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Juninho Fonseca

  • Alcides Fonseca Júnior
  • Juninho
Atuação
Zagueiro(a)

Clubes e Federações

Quando Onde Atuação
1974-1983 Ponte Preta Zagueiro(a)
1982 Seleção Brasileira Copa do Mundo 1982 Zagueiro(a)
1983-1986 Corinthians Zagueiro(a)
1986 Vasco da Gama Zagueiro(a)
1987 Cruzeiro Zagueiro(a)
1987 Juventus da Mooca Zagueiro(a)
1988 Athletico Paranaense Zagueiro(a)
1988 XV de Piracicaba Zagueiro(a)
1989 Ponte Preta Zagueiro(a)
1989 São José E.C. Zagueiro(a)
1990 Nacional Zagueiro(a)
1991 Olímpia Zagueiro(a)

Textos

Alcides Fonseca Júnior, conhecido como Juninho – ou Juninho Fonseca, posteriormente, nasceu no dia 29 de agosto de 1958 em Olímpia, São Paulo, Brasil. Seu envolvimento com o esporte foi bastante precoce: já aos três anos, Juninho participava de competições esportivas. Tendo uma família ligada ao esporte (seu pai foi presidente da Liga Olimpiense), ele praticou outras modalidades, como atletismo e handebol.

            Apesar de também jogar futebol como recreação, Juninho só iniciou-se em definitivo como jogador em 1970, quando participou de uma competição infantil organizada pela Liga Olimpiense, atuando pelo time do Colégio da Vila, já como zagueiro. Jogou pela equipe, dentro dos campeonatos daquela liga, até 1974, quando foi levado para um teste na AA Ponte Preta, de Campinas, São Paulo, junto de outros colegas que atuavam em Olímpia.

            Aprovado, Juninho foi imediatamente incluído na categoria juvenil da Ponte Preta, onde iniciou sua carreira profissional. Em 1976 foi convocado para o Torneio de Cannes, na França, pelo técnico Antoninho (Antonio Ferreira) da Seleção Brasileira de Novos, à frente de outros companheiros seus na Ponte Preta, como Nenê e Eugênio. Apesar de não ter ido para o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 1976, Juninho logo foi promovido ao time profissional da Ponte Preta, no ano seguinte.

            Como reserva de Oscar, Juninho ficou no banco da Ponte Preta quando o clube disputou a final do Campeonato Paulista em 1977 contra o SC Corinthians Paulista. Com as convocações frequentes do titular para a Seleção Brasileira, o que incluiu a Copa do Mundo de 1978, Juninho foi ganhando mais oportunidades na Ponte Preta. Enfim, com a saída de Oscar para o New York Cosmos, dos Estados Unidos, tornou-se titular absoluto da Ponte Preta.

            Todavia, a primeira metade de 1979 ficou marcada negativamente para Juninho: num jogo entre Ponte Preta e Corinthians, válido ainda pelo Campeonato Paulista de 1978, ele rompeu os ligamentos do joelho direito, além de lesionar os meniscos, após disputa de bola com o jogador Vaguinho (Vagno de Freitas) do Corinthians. Assim, teve de ficar o resto do ano em recuperação da lesão. Só retornou aos campos depois de cinco meses e meio.

            O retorno, porém, veio cheio de sucessos para Juninho. Em 1980 novamente ele se tornou titular da Ponte Preta, e alcançou mais um vice-campeonato paulista, válido pelo torneio de 1979. Além disso, recebeu sua primeira chance na Seleção Brasileira, atuando num amistoso contra a seleção do Paraguai em 25 de setembro de 1980, que terminou com vitória brasileira por 2 a 1.

            Em 1981 Juninho foi convocado para fazer parte da Seleção Brasileira que disputou o Mundialito, mas não chegou a atuar em nenhuma partida daquele torneio. Pela Ponte Preta, o zagueiro conquistou o primeiro turno do Campeonato Paulista daquele ano, mas novamente a equipe foi derrotada na decisão do torneio, desta vez pelo São Paulo FC.

