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Zagallo

  • A Formiguinha
  • Mário Jorge Lobo Zagallo
  • O Velho Lobo
Atuação
Atacante
Treinador(a)
Auxiliar Técnica(o)
Nascimento
09/08/1931
Maceió, Alagoas, Brasil
Morte
05/01/2024
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Único tetracampeão mundial de futebol, tendo conquistado a Copa do Mundo duas vezes como jogador (1958 e 1962), como treinador (1970) e como coordenador (1994). Comandou a Seleção Brasileira nos Mundiais de 1974 (4º lugar) e 1998 (vice-campeão), Copa América de 1995 (vice-campeão) e 1997 (campeão), Copa das Confederações em 1997 (campeão), Copa de Ouro da CONCACAF em 1996 (vice-campeão) e 1998 (3º lugar) e Jogos Olímpicos de 1996 (medalha de bronze). Faleceu aos 92 anos de falência múltipla dos órgãos, o velório foi na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e foi enterrado no Cemitério São João Batista, no bairro carioca de Botafogo.

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1948-1949 America Atacante
1950-1958 Flamengo Atacante
1958-1965 Botafogo Atacante
1967-1970 Botafogo Treinador(a)
1975 Botafogo Treinador(a)
1978 Botafogo Treinador(a)
1988 Botafogo Treinador(a)
1988-1989 Seleção Emiratense Treinador(a)
2006 Seleção Brasileira Copa do Mundo 2006 Auxiliar Técnica(o)
03/06/1984-01/08/1985 Flamengo Treinador(a)
08/01/1972-15/12/1973 Flamengo Treinador(a)
1958 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1958 Atacante
1962 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1962 Atacante
1970 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1970 Treinador(a)
1971 Fluminense Treinador(a)
1974 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1974 Treinador(a)
1976-1978 Seleção Kuwaitiana Treinador(a)
1979 Fluminense Treinador(a)
1979 Al-Hilal Treinador(a)
1980-1981 Vasco da Gama Treinador(a)
1981-1984 Seleção Saudita Treinador(a)
1986-1987 Bangu Treinador(a)
1990 Vasco da Gama Treinador(a)
1994 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1994 Auxiliar Técnica(o)
1998 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1998 Treinador(a)
24/10/2000-15/11/2001 Flamengo Treinador(a)
29/12/1998-04/10/1999 Portuguesa Treinador(a)

