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Ponte Preta

  • Associação Atlética Ponte Preta
Tipo
Clube de Futebol Profissional
Fundação
11/08/1900

Jogadores e dirigentes

Quando Quem Atuação
1978-1979 Mirandinha Atacante
Sérgio Rossi Dirigente
2008-2009 Dicá Dirigente
1952-1954 Friaça Atacante
1952-? Gatão Atacante
1962-1963 Jair Atacante
1962 Mário Travaglini Zagueiro(a)
1963-1970 Dicá Meio Campo
1963 Jair Treinador(a)
1969 Roberto Rebouças Zagueiro(a)
1970-1973 Waldir Perez Goleiro(a)
1972-1973 Chicão Meio Campo
1972-1979 Oscar Zagueiro(a)
1974-1983 Carlos Goleiro(a)
1974-1983 Juninho Fonseca Zagueiro(a)
1974-1978 Polozzi Zagueiro(a)
1975-1978 Rafael Cammarota Goleiro(a)
1976-1984 Dicá Meio Campo
1977-1978 Dadá Maravilha Atacante
1978-1984 Édson Zagueiro(a)
1982 Dino Sani Treinador(a)
1982-1983 Dudu Treinador(a)
1983 Edinho Atacante
1983 Polozzi Zagueiro(a)
1985 Jorge Mendonça Atacante
1987 Raí Meio Campo
1989 Jorge Mendonça Atacante
1989 Juninho Fonseca Zagueiro(a)
1989 Waldir Perez Goleiro(a)
1992-1993 Marcos Falopa Treinador(a)
1993 Pepe Treinador(a)
1994 Zé Maria Lateral
1996-1999 Fábio Luciano Zagueiro(a)
1997-2000 Luís Fabiano Atacante
1998-2003 Mineiro Meio Campo
1998 Sérgio Carnevale de Carmo Preparador(a) Físico(a)
1998 Vagner Mancini Meio Campo
2000-2009 Aranha Goleiro(a)
2001-2003 Elivélton Atacante
2001-2002 Vadão Treinador(a)
2001 Zé Carlos Lateral
2002 Ronaldo Goleiro(a)
2003 Abel Treinador(a)
2004-2007 Danilo Meio Campo
2005 Roberto Rojas
2005 Vadão Treinador(a)
2006 Vadão Treinador(a)
2007-2011 Carlos Auxiliar Técnica(o)
2007 Evair Auxiliar Técnica(o)
2009 Pintado Treinador(a)
2010-2014 Thiago Santi Maria Preparador(a) Físico(a)
2013 Betão Zagueiro(a)
2013 Paulo César Carpegiani Treinador(a)
2014 Vadão Treinador(a)
2016-2018 Aranha Goleiro(a)
2017 Emerson Sheik Atacante

Textos

HISTÓRICO DOS TIMES

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA PONTE PRETA

Na virada do século XIX não foram poucos os impactos gerados com a construção da malha ferroviária que se formava no Brasil. Um destes impactos foi o surgimento de novos bairros, que por sua vez tiveram relação com o surgimento de alguns times de futebol, da mais à menos óbvia. Fundada em 1872, a Estação Central de Campinas (cidade localizada a cerca de 100 quilômetros da cidade de São Paulo) passou a integrar a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, extensão para o interior da São Paulo Railway, que ligava Santos a Jundiaí. Uma ponte foi construída para integrar as imediações da estação de trem ao Cemitério da Saudade. Para minimizar os efeitos do vapor da fumaça dos trens sobre a ponte foi feito um revestimento de alcatrão sobre ela, o que fez com que ela passasse a ser chamada de Ponte Preta. O bairro que começou a surgir ao seu redor recebeu igual denominação. Há também outra versão atestando que as madeiras da ponte eram pretas, daí o nome.

