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Edinho

  • Edino Nazareth Filho
Atuação
Zagueiro(a)
Treinador(a)

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1973-1987 Fluminense Zagueiro(a)
1978 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1978 Zagueiro(a)
1982-1987 Udinese Zagueiro(a)
1982 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1982 Zagueiro(a)
1986 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1986 Zagueiro(a)
1987-1989 Flamengo Zagueiro(a)
1989 Grêmio Zagueiro(a)
1989 Náutico Zagueiro(a)
1991-1993 Fluminense Treinador(a)
1992 Botafogo Treinador(a)
1994-1995 Flamengo Treinador(a)
1996 Vitória Treinador(a)
1997 Portuguesa Treinador(a)
1998 Grêmio Treinador(a)
1998 Fluminense Treinador(a)
2002-2003 Goiás Treinador(a)
2003 Bahia Treinador(a)
2003 Vitória Treinador(a)
2004-2005 Brasiliense Treinador(a)
2005 Athletico Paranaense Treinador(a)
2005 Sport do Recife Treinador(a)
2006 Portuguesa Treinador(a)
2010 Joinville Treinador(a)

Textos

Edino Nazareth Filho nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 5 de junho de 1955. Sua primeira experiência com o esporte foi quando começou a jogar futebol de areia, no início da adolescência. Primeiramente, Edinho jogava na equipe de praia do Radar, quando morava no bairro de Copacabana, em sua cidade natal. Depois, ao mudar-se para o bairro do Leme, entrou para o time do Copaleme. Ao mesmo tempo em que atuava no futebol de areia, Edinho também jogava em outras modalidades, como o futebol de salão.

            Sua passagem pelo futebol de campo começou em 1969, aos 13 anos, quando Edinho foi fazer um teste no Fluminense FC. Aprovado no mesmo dia, ele foi atuar na equipe infantil do clube, sendo depois promovido nos sucessivos times de base ao longo dos anos seguintes. Tendo começado como atacante, Edinho foi recuado para o meio-campo, e daí para a zaga, onde ficaria por toda a sua carreira. Em 1973, aos 18 anos, Edinho jogou pela primeira vez na equipe profissional do Fluminense, embora ainda fosse da equipe juvenil do clube.

            Como ainda jogava nos juvenis do Fluminense, sendo considerado jogador amador, Edinho estava liberado para atuar nas categorias menores da Seleção Brasileira. Por isso, atuou em vários torneios com a equipe juvenil do Brasil. Primeiramente, foi titular da equipe que conquistou o torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México, em 1975. Depois, disputou o Torneio Pré-Olímpico, na cidade do Recife, Pernambuco, já no início de 1976 e, finalmente, esteve no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Montreal, no qual o Brasil terminou com a quarta colocação.

            No Fluminense, Edinho foi titular do time que ficou conhecido como “Máquina Tricolor”, fortalecido após as contratações de jogadores como Rivellino, Doval e Carlos Alberto Torres, e celebrizado pela presença do juiz de direito Francisco Horta como presidente. Além de alcançar as semifinais do Campeonato Brasileiro de 1976, o time conquistou o Campeonato Carioca em 1975 e 1976.

Com a boa fase, Edinho foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira adulta, pelo técnico Oswaldo Brandão. Estreou num amistoso não oficial contra um combinado de jogadores do Fluminense e do Clube de Regatas do Flamengo, em 30 de janeiro de 1977, encerrado com um empate por 1 a 1. A primeira partida oficial de Edinho pela Seleção Brasileira foi em 9 de março, na goleada por 6 a 0 sobre a Colômbia, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1978.

Ainda durante as eliminatórias, Oswaldo Brandão foi demitido do cargo de treinador e substituído por Cláudio Coutinho, que manteve Edinho como presença frequente nas convocações para a Seleção Brasileira, terminando por relacioná-lo entre os 22 jogadores chamados para a Copa do Mundo de 1978. Sendo escalado como lateral esquerdo, Edinho participou de três partidas naquele Mundial.

No Fluminense, Edinho continuou como titular absoluto. Alcançou um dos momentos de maior importância na sua carreira em 1980: no Campeonato Carioca, marcou o gol decisivo na final, disputada contra o CR Vasco da Gama, vencida por 1 a 0. O Fluminense conquistou mais um título estadual e Edinho foi considerado o grande destaque daquele campeonato.

Pela Seleção Brasileira, mesmo sem ser titular, Edinho continuou sendo convocado pelo técnico Telê Santana, atuando em um jogo das eliminatórias para a Copa do Mundo de 1982, além de sete amistosos. Em 1982, Edinho ganhou a Bola de Prata da revista Placar, como um dos melhores zagueiros do Campeonato Brasileiro. O jogador foi incluído na lista de 22 convocados para a Copa, jogando somente a partida contra a seleção da Nova Zelândia e ficando o resto do torneio entre os reservas.

Durante a Copa do Mundo, Edinho definiu a sua contratação pela Udinese Calcio, de Udine, Itália, já encaminhada antes do torneio. Na equipe italiana, ele foi acompanhado por Zico, que se transferiu para a Udinese em 1983. Porém, mesmo titular na Udinese, o zagueiro só voltou a ser convocado para a Seleção Brasileira em 1985, com o retorno de Telê Santana e o início das eliminatórias da Copa do Mundo de 1986. Titular em todos os jogos da qualificação, Edinho novamente foi lembrado para a Copa.

Convocado para o torneio, desta vez Edinho não só jogou em todas as partidas da Seleção Brasileira, mas também foi o capitão da equipe, e ainda marcou um gol, contra a seleção da Polônia, nas oitavas de final. A partida contra a França, com a qual o Brasil foi eliminado, marcou o fim da passagem de Edinho pela Seleção, após 59 jogos e quatro gols marcados.

Edinho retornou ao futebol brasileiro em 1987, sendo contratado pelo Flamengo. Nesse clube conquistou o seu primeiro Campeonato Brasileiro, a Copa União, como titular na zaga da equipe. Em seguida, voltou ao Fluminense, onde ficou mais um ano. Em 1989, contratado pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, Edinho foi o capitão da equipe na conquista da primeira edição da Copa do Brasil, disputada naquele ano. E, ao final de 1989, encerrou a sua carreira de jogador.

Em 1991, Edinho passou a atuar como treinador, no próprio Fluminense, e ganhou a Taça Guanabara. Desde então, teve passagens importantes em times como o Botafogo de Futebol e Regatas (1992), o Flamengo (1994 a 1995), o EC Vitória (1996, ano em que conquistou o Campeonato Baiano com o time), o Goiás EC (de 2002, quando ganhou a Copa Centro-Oeste e o Campeonato Goiano, a 2003) e o Brasiliense FC (2004, vencendo o Campeonato Brasileiro da Série B).

O último clube treinado por Edinho foi o Americana Futebol, de Americana, São Paulo, entre 2010 e 2011. Desde então, inativo como treinador, Edinho tornou-se comentarista do canal SporTV, em 2012.

Bibliografia

- Depoimento de Edinho ao Projeto Futebol, memória e patrimônio, mantido pelo Museu do Futebol em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

- DUARTE, Marcelo. MENDES, Mário. Enciclopédia dos craques. São Paulo, Panda Books, 2010.

- NAPOLEÃO, Antônio Carlos. ASSAF, Roberto. Seleção Brasileira, 1914-2006. Rio de Janeiro, Mauad, 2006.

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