Athletico Paranaense
- Clube Athletico Paranaense
Clube de futebol profissional sediado em Curitiba (PR), nasceu da fusão do International Foot-Ball Club e do América Football Club. Do primeiro herdou a cor preta e do segundo a cor vermelha, que aparecem juntas, de maneria estilizada, na camisa principal, complementada por calções e meias pretas. O apelido Furacão nasceu em 1949, através da manchete "Furacão Levou o Tigre de Roldão", publicado no jornal Desportos Ilustrados, após goleada do rubro-negro por 5X1 sobre o Britânia. E consolidou-se através do título de campeão paranaense daquele ano, com 11 vitória consecutivas em 12 jogos. Tem campo próprio, o Estádio Joaquim Américo Guimarães, mais conhecido como Arena da Baixada, cuja aapacidade é de 42.370 lugares.
Jogadores e dirigentes
Quando | Quem | Atuação |
---|---|---|
1991-1992 | Biluca | Zagueiro(a) |
1968-1971 | Dorval | Atacante |
1962 | João Lima | Treinador(a) |
1962 | Sadi | Zagueiro(a) |
1963-1964 | Raul Plassmann | Goleiro(a) |
1968-1969 | Bellini | Zagueiro(a) |
1968-1972 | Sicupira | Meio Campo |
1968-1970 | Zequinha | Meio Campo |
1969-1971 | Djalma Santos | Treinador(a) |
1969-1971 | Djalma Santos | Lateral |
1972-1975 | Sicupira | Meio Campo |
1975 | Brito | Zagueiro(a) |
1979-1981 | Anselmo Reichardt | Atacante |
1982 | Albeneir | Atacante |
1982-1984 | Carlinhos Neves | Preparador(a) Físico(a) |
1982-1984 | Rafael Cammarota | Goleiro(a) |
1982-1983 | Washington | Atacante |
1985 | Rondinelli | Zagueiro(a) |
1986-1988 | Adílson Batista | Zagueiro(a) |
1986-1987 | Levir Culpi | Treinador(a) |
1988 | Juninho Fonseca | Zagueiro(a) |
1990-1991 | Rafael Cammarota | Goleiro(a) |
1991 | Andrade | Meio Campo |
1992 | Washington | Atacante |
1993 | Paulo Emílio | Treinador(a) |
1994-1995 | Serginho Prestes | Meio Campo |
1995 | Evandro Mota | Outras(os) |
1995-1997 | Mário Celso Petraglia | Dirigente |
1996 | Emerson Leão | Treinador(a) |
1996 | Evaristo de Macedo | Treinador(a) |
1997-1998 | Abel | Treinador(a) |
1998 | Pepe | Treinador(a) |
1998 | Rubens Minelli | Dirigente |
1999-2003 | Kléberson | Meio Campo |
1999 | Mário Celso Petraglia | Dirigente |
1999-2000 | Vadão | Treinador(a) |
2000 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
2000 | Silas | Meio Campo |
2001 | Paulo César Carpegiani | Treinador(a) |
2002 | Abel | Treinador(a) |
2002-2005 | Fernandinho | Meio Campo |
2003-2004 | Levir Culpi | Treinador(a) |
2003-2004 | Michel Bastos | Lateral |
2004-2007 | Juvenilson de Souza | Preparador(a) Físico(a) |
2005 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
2005 | Edinho | Treinador(a) |
2005-2006 | Evaristo de Macedo | Treinador(a) |
2006 | Carlos Fernando Navarro Montoya | Goleiro(a) |
2006 | Lothar Matthaus | Treinador(a) |
2006 | Michel Bastos | Lateral |
2006-2007 | Vadão | Treinador(a) |
2007 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
2007-2008 | Marcelo Ramos | Atacante |
2008-2009 | Juvenilson de Souza | Preparador(a) Físico(a) |
2009 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
2009 | Jorge Preá | Atacante |
2010 | Paulo César Carpegiani | Treinador(a) |
2010 | Samuel Vanegas | Zagueiro(a) |
2011 | Adílson Batista | Treinador(a) |
2011 | Antônio Lopes | Treinador(a) |
2011 | Carlinhos Neves | Preparador(a) Físico(a) |
2011 | Kléberson | Meio Campo |
2011-2016 | Mário Celso Petraglia | Dirigente |
2012 | Ricardo Drubscky | Auxiliar Técnica(o) |
2012-2017 | Weverton | Goleiro(a) |
2013-2014 | Antônio Lopes | Dirigente |
2013 | Ricardo Drubscky | Treinador(a) |
2013 | Vagner Mancini | Treinador(a) |
2014-2015 | Eduardo Barros | Treinador(a) |
2016-2017 | Bruno Pivetti | Auxiliar Técnica(o) |
2016-2017 | Paulo Autuori | Treinador(a) |
2017 | Grafite | Atacante |
2018 | Fernando Diniz | Treinador(a) |
2019 | Augusto Moura de Oliveira | Dirigente |
2019-2020 | Eduardo Barros | Treinador(a) |
2020-2021 | Paulo Autuori | Treinador(a) |
2022-? | Alexandre Mattos | Dirigente |
Textos
É preciso saber a história de dois times de Curitiba no início do século XX para que se compreenda como surgiu Clube Athletico Paranaense. O Internacional Foot-Ball Club foi fundado em 22 de maio de 1912. Dois anos depois, em 24 de maio, jogadores de seu segundo quadro fundaram outro time, o América Football Club, que logo ganhou a predileção dos moradores mais abastados da cidade. Dirigentes destes dois times se viram às voltas com dificuldades econômicas pelas quais passavam, e vislumbraram uma fusão como a solução para tais dificuldades. Uma reunião realizada no dia 26 de março de 1924 marcou a fusão de ambos. Nascia ali o Clube Athletico Paranaense, que herdou o vermelho do América e o preto do Internacional para tornar-se rubro-negro.