            Convocado para mais partidas da Seleção Brasileira em 1981, tendo atuado em três amistosos, Juninho viveu um grande ano em 1982. No primeiro semestre consagrou‑se como um dos melhores zagueiros do Campeonato Brasileiro, ganhando a Bola de Prata da revista Placar, e também foi convocado para a Copa do Mundo do mesmo ano. No entanto, não atuou em nenhuma partida daquele Mundial, ficando no banco apenas no jogo contra a Itália. Após essa Copa, Juninho nunca mais jogou pela Seleção Brasileira, pela qual fez quatro partidas.

            No começo de 1983 foi contratado pelo Corinthians, após longa negociação. Tornou-se titular da equipe, notabilizando-se também como um dos grandes representantes do movimento conhecido como Democracia Corinthiana (além do senso de humor, que o levava a apelidar jogadores, por exemplo). E Juninho celebrou o título do Campeonato Paulista naquele ano.

            Durante 1984 o jogador se tornou um dos principais líderes dentro do elenco do Corinthians, principalmente após a saída de Sócrates. Envolvido com a Democracia Corinthiana, participou de eventos como o comício na Praça da Sé, em São Paulo, no dia 16 de abril de 1984, a favor da aprovação da Emenda Dante de Oliveira, que previa eleições diretas para a Presidência da República.

            Contudo, a Democracia Corinthiana acabou se desgastando. Em 1986 Juninho deixou o Corinthians, sendo contratado pelo Clube Atlético Juventus, de São Paulo. Mas ficou apenas alguns meses no clube, sendo depois contratado pelo Clube de Regatas Vasco da Gama, onde passou o segundo semestre, disputando o Campeonato Brasileiro.

            Em 1987 foi contratado pelo Cruzeiro EC. Porém, uma fratura num osso do pé, sofrida no início da Copa União/Campeonato Brasileiro, o impediu de ter uma sequência de jogos, e ele mudou de clube novamente, indo para a AA XV de Novembro, de Piracicaba, São Paulo, já no início de 1988. No mesmo ano ainda passaria pelo Clube Atlético Paranaense.

            O ano de 1989 trouxe a ida de Juninho para o São José EC, de São José dos Campos, São Paulo. O zagueiro atuou na campanha que levou a equipe ao vice‑campeonato paulista daquele ano, antes de passar novamente pela Ponte Preta. Em 1990, o jogador ainda passou pelo Nacional AC, de São Paulo, e pelo Olímpia EC, de sua cidade natal. E, em 1991, Juninho foi para o Yomiuri Verdy FC/Verdy Tokio, de Tóquio, Japão, onde se aposentou no ano seguinte.

            Após alguns anos de inatividade, Juninho começou a carreira de treinador no time de juniores da Ponte Preta, em 1995. Em 1999 passou pela Associação Portuguesa de Desportos, antes de chegar ao time de juniores do Corinthians. E, em 2003, após a demissão do técnico Geninho (Eugênio Machado Souto), foi efetivado na equipe profissional do time, na qual ficou até o início de 2004.

            Posteriormente, em 2004, Juninho passou pela SER Caxias, de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, e pelo EC Noroeste, de Bauru, São Paulo. Depois, sem propostas, tornou-se secretário de Esportes da cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, cargo que deixou em 2008. Finalmente, formou-se em Educação Física, e voltou ao futebol em 2012, como diretor das categorias de base do Botafogo FC, também em Ribeirão Preto.

            Bibliografia

Depoimento de Juninho ao Projeto Futebol, memória e patrimônio, mantido pelo Museu do Futebol em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

MINI-ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Areté, 2004.

NAPOLEÃO, Antônio Carlos; ASSAF, Roberto. Seleção Brasileira, 1914-2006. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.

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