Textos

Poucas pessoas tiveram a vida tão entrelaçada pelo futebol e pela Seleção Brasileira como Zagallo.
E o começo foi de berço, já que era filho de Haroldo Zagallo, que estudou na Inglaterra, onde conheceu o football e quando retornou a Maceió filiou-se ao CRB. Era então um clube exclusivo para a prática do remo, mas Haroldo conseguiu convecer os sócios a abrirem espaço para o esporte bretão e assim em 1916 o CRB disputou os primeiros jogos e com o primeiro Zagallo em campo. Anos depois, já como diretor da Fábrica de tecidos Alexandria, de propriedade da família, mudou-se para o Rio de Janeiro, levando o filho Mário Jorge de apenas oito meses.
A família estabeleceu-se no bairro da Tijuca e logo se associaram ao America F.C., onde o jovem Zagallo começou a se especializar em ganhar títulos: foi campeão juvenil de tênis de mesa, campeão amador de futebol e do Torneio Início de 1949.
Logo em seguida foi servir ao Exército e acabou escalado para fazer a segurança na final da Copa do Mundo de 1950 e foi mais um dos milhares de brasileiros que foram da esperança à dor naquele 16 de julho. Depois do Maracanazo decidiu dedicar-se de vez ao futebol e foi para o C.R. do Flamengo onde assinou o primeiro contrato profissional em 1951. 
Pelo Rubro-Negro foram 256 jogos, 26 gols, foi bicampeão do Torneio Início (1951 e 1952) e tricampeão carioca (1953, 1954 e 1955). Apesar de ser ponta-esquerda tinha como principal característica jogar recuado apoiando tanto meio-campo quanto ajudando o lateral Jordan na marcação, ideia do treinador Fleitas Solich, "El Brujo". Tanta resistência física num corpo franzino lhe rendeu o apelido de Formiguinha.
A disciplina tática, aliada à técnica e visão de jogo, lhe garantiu uma vaga na lista de convocados para o período de treinamentos para a Copa do Mundo de 1958. Era apontado como terceira opção para a ponta-esquerda, atrás de Canhoteiro e Pepe. Mas o primeiro demonstrou pouco interesse na vaga e foi cortado, enquanto Pepe se machucou às vésperas da estreia da Seleção. Assim Zagallo foi titular absoluto na Copa de 1958, e junto com Gylmar e Nílton Santos os únicos que atuaram nos seis jogos do primeiro título mundial. Aliás, os três repetiram o feito em 1962, jogando todos os seis jogos na campanha do bicampeonato mundial. E de novo, Zagallo foi titular por causa da contusão de Pepe. Mais do que sorte, mérito indiscutível, com direito a gol na final contra a Suécia em 1958 e contra o México na estreia da Copa no Chile.
Pela Seleção Brasileira foram 34 jogos, 5 gols e além dos Mundiais, os títulos da Copa Roca (1960 e 1963), Taça Bernardo O'Higgins (1959 e 1961), Taça do Atlântico (1960) e Taça Oswaldo Cruz (1958, 1961 e 1962).
Após a conquista da Copa do Mundo na Suécia aceitou a proposta do Botafogo F.R., pelo qual jogou cerca de 300 jogos, marcou 46 gols e foi tricampeão do Torneio Início (1961, 1962 e 163), bicampeão carioca (1961 e 1962) e do Torneio Rio-São Paulo (1962 e 1964), pendurando as chuteiras em 1964.
Permaneceu em General Severiano como treinador das categorias de base, até ser alçado ao comando do time principal pelo qual foi bicampeão carioca (1967 e 1968) e da Taça Brasil (1968). E pela mesma época também estreou no comando da Seleção Brasileira, um amistoso contra o Chile em 19/09/1967, vitória por 1X0 em pleno Estádio Nacional de Santiago. Quase um ano depois, nova oportunidade, desta vez vitória por 4X1 sobre a Argentina, no Maracanã em 07/09/1968. Em ambas as vezes o Brasil foi representado pel Seleção Carioca.
Mas a grande oportundiade viria mesmo em 1970, após uma conturbada queda do treinador João Saldanha, Zagallo foi convidado para assumir a Seleção faltando apenas três meses para a estreia na Copa do Mundo do México. Contando com uma geração de ouro, preparação física perfeita e a liderança de Pelé em sua melhor fase, o Brasil foi tricampeão mundial, ficando definitivamente com a posse da taça Jules Rimte, e pela primera vez ganhando todos os jogos. E Zagallo se tornou o primeiro campeão mundial como jogador e depois como técnico. Na sequência ele foi campeão da Copa Roca (1971) e da Taça Independência (1972). Já na Copa do Mundo de 1974 ele perdeu a invencibilidade pessoal, amrgando derrotas para Países Baixos e Polônia, termnando a competição em 4º lugar, curiosamente seu pior desempenho à frente de uma Seleção Brasileira.
Voltando aos clubes, foi campeão carioca pelo Fluminense F.C. (1971) e Flamengo (1972 e 2001). pelo Rubro-Negro também ganhou o Torneio do Povo (1972) e o Torneio dos Campeões (2001). Ainda nos anos 1970 fez parte da geração que abriu as portas do futebol árabe aos treinadores brasileiros, tendo comandado as seleções do Kuweit (campeão da Copa do Golfo em 1976), Arábia Saudita e Emirados Árabes (classificou para a Copa de 1990). Foi campeão saudita com o Al Hilal em 1979.
Zagallo ainda foi técnico do C.R. Vasco da Gama (1980-1981), Bangu A.C. (1988-1989) e da A. Portuguesa de Desportos (1999).
Mas era na Seleção Brasileira onde o Velho Lobo se sentia à vontade. Em 1992 aceitou o convite do amigo e discípulo Carlos Alberto Parreira para ser o coordenador da Seleção Brasileira, cargo no qual alcançou o quarto título Mundial em 1994, nos Estados Unidos. Na sequência ele herda o comando da equipe Canarinha pela qual acumukou títulos e pódiuns: Copa América (1995, vice-campeão e 1997, campeão); Copa Umbro (1995, campeão) Copa de Ouro da CONCACAF (1996, vice-campeão e 1998, 3º lugar); Torneio Pré-olímpico (1996, campeão); Jogos Olímpicos (1996, medalha de bronze); Torneio da França (1997, vice); Copa das Confederações (1997, campeão).
Ainda teve fôlego para reeditar a dupla com Parreira, de novo como coordenador, na Copa do Mundo de 2006, quando foram eliminados pela França nas quartas de final. Mas antes faturou a Copa América de 2004 e a Copa das Confederações de 2005.
Faleceu aos 92 anos de falência múltipla dos órgãos, o velório foi na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e foi enterrado no Cemitério São João Batista, no bairro carioca de Botafogo.
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