futebol no Brasil. São Paulo: [s.n.], 2007.
MINI-ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Areté, 2004.
SITE OFICIAL DO GUARANI FUTEBOL CLUBE.
VIVAN, Diego. Sobrevivendo à Lei Pelé: um olhar sobre a trajetória do Guarani Futebol Clube. Campinas: Impressão Digital do Brasil Gráfica e Editora Ltda., 2007.