Em seu primeiro jogo, o uniforme utilizado foi de camisas brancas com listras pretas. Era o uniforme de treino do Internacional, ao qual tiveram que recorrer por falta de tempo para confeccionar um uniforme com as cores oficiais do novo time. Na partida de estreia, contra o Universal, o resultado foi uma vitória por 4 a 2. Quem fez o primeiro gol da história do Athletico Paranaense foi Marreco. Já o primeiro campeonato disputado foi o Torneio Início, que era tido como uma preparação para o Campeonato Paranaense. Neste torneio, a partida de estreia foi contra o Coritiba Foot Ball Club, clube que viria a ser seu principal rival. O resultado foi favorável ao rubro-negro: 2 a 0, gols de Ary no primeiro tempo e Motta no segundo.
Não demorou para que o clube conquistasse um título de expressão. Apenas um ano após sua fundação, veio o título do Campeonato Paranaense, conquistado com uma vitória sobre o Universal por 3 a 1. Este jogo foi disputado como previsto pelo regulamento, já que ambas as equipe terminaram empatadas ao final dos dois turnos do campeonato. Vieram ainda mais duas conquistas do Campeonato Paranaense naquela década (em 1929 e 1930), bem como a primeira conquista de um time do Paraná na era do profissionalismo, ocorrida em 1936. Ao longo de sua história conquistou 24 títulos do campeonato estadual.
A alcunha “Furacão” foi dada pela imprensa no final dos anos 1940, mais especificamente em 1949. A equipe daquele ano é considerada por parte significativa dos torcedores como a melhor que o clube já teve em toda a história. Integraram este time o atacante Jackson (1944-1950-1952-1956) e o goleiro Alfredo Gattardi, mais conhecido por Caju (1933-1949). Esta conquista veio após uma campanha de onze vitórias e apenas uma derrota, e gerou também uma mudança no mascote do time. O primeiro foi o Cartolinha, alusão aos trajes que os mais abastados de Curitiba vestiam para acompanhar o time nos estádios; após a conquista de 1949, o mascote foi trocado pelo “Furacão”, com as características comuns aos seres mitológicos: metade homem, metade animal – no caso, metade homem, metade fenômeno da natureza. O primeiro hino data de 1925, com letra de Antonio Mellilo e Correia Junior e música de Antonio Mellilo. Já o hino popular data de 1943, sua letra foi composta por Zinder Lins (que também foi jogador do time e atuou como meia entre 1929 e 1939) e a música por Genésio Ramalho.
As décadas de 1940, 1950 e 1960 foram de poucos títulos. No campeonato de 1967, foi o último colocado e acabou rebaixado para a segunda divisão. Em 1968, o advogado Jofre Cabral e Silva assumiu a presidência do clube e conseguiu convencer os demais cartolas que seu clube deveria permanecer na primeira divisão. Feito isso, Cabral e Silva fez algumas contratações que até então eram as maiores que o futebol paranaense havia visto: o zagueiro Bellini (1968-1969) – integrante da seleção bicampeã da Copa do Mundo (1958-1962) e capitão da seleção em 1958, o lateral-direito Djalma Santos (1968-1971) – outro bicampeão da Copa do Mundo (1958-1962), o zagueiro Nílson Borges (1968-1974), o atacante Zé Roberto (1968-1970) e o ponta Barcímio Sicupira Júnior, o Sicupira (1968-1976), que ostenta até hoje o posto de maior artilheiro da história do rubro-negro, com 154 gols. Em 1970, veio enfim a conquista do título estadual.
As contratações do meia Assis (1982-1983) e do centroavante Washington (1982-1983) foram o início da mudança de sorte do time nos anos 1980. Vieram cinco títulos do Campeonato Paranaense (1982-1983-1985-1988-1990). Na década seguinte, em 1995, veio o título da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, ocasião em que os atacantes Paulo Rink (1990-1995 e 1997) e Oséas (1995-1997) se destacaram. Em 1997 teve início um ambicioso projeto de remodelação do Estádio Joaquim Américo, que cedeu lugar à Arena da Baixada, inaugurando a Era das Arenas - estádios modernos com comodidades como cadeiras e estacionamento, concebidos para receber shows e outros espetáculos, para além dos jogos de futebol. Por questões burocráticas e comerciais, houve um atraso e a arena só foi terminada em 2014, tendo sido uma das sedes da Copa do Mundo daquele ano.
Enquanto isso dentro de campo o Furacão demonstrava sua força ao ganhar a Seletiva para a Copa Libertadores da América em 1999, estreando na competição sul-americana em 2000. Se a torcida estava feliz, em 2001 foi ainda melhor com a conquista, pela primeira vez, do Campeonato Brasileiro, batendo por 2X1 e 1X0 a sensação paulista A.D. São Caetano. Faziam parte do time o atacante Alex Mineiro (2001-2003 e 2007) e o volante Kléberson (1999-2003) – este, também campeão da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira em 2002. Em 2004 foi vice-campeão brasileiro e no ano seguinte vice-campeão da Libertadores, após não conseguir mandar o jogo de ida da final em casa, porque a Arena da Baixada ainda não tinha atingido a capacidade de 40 mil lugares, exigência da CONMEBOL.
Em 2011, terminou o Campeonato Brasileiro em 17º lugar e foi rebaixado. Mas por apenas um ano, em 2013 estava de volta à Série A. Em 2018 conquistou a Copa Sul-Americana, primeiro título internacinal do futebol paranaense, após derrotar por 4X3, nos pênaltis, o time do C.A. Junior, de Barraquilla (Colômbia).