Anos depois, em 1897, em um terreno próximo a esta ponte, alguns estudantes do colégio Culto à Ciência limparam uma área e demarcaram um campo para a prática do futebol, com as traves dos gols feitas de bambu. Para homenagear a chegada da ferrovia ao bairro Ponte Preta, decidiram batizar o time com o mesmo nome. A Associação Atlética Ponte Preta foi um dos primeiros clubes de futebol fundados no Brasil. Para sermos exatos, o segundo.

Enquanto o Sport Clube Rio Grande foi fundado em 19 de julho de 1900, a Associação Atlética Ponte Preta foi fundada no mesmo ano, em 11 de agosto – mesma data em que, em 1872, havia sido fundada a Estação Central de Campinas. Dentre os fundadores estavam Antonio de Oliveira, João Vieira da Silva, Theodor Kutter, Hermenegildo Wadt e Nicolau Burghi. Seu primeiro uniforme dá a dimensão do que era o futebol na época em que o clube foi fundado: além de camisas pretas com punhos e golas de cor branca, gravatas brancas também compunham a indumentária, embora momentos antes dos jogos elas fossem retiradas.

O Campo do Cruzeiro foi o seu primeiro estádio-sede; atualmente, no mesmo local localiza-se a Igreja Santo Antônio. Em 1910 foi a vez do Hipódromo Campineiro receber os jogos do time. Nova mudança veio em 1927, quando os jogos passaram a ser mandados no estádio Júlio de Mesquita. Depois de fundir-se com a Associação Athlética de Campinas, em 1927, veio uma nova mudança de estádio-sede. E com a arrecadação de dinheiro junto aos sócios e seis anos de obras, em 12 de setembro de 1948 foi inaugurado o Estádio Moisés Lucarelli, o Majestoso, que recebeu tal designação por ser, à época de sua inauguração, o estádio com a terceira maior capacidade de público do Brasil.

Seus torcedores gostam de se referir ao clube como pioneiro em relação à presença de negros em times de futebol. Fato foi que Benedito Aranha, contador que integrou a diretoria em meados de 1908, e Miguel do Carmo, o Migué, jogador titular do primeiro elenco, eram negros, em uma época que a prática do futebol era exclusiva aos brancos. A grande presença de negros como jogadores, torcedores ou integrantes da diretoria não passou desapercebida pelos torcedores adversários, que não raro se referiam ao pontepretanos como o time dos macacos. Essa é a origem da Macaca, a mascote do time.

Foi a Associação Atlética Ponte Preta a primeira equipe do interior do estado de São Paulo a disputar um campeonato nacional, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 1970. No ano seguinte, outro pioneirismo como time do interior no Campeonato Brasileiro. Em relação ao Campeonato Paulista, além do título da segunda divisão em 1969, vieram mais três vice‑campeonatos em 1970, 1977 e 1979. A final de 1977 tornou-se célebre por tirar o Corinthians de um jejum de 23 anos – e manter a Ponte, time do interior de São Paulo que, por outro lado, foi o que mais vezes chegou à finais do Campeonato Paulista.

Dentre os jogadores que se destacaram em sua passagem pela Macaca em toda a história estão o lateral-direito Bruninho (1942-1959), o goleiro Ciasca (1949-1955), o atacante Manfrini (1968-1971), o goleiro Carlos (1974-1983), o meia Marco Aurélio (1976-1982), o goleiro Sérgio (1982-1988) e os centroavantes Luís Fabiano (1997-2000) e Washington (2000-2002).

REFERÊNCIAS:

FARAH NETO, José Jorge; KUSSAREV JR, Rodolfo. Almanaque do Futebol Paulista 2000. São Paulo: Panini, 2000.

MAZZONI, T. História do futebol no Brasil. São Paulo: [s.n.], 2007.

MINI-ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Areté, 2004.

Ponte Preta. Folha de S.Paulo [site], São Paulo, 12 dez. 2010. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1212201018.htm>. Último acesso em: 20/03/2013.

RIBEIRO, Rubens. Caminho da bola: 100 anos de história da FPF: I volume 1902-1952. São Paulo: CNB, 2000.

SITE OFICIAL DA PONTE PRETA. . Último acesso em 20/03/2013.

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