CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol

De 28 de maio a 20 de outubro de 2019

CONTRA-ATAQUE! foi mais do que uma exposição. Foi um manifesto pela igualdade em campo. O Museu do Futebol resgatou as histórias de resistência das atletas e amadoras que jogaram mesmo quando as mulheres estavam proibidas por Lei de jogar futebol no Brasil, entre 1941 e 1979. Uma história apagada por muitos e que tem tudo a ver com a atual situação da modalidade.

Data
28.05.2019 – 20.10.2019
Exposição encerrada

Público
170.000 visitantes

Local
Museu do Futebol

Endereço
Estádio do Pacaembu
Praça Charles Miller, s/n
São Paulo – SP

Por que contra-ataque?

No jogo de futebol, um contra-ataque ocorre quando um dos times recupera a posse da bola e avança rapidamente em direção ao gol, sem deixar espaço para a armação da defesa do time adversário. Essa jogada extremamente emocionante foi a metáfora escolhida para narrar a trajetória da modalidade, proibida por decreto-lei no Brasil por décadas.
Na exposição CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol, a palavra CONQUISTA apresentou um sentido muito mais amplo do que apenas vencer partidas e torneios. CONTRA-ATAQUE! contou como as mulheres tiveram de lutar para conquistar o direito ao jogo, a uniformes adequados aos seus corpos, à participação na gestão esportiva, na arbitragem, na imprensa e o direito também à livre circulação nas arquibancadas.
Foi um contra-ataque também dentro do Museu do Futebol. Inaugurado em 2008 como um espaço para a celebração da identidade brasileira expressa por meio do esporte, nosso museu só incluiu jogadoras na exposição de longa duração a partir de 2015. Até chegarmos a uma mostra exclusiva para o futebol feminino, quatro anos depois, foi um longo caminho de escutas, construção de relacionamento com atletas e dirigentes, e de compreensão de que esta história deveria ser contada da perspectiva de quem mais sofreu com ela: as próprias mulheres.

Quem tem medo de meninas que jogam bola?

CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol teve quatro curadoras: a ex-jogadora e dirigente Aline Pellegrino; a historiadora Aira Bonfim, a jornalista Lu Castro e a pesquisadora Silvana Goellner. A cenografia foi assinada por Daniela Thomas. E os roteiros educativos foram elaborados por uma equipe de educadoras do Museu do Futebol. Foram dezenas de mulheres envolvidas em diversas etapas da concepção, montagem e gestão da mostra.

Como resultado, pela primeira vez na história o público do Museu do Futebol ficou dividido igualmente entre mulheres e homens que, historicamente, eram de 70% a 80% dos visitantes. Jogamos luz sobre a período de proibição do futebol feminino, possibilitando que o status da modalidade hoje fosse colocado em perspectiva e – mais importante – que as novas gerações de meninos e meninos estejam mais conscientes das estruturas machistas que ditaram (e ditam) os rumos do futebol.

O ano dos recordes no futebol feminino

Realizar uma exposição sobre futebol feminino era um desejo antigo da equipe do Museu do Futebol, mas uma conjunção de fatores possibilitou que ela acontecesse em 2019. Um deles foi a realização da Copa do Mundo de Futebol Feminino na França. Desde o começo do ano, era possível perceber que a modalidade receberia uma atenção diferente. A movimento feminista tinha recebido novo fôlego meses antes e até as marcas começaram a perceber o potencial de visibilidade da competição.

De fato, várias marcas foram batidas neste ano: o Mundial teve audiência de mais de um bilhão de espectadores. Pela primeira vez, a  transmissão em TV aberta possibilitou o crescimento do público no Brasil, com recorde de 30 milhões de pessoas assistindo a Brasil x França pelas oitavas de final. Houve recordes de público nos estádios, incluindo em São Paulo, com 28 mil pessoas assistindo Corinthians x São Paulo pela final do Paulistão feminino.

Museu do Impedimento

Como parte das atividades da exposição CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol, realizamos em parceria com o Google o projeto Museu do Impedimento, ação colaborativa que reuniu histórias e memórias compartilhadas pelo público sobre as mulheres que ousaram jogar durante o período de proibição da prática desse esporte no Brasil, entre 1941 e 1979. As fotografias e documentos compartilhados foram curados e serão conservados pelo Museu, que preparou seis exposições virtuais sobre o tema e disponibiliza todos esses materiais através do Google Arts & Culture. Acesse.

Eventos

Imagens da exposição

Material de divulgação

Skip to content
Governo do Estado